terça-feira, 30 de junho de 2009

O último ensaio

Hoje recebi da Getty Images imagens do último ensaio de palco de Michael Jackson, que se preparava para uma longa turnê de shows na Inglaterra.

Compartilho aqui a foto com vocês. O crédito é de Kevin Mazur/AEG/Getty Images. A foto é de 23 de junho.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson - Minha
homenagem (e revolta)


Nunca fui fã de Michael Jackson, mas gosto do cara. Interessante ver que, com o anúncio da morte dele, são vários os artigos de "especialistas" por aí que comparam o artista ao Elvis. Exagero? Digo que não. Ambos revolucionaram a música em seu tempo, criando novos conceitos que foram seguidos por vários. Elvis, claro, de uma forma maior por ter surgido antes.

Elvis e Michael também foram se perdendo ao longo da carreira. Abusaram de remédios fortes demais no fim de suas vidas, morrendo de forma precoce e injusta. E também chegaram ao momento final sendo apenas esboços das belas imagens que foram no auge (é duro admitir isso, mas é verdade).

Porém, existem idiotas como o Paulo Ricardo que exageram e enxergam apenas o que querem. O ex-vocalista do RPM soltou hoje na Folha de S. Paulo que a carreira de Michael acabou cedo, assim como a de Elvis acabou quando ele entrou para o exército (???). Depois de voltar ao exército, Elvis viveu mais 17 anos e gravou clássicos como Cant' Help Falling in Love, Burning Love, Suspicious Minds, Polk Salad Annie e In the Ghetto, entre (várias) outras.

Essas pessoas que dizem que o rock morreu quando Elvis foi para o exército gostam de dramatizar as coisas. O rock não morreu, estava apenas nascendo. E, enquanto Presley estava nas forças armadas, o cenário musical revelou diversos novos artistas e encontrou seu caminho.

São sujeitos como esses que influenciam dezenas de seguidores sem personalidade, que tomam por verdade o que jornais como a Folha colocam (neste caso), lamentavelmente, na capa.

Mas, como o meu post é sobre a morte do Michael, de volta ao tema. Coloco aqui a minha música preferida do artista, gravada ainda na época do Jacksons 5. Trata-se do blues rasgado e absolutamente delicioso Who's Loving You. Coloquei o vídeo abaixo com a letras. Pra quem não conhece, vale a pena ouvir.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

(Alguém) Salve o Tricolor Paulista


Gente, tem post meu no 806, o blog da LVBA. Escrevi sobre a demissão do Muricy do São Paulo, um dos temas do momento. Quer ler? Dá uma olhada lá. Depois eu posto aqui, para não dar concorrência!

http://oitozeromeia.blogspot.com


quarta-feira, 24 de junho de 2009

O cara da buzina

Todo dia, logo cedo, tem um cara aqui na empresa vizinha, que chega buzinando. Os caras têm um portão eletrônico, mas os empregados não possuem controle; eles devem avisar a recepcionista, que então abre o portão quando alguém chega.

Esse funcionário, em especial, chega quase sempre no mesmo horário em que eu estou abrindo o Outlook. Você já saiu e voltou enquanto o PC ligava, então não vai sair de novo. Este é aquele momento em que o computador fica lento, bem lento, enquanto o Outlook ainda se esforça para voltar à ativa. Enquanto você ajeita uma coisa aqui e outra ali na sua mesa, a ampulheta é o único item a ver na sua tela. Firefox? Nem pensar.

Esse funcionário sempre usa o mesmo tipo de código de buzina. O manjado "ta, ta ta da ta; ta ta". Ele poderia buzinar duas vezes (ta da), ou quem sabe, três rápidos toques. Mas prefere o longo símbolo universal da buzina, superior mestre dos clichês. Buzina alta, incomoda. Pra piorar, a pessoa que supostamente abre o portão para ele nem sempre está às ordens. Então, o cara manda o código de novo, porém com uma sensível demora a mais em cada buzinada.

E pronto.

É nessa hora que eu me irrito com ele. Essas frações a mais de segundo pressionadas sobre o volante, combinadas ao momento em que ainda estou acordando, sem ter o que fazer em frente ao PC, com poucas pessoas ao meu redor, me fazem ter vontade de mandar todos plantar batatas. Virar a mesa, jogar o PC (ainda sem carregar) pela janela, xingar o chefe e sair cantando pneu com o carro até bater na segunda esquina.

Estou precisando de férias.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ainda sobre o diploma (ou a falta dele)

Em 2000, primeiro ano da faculdade de jornalismo, pedi a uma pessoa especial que roubasse um pôster para mim, que estava no mural da faculdade. Vi aquele pôster e quis pra mim, na hora (só não tinha coragem de tirar do mural). Ela teve. E naquele mesmo dia ele estava na porta do meu quarto.

Há alguns dias acabei prestando atençao nele de novo. E reparei como ele não vale mais nada... Que incrível, não? Tem tudo a ver com o assunto.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Em Silverstone, um olhar sobre o passado

Talvez fosse o momento de Max Mosley ser menos “max”


Silverstone, como muitos sabem, é a pista onde a F-1 começou. Onde, em 13 de maio de 1950, pilotos e equipes resolveram oficializar e organizar suas vontades de correr e preparar carros. Sem estrutura, sem segurança, sem (muito) dinheiro, muita gente sujou a mão de graxa. Muita gente perdeu a vida enquanto a F-1 se desenvolvia para tornar-se a categoria de carros de corrida mais conhecida em todo o mundo.

Quase sessenta anos depois, esses valores fundamentais parecem ter sido esquecidos. A Fórmula 1 hoje tem ares profissionais, é bilionária, é lucrativa e envolve milhões de pessoas, empregos e desejos. Mobiliza fãs ao redor do planeta. Não é de se admirar, portanto, que alguns nomes envolvidos na organização da categoria comecem a perder a razão. Talvez seja o caso de Max Mosley.

O presidente da FIA está no cargo desde 1991. Ajudou muito, tornou a F-1 uma categoria mais globalizada. Sua missão: aumentar a segurança e levar ao máximo a eterna busca pela competitividade, que parecia ter sido perdida com o exponencial crescimento da tecnologia. A F-1 de hoje faz aqueles tempos de Senna, Prost e Mansell parecerem uma categoria amadora.
De 2008 pra cá, Mosley colocou na cabeça que também deveria lutar na redução de custos. Isso já vinha acontecendo, mas o que era uma saudável preocupação começou a se tornar uma obsessão com a crise financeira que teve início no fim do ano passado.

Basta ligar os pontos para ver onde estamos. Em um momento onde as corridas importam menos do que os comunicados da FIA; em uma realidade onde Emirados Árabes Unidos importam mais do que a Inglaterra; em um grid onde o que mais se discute é a legalidade de difusores.

Na busca por aumentar a popularidade da categoria, Mosley perdeu-se em algum lugar no meio do caminho. Hoje, o que se vê entre o público leigo é conhecimento sobre F-1. Mas confuso, nebuloso. A indecisão repele novos admiradores, afasta patrocinadores e não fecha negócios. Com a decisão da FOTA (associação das equipes de F-1) de criar uma categoria independente no ano que vem, a missão foi realizada: todo mundo fala sobre F-1, em qualquer bar, em todas as esquinas o assunto é esse.

Ironicamente, o anúncio do racha acontece no palco onde tudo começou. Será que não vale alguém parar de olhar para o próprio umbigo e ver que os dois lados têm que ceder?
Eu não acredito em racha. Tudo seguirá como antes. Mas eu acredito que essa chatíssima disputa política vai, sim, fazer com que cabeças rolem.

Eu já escolhi a minha. E você?

RETA OPOSTA

Barba, cabelo e bigode?

Barrichello saiu da Turquia dizendo que queria fazer o “hat trick” (pole, melhor volta e vitória, por aqui chamados de “barba, cabelo e bigode”) em Silverstone. A pouca barba que vimos foi a que ele deixou. E o cabelo, menos ainda...

Massa fino

Excelente prova de Felipe Massa, ganhando várias posições e cada vez mais mostrando que é o piloto número 1 da Ferrari, mesmo sem o título do ano passado.

Só mais uma...

Cléber Machado é uma pândega narrando F-1. Ele se diverte, comete erros hilários e cria suas próprias teorias. Na Inglaterra, a melhor foi dizer que existe uma “visão barricheliana” sobre as coisas. Como será essa visão?!

*coluna publicada em dia de corrida no site UOL Interpress Motor. Para ver as anteriores, clique aqui.

sábado, 20 de junho de 2009

(Mais) Rabiscos de um
caderno da faculdade


Lembra daquele post? Pois é. Peguei mais do mesmo caderno. As mini-poesias abaixo são diversas. Básicas, complexas, com rimas óbvias e não. Mas todas têm um tema macabro em comum (acho que não estava num dia bom). São de 1999.

Curtam.


Curtas e (não tão) boas

Como em uma brisa, a vida passa
Como em uma folha que voa alto
Como em um relógio que nunca para
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja

#

Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento

#

Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte,
Mais sorte.
A amargura, feiúra,
O divino, a cura.
Milagre, eterno.
É terno.
Eterna idade,
A felicidade...edaduas

#

Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca para,
O televisor que sempre se assiste.
Como uma flecha que sempre voa,
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza em profundezas,
As dúvidas e certezas,
As dúvidas são várias,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma:
Ela sempre vem.

#

Ataca a todos,
Como nunca se viu,
E ainda hoje,
Sinto frio,
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"

quinta-feira, 18 de junho de 2009

De médico, jornalista e louco, todo mundo tem um pouco



Não gosto de entrar nessas questões políticas, mas aqui faço questão de deixar minha opinião. Sobre a recente decisão de não obrigar o diploma de jornalista para exercer o cargo, digo: sou contra.

A decisão do governo apenas banaliza mais a profissão, fazendo com que qualquer apresentadora modelo, blogueiro ou gari possa roubar a posição de alguém que estudou pra isso. Assim, gastei quatro anos da minha faculdade para nada. Torrei o dinheiro e joguei no lixo.

Não atuo como jornalista na imprensa diretamente, mas ainda assim acho um desrespeito com a classe. Aliás, que classe? Afinal de contas, agora qualquer pessoa é jornalista. Como muitos especialistas dizem por aí, a profissão deve ser extinta.

Não aprendi a escrever na faculdade. Melhorei minhas técnicas lá. Lamentável, portanto. Se soubesse disso, teria feito biblioteconomia, oceanografia, hotelaria, etc. Pelo menos ali o diploma é obrigatório.

Rabiscos


E vamos nós com mais uma sessão nostalgia. Esta aqui não tem data. Imagino que foi escrito em 2003 ou 2004. Não tem fim, como várias. Mas quem disse que elas devem ter?

"Quando nós sabemos quando o amor de nossas vidas passou? Como saber se aquele é realmente o amor que va mudar a sua vida? Como partir um coração sem conquistar um outro?

São perguntas que me afligem tanto quanto uma carteira roubada. Tanto quanto uma família distante. As que não deixam eu dormir. Mesmo com os outros, mas sozinho é pior. Simplesmente não sai da minha cabeça a dúvida que atormenta. Será a primeira, segunda ou uma incógnita?

Enquanto as perguntas seguem não respondidas, o tempo passa. Mas, antes de ir, deixa novas e inusitadas questões. Ser feliz, bem sucedido só não basta. É preciso saber o que dizer.

Bom almoço."

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dá-lhe Junior...

Ultimamente tenho encontrado o Junior com certa frequência. Depois do lançamento do Nokia 5800 Comes With Music, agora ele foi protagonista no pocket show de sua nova banda, Nove Mil Anjos, durante o lançamento do Nokia 5130 9MA, celular com conteúdo do grupo...

domingo, 14 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Conversa de elevador

Na sala de espera do médico, hoje de manhã, com a recepcionista. Enquanto preenchia a ficha, eis que a moça puxa conversa:

- Muito frio lá fora?
- Sim, bastante. Mas eu gosto de frio, né, então pra mim não incomoda.
- É, eu também gosto. De vez em quando...
- Bom, eu na verdade gosto bastante. Parte da minha família mora na Serra Gaúcha.
- Ah tá, lá é quentinho, né?
- ...
- Quem mora em praia gosta mesmo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Telefônica fora do ar, e ninguém fala nada*?


Telefônica e Speedy fora do ar por São Paulo toda e ninguém noticia. Só mesmo o Teremos... para dar este furo em primeira mão! A imprensa não é mais a mesma...

Update: agora pouco recebi um informativo de imprensa da Anatel dizendo que será feita investigação sobre os problemas ocorridos hoje.

*post em homenagem a J.E)

domingo, 7 de junho de 2009

O poder de influência de cada um*

Mas Mosley devia ouvir mais pilotos e equipes - as estrelas de verdade

Jenson Button era apenas mais um nome na Fórmula 1 até 2008. Tinha só uma vitória na F-1 e poucas pessoas (por mais frio que isso possa soar), mesmo entre os especialistas, lembravam da sua existência na categoria. Hoje, o piloto inglês cada vez mais desponta como o campeão mundial do ano, já fazendo história. Venceu seis das sete primeiras corridas e só não leva o título se algo muito, muito improvável acontecer.

O caminho que vai tomando o campeonato é uma ducha de água fria na FIA, que queria usar o número de vitórias como principal critério para definir a disputa. A regra não valeu em cima da hora, muito devido aos pilotos e equipes, que foram totalmente contra. Contrariados ou não, os executivos hoje certamente agradecem a esse grupo, ou o campeonato estaria ainda mais previsível do que já está. E a pergunta que fica é: será que os comissários e executivos que controlam a F-1 não deviam ouvir esses “especialistas” novamente?

Max Mosley assumiu a Fórmula 1 em outra época. Era 1991, e seu antecessor, dos mais impopulares em terras brasileiras – creio que muitos lembram do nome Jean Marie Balestre. Sim, esse nome que pra uma geração tornou-se sinônimo de vilão, de inimigo. Balestre tinha muitos e numerosos defeitos, mas ele certamente sabia que não deveria aparecer mais do que a categoria.

Não parece ser o caso de Mosley, que insiste em brigar até o fim com as equipes. Agora, os pilotos se solidarizaram aos seus times. De um lado, FIA, Williams e Force India. De outro, todo o resto. E parecem testar a paciência de todos para ver se realmente é possível haver um racha na F-1. E isso não será bom pra ninguém, como já se viu com a Indy, IRL, Fórmula Mundial, Champ Car – ou como queiram chamar.

Talvez seja hora da FIA perceber que ela sozinha não brilha. E que existem outras formas de controlar os custos da F-1 sem contrariar todo mundo. O campeonato deste ano já está surreal e, muito em breve, terá o campeão mais precoce de ume temporada. Imaginem como será com Lola, USF1 e Force India como protagonistas.

RETA OPOSTA

A insana briga pela audiência...

...leva a emissora que transmite a F-1 no Brasil a dar uma ridícula aura de “mestre turco” a Felipe Massa. O piloto jamais prometeu nada, fez o máximo que conseguiria com a limitada Ferrari. Mas em vinhetas e chamadas, a TV ressalta que Massa é um completo especialista no circuito. Pode até ser, mas só isso não ganha corrida. Precisa de carro, como Jenson Button está provando perfeitamente este ano.

Está começando a ficar chato

Jenson Button vencendo todas até lembra outro inglês, em uma das temporadas mais chatas dos anos 1990: Nigel Mansell, em 1992. Aliás, o companheiro dele na época era o recordista no número de corridas na F-1 (Riccardo Patrese). Coincidência?

Cadê o Rubinho?

Não sei de quem foi a culpa na largada ruim de Barrichello, mas ficou claro que as tentativas de ultrapassagens do brasileiro durante a corrida que o levaram para o fim do grid (em Kövalainen e Sutil) foram claramente decisões precipitadas do piloto. Faltou maturidade aí (por incrível que pareça).

Superinteressante

A edição deste mês da revista da Abril traz um “e se Senna não tivesse morrido?”. Convido a quem quiser ler a reportagem e comentar comigo o que acham.

*coluna publicada em dia de corrida no site UOL Interpress Motor. Para ver as anteriores, clique aqui.