segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Esse é o espírito de hoje...


Clean Up Your Own Backyard
Composição: Desconhecido

Back porch preacher preaching at me
Acting like he wrote the golden rules
Shaking his fist and speeching at me
Shouting from his soap box like a fool
Come Sunday morning he's lying in bed
With his eye all red, with the wine in his head
Wishing he was dead when he oughta be
Heading for Sunday school

Clean up your own backyard
Oh don't you hand me none of your lines
Clean up your own backyard
You tend to your business, I’ll tend to mine

Drugstore cowboy criticizing
Acting like he's better than you and me
Standing on the sidewalk supervising
Telling everybody how they ought to be
Come closing time 'most every night
He locks up tight and out go the lights
And he ducks out of sight and he cheats on his wife
With his employee

Clean up your own backyard
Oh don't you hand me none of your lines
Clean up your own backyard
You tend to your business, I’ll tend to mine

Armchair quarterback's always moanin'
Second guessing people all day long
Pushing, fooling and hanging on in
Always messing where they don't belong
When you get right down to the nitty-gritty
Isn't it a pity that in this big city
Not a one a'little bitty man'll admit
He could have been a little bit wrong

Clean up your own backyard
Oh don't you hand me, don't you hand me none of your lines
Clean up your own backyard
You tend to your business, I’ll tend to mine

Clean up your own backyard
You tend to your business, I’ll tend to mine

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Lembranças... achei esse texto, que escrevi quando tinha os meus 15 ou 16 anos... uma época de inocência, em que um beijo era um sonho distante...

Estava frio.
A noite parecia silenciosa, apesar do trânsito e das buzinas. E ela estava na minha frente. Eu ainda não conseguia acreditar muito bem naquilo. Parecia flutuar nas nuvens. Minha barriga estava gelada. Minhas mãos suavam.
Enquanto conversávamos, procurava escolher bem as palavras. As risadas iam ficando mais tímidas. Já não era como antes. Os dois sabiam. Algo estava pra acontecer.
Olhei. Ela também, mas desviou.
Então parei de olhar. Disse já era tarde, melhor eu ir indo, amanhã acordo cedo.
Na porta, ela veio falar comigo de novo. Falou até logo, amanhã nos vemos. Deu um beijo no rosto. Um beijo demorado, que me arrepiou. O beijo demorou-se, então, quase que como em um passe de mágica, os lábios dela tocaram no meu.
Uma sensação indescritível me consumiu. Tremia dos pés à cabeça, enquanto minha mente lutava para assimilar o que acontecia, se era real, e ao mesmo tempo, procurava manter uma seriedade, como se fosse algo previsível para mim. O maldito machismo.
Felizmente, os lábios dela, molhados, me fizeram desprender-me de qualquer prerrogativa. Beijei-a como há muito queria. Toquei seu cabelo com as mãos enquanto nossas bocas se descobriam.
Os olhos, fechados. O coração palpitava, e a preocupação maior naquele momento era que eu conseguisse aproveitar e me lembrar de cada segundo daquele eterno breve momento.
Sabia que iria acabar. E, antes mesmo que o beijo chegasse ao fim, chorei.

A lágrima chegou às nossas bocas e interrompeu o beijo. Seguido de um sorriso misto de excitação e alegria, nos despedimos. Aquele, sabíamos os dois, seria o primeiro, o mais inesquecível e mais belo de uma longa série de beijos apaixonados que estariam por vir.