segunda-feira, 3 de julho de 2006












Bom, de que adianta a minha opinião a mais?
O Brasil possui uma horda de comentaristas e especialistas no assunto.
Mas, como eu não sou diferente, também tenho que deixar aqui meu protesto, ou, simplesmente, observação.

Foi muito triste sair da Copa.

Fazemos parte de uma geração que não via isso há muito tempo.

Em 1994, talvez, a memória seja maior. Lembro de quase todos os jogos (não só os do Brasil), dos artilheiros, dos momentos, enfim, de tudo, com um frescor inacreditável.
Já em 1998, a lembrança já não é tão grande assim. Talvez por causa da idade, a Copa não era uma prioridade tão grande assim.

Em 2002, foi uma alegria só. Lembro que até tentei ficar emocionado como em 1994 (naquela final. cercado por italianos, eu chorei), mas não consegui.
O fato é que, desde 1990, não sabia o que era sentir isso. Ver a Copa continuar e o Brasil não estar no meio.

Estava numa torcida enorme para que Brasil pegasse Portugal. Aí, podia até perder. Sim, porque, no fundo, eu era mais um que não acreditava na seleção. O time não estava bom, apesar de tantas estrelas.

(parênteses)
Aliás, estrelas sim. Mas de comercial. Nunca em uma Copa do Mundo os jogadores apareceram tanto na televisão. Foi incrível. Imagino como eles conseguiam tempo para gravar. O engraçado é que, por "N" razões, somente determinados jogadores podiam aparecer em X peças publicitárias, em cada um aparecia um grupo diferente.

Na Brahma, era o Cicinho, Ronaldo e Parreira.
No Guaraná, era o Kaká, Ronaldo e Cicinho (eu acho) - também teve até o Maradona em outra.
Com o Rexona, Ronaldinho.
Com a Oi, Ronaldinho.
Com a Vivo, Robinho.
No Santander Banespa, Roberto Carlos, Kaká, Robinho e Ronaldinho.

Deve ter mais, mas agora não me lembro. O fato é que jamais tantos jogadores apareceram em tantos comerciais. Será que eles não deveriam se preocupar mais em jogar futebol?
(fim dos parênteses)

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Porque ele não colocou o Mineiro para marcar o Zidane?
Ah sim, é que a seleção não joga no estilo de marcação individual. Que pena. Então, tudo que podemos fazer é assistir o cara comendo a bola enquanto nosso jogadores ficam ajeitando a meia. Sim, ajeitando a meia! Incrível!

Quando comecei esse texto, ia fazer algo meio sutil. Mas não dá. Como que nós fomos perder essa Copa?!
Enfim...

O que eu queria dizer mesmo é que eu chorei quando perdemos. Foi um choro rápido, simples, mas ele esteve lá.
Aí, claro, você pode reclamar que os jogadores ganham milhões só nos salários, além, é claro, das intermináveis propagandas como as da lista acima.

Sim, claro, acontece tudo isso.
Mas quando choramos, choramos pelo país.
A Copa do Mundo, um evento tão belo, tão significativo, que consegue unir todas as culturas em torno de um só ideal. A forma mais correta de se fazer uma guerra. Uma guerra em que não há tiros nem bombas, apenas a alegria de ver diferentes nações, diferentes costumes, todos juntos.
E o Brasil estava lá. Fazia parte daquilo tudo.

Ver a Copa continuar sem nós é algo que eu não via desde que tinha meus 10 anos.
E, de lá pra cá, muita coisa mudou. Praticamente tudo, somente ficou o nome e RG.

Uma pena perder assim.
Nos resta torcer pelo Felipão e Portugal, que mostrou a vontade gaúcha e brasileira que o embananado Parreira, com os braços cruzados, pose típica de - como fala minha mãe - quem está "fechado para o mundo", não mostrou. Posted by Picasa

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