quarta-feira, 29 de outubro de 2008

As dificuldades de um jornalista ao explicar que trabalha em RP

Quem aqui nunca encontrou aquela tia simples, do interior, que quer tanto saber o que o sobrinho amado está fazendo da vida depois de ficar sem vê-lo desde a infância? Em que se formou, onde trabalha, e por aí vai? Pois bem, eis dois diálogos típicos desses momentos:

SITUAÇÃO 1:

- Mas então querido, me conta: o que é que você faz mesmo?
- Eu sou jornalista, tia.
-
(fazendo cara de madame) Ah, que chique! E você trabalha em algum jornal ?
- Não, eu trabalho em uma assessoria de imprensa.
- Em uma o quê?
- Uma assessoria de imprensa. É uma agência de relações públicas. Nós ajudamos os jornalistas a publicar matérias e temos clientes que querem estar lá.
-
(pensativa, depois mostrando falso conhecimento) Sei...sei .
- Por exemplo: meu cliente é a Nokia. Então, eu mando notícias da Nokia e sai no jornal aquela notícia.
- (esclarecida, depois bicando o café ao lado do bolo) Ah, então é publicidade, entendi.
- Não, não. Não tem nada a ver com anúncio. Nós mandamos textos para os jornalistas e eles usam as informações nas matérias deles.
-
(limpando o dente com a lingua) Tá... . E, por exemplo, quanto vocês pagam por uma matéria que sai na capa?
- Não tem preço, tia. Nós mandamos as informações e ele usa como quer.
- (chocada) E como vocês ganham dinheiro então?
- O cliente paga a gente pra fazer isso.
- (resignada) Tá, entendi, querido. Quer mais bolo?

SITUAÇÃO 2:

- Pois é meu garoto, fiquei sabendo que tu és jornalista!
- É, tio, pois é!
- (orgulhoso) Você viu só o Luisinho, Lurdes. Virou jornalista! E você é repórter?
- Não, não. Eu sou RP.
- (surpreso) Erre o quê?
- RP.
- E o que é isso?
- Relações públicas.
- (perdido) Ah então você mexe com coisa do governo.
- Não, não. RP trabalha em uma agência de comunicação.
- Tá. É propaganda, essas coisas de computador?
- Não, a gente coordena as ações de comunicação externa de um cliente.
- (resignado) Sei, sei...Então você mudou de área?
- Não, não mudei. Trabalho com comunicação ainda, em uma assessoria de imprensa a gente lida com jornalistas o tempo to...
- (curioso) Mas e aí, já casou?!


(Com contribuição do amigo Fernando Thuler)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Falando direto da Futurecom

Essa semana as atualizações no blog serão raras e rasas. Passarei boa parte dos próximos dias na Futurecom, a feira de tecnologia e telecom mais importante do país (ou, ao menos, a mais importante para o meu cliente).

Normalmente, a Futurecom acontece em Florianópolis. O que sempre é uma boa razão para cobrir. Afinal, a praia colabora, o Posto 43 com seu famoso pastel de berbigão e o chopp também são fatores a ser considerados. Este ano, infelizmente, alguém teve a infeliz idéia de levar a feira para São Paulo. Ou seja, posto este texto no blog da sala de imprensa do evento, que fica no Expo Transamérica, ao lado do Rio Pinheiros.

Nada de praia, nada de pastel de berbigão, nada de shampoos roubados de hotéis.

Mas, como não há um post elaborado durante o fim-de-semana, deixo aqui apena uma pergunta no ar, para reflexão profunda:

Por que todo mundo que atravessa a rua em local proibido ou perigoso chega do outro lado rindo (quando se está acompanhado)? Será que o risco de ser atropelado tem graça? Ou é a sensação de fazer algo proibido e "fora da lei" que nos leva aos sucessivos sorrisos?

Pense nisso.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

E a tal da crise mundial virou desculpa pra tudo

Já notaram que, ultimamente, a crise mundial é desculpa para qualquer negação? As pessoas usam-na como se já estivéssemos em frangalho economicamente desde o início do ano - ou antes. A regra é clara: se algo não funcionou como gostaria, se não quer agradar seu parente ou subordinados, culpe a crise. Ela está aí pra isso.

Até o mês passado, o Brasil era o país do futuro, o BRIC era o filão a ser explorado e as ações eram sucesso garantido. Passou-se um mês e tudo mudou. O Brasil corta gastos, o BRIC voltou à miséria e as ações...ah, as ações. De repente, as empresas perderam seus lucros do ano todo (e não só do mês da crise), o dinheiro simplesmente sumiu e todo problema pode ser, simples assim, atribuído à crise. Quer ver?

***

- D. Rosaly, tá acabando a lata de óleo, tem mais?
- Acabou. É a crise.

***

- Pessoal, o prazo mudou e vou precisar do relatório mensal uma semana antes.
- Uma semana antes? Mas por que?!
- É a crise, gente...É a crise.

***

- Chefe, veja mais uma saideira pra gente e a conta.
- A saideira não vai dar, campeão. A cerveja acabou.
- Como assim a cerveja acabou?!
- Parece que a crise tá feia lá.

***

- E pra beber, o quê?
- Uma coca com gelo e laranja.
- Laranja?!
- Pois é. Crise mundial.

***

- Mãe, estou com falta de ar. Mas está muito forte!
- Ih, vamos pro hospital, isso é crise.

***

- Poxa, meu amor, isso nunca me aconteceu antes...
- Como assim, a gente já tá tentando desde o começo do ano!
- É, mas com essa crise...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Nirvana visual e musical na Sala São Paulo - Parte I

Estação Julio Prestes: o revitalizado centro de São Paulo surpreende

Sou um eterno turista em São Paulo. Assim como no universo da música ou gastronomia, não tenho pressa para descobrir novos segredos, sons e sabores. Adoro andar de táxi pela cidade à noite, por exemplo. Bem devagar vou me encantando, muitas vezes, com o que ainda é básico ou já conhecido pela maioria.

É o caso da Sala São Paulo. Inaugurada em 1999, nunca havia pisado lá antes. Na realidade, o centro de São Paulo é tão conhecido por mim quanto por um turista valenciano. Vergonha? Deixe estar, tudo a seu tempo. Fiquei encantado com a estutura do local, tanto por fora, com a estação Julio Prestes, como por dentro, com a arrebatadora arquitetura em madeira.

Mas o melhor ainda estava por vir. A ocasião? Estava lá para presenciar o lançamento do Nokia E71 com a Vivo. Antes disso, porém, assistiríamos a um concerto com uma apresentação do quarteto OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com a pianista russa Lilya Zilberstein, em peças de Beethoven, Schübert e Schumann.

Que agrado para os ouvidos! Passamos a vida ouvindo tanta coisa ruim por aí, que os tímpanos, bigornas e martelos devem aplaudir de pé quando vamos a locais assim. Gostaria de reproduzir um pouco do que ouvi ali. Até fiz alguns vídeos, mas não ficaram bons a ponto de serem publicados. Então, usarei apenas as palavras, que não farão nem sombra, mas são só o que tenho.

Apesar da posição privilegiada e da beleza do local, cuidadosamente decorado e projetado para a melhor captação do som, por alguns momentos eu fechei os olhos. Deixei que comandassem meus sentidos os ouvidos apenas, sem brigar com tolas tentativas de seus colegas. A harmonia do conjunto de violinos com o piano conduzido com maestria pela russa foram orgasmos musicais que colocavam um sorriso em meu rosto e arrepiavam meu corpo.

A flexibilidade combinada de uma delicadeza e agilidade nas cordas e teclas. Quando vi, estava, mentalmente, "conduzindo" a pequena orquestra e deixando meus olhos marejarem com tanta sintonia musical. Até agora, os timbres mais celebrados ainda se reproduzem em minha memória.

Já sinto a futura e inevitável falta deles.

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Observação final
: o silêncio sepulcral do início das peças era quebrado por melódicas cordas do violino. Durante 10, 15 minutos, não se ouvia a respiração dos cerca de 400 ou 500 presentes. Curioso era notar que, menos de um segundo após o término de qualquer peça, o som era dominado por tosses, pigarros, "fungadas" e demais escatologias.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Aos cinco, Teremos Coisas Bonitas pra Contar melhora e muda visual

Em 2003, blogs ainda estavam em expansão. À época, esses tipos de sites eram vistos apenas como diários, páginas pessoais em que usuários anônimos (ou não) compartilhavam um pouco da sua vida, de suas letras, temores e amores.

Cinco anos depois, muita coisa mudou mudou e esse mundo, que ganhou o nome de blogosfera, tornou-se um caos, conforme revela Rodrigo Padron, diretor da LVBA Interativa, braço da agência LVBA especializado em mídias sociais e Web 2.0: "hoje, não há convenções no mundo da chamada web 2.0, onde o "colaborativo" tornou-se imperativo. Os blogs vêm ganhando cada vez mais importância no cenário de mídia e isso tende a aumentar", revela Padron, que vem estudando de forma ferrenha o atual momento da web. Estima-se que dezenas de blogs são criados e extintos a cada segundo em todo o mundo. Em um cenário tão competitivo, como diferenciar-se da massa blogueira?

Na contramão do cenário atual, em que surgem cada vez mais blogs especializados em determinados assuntos, o Teremos Coisas Bonitas pra Contar mantém-se fiel a sua proposta inicial. "O Teremos... não especializou-se em apenas um item, como música, tecnologia ou cinema. Aqui, é possível encontrar de tudo. Momentos que valem a pena ser vividos entram no blog", esquiva-se o autor e moderador, Luís Joly, reforçando que blogs especializados atraem somente um perfil de visitante. "Aqui, qualquer usuário pode entrar e achar um assunto de seu interesse".

E, para celebrar seus primeiro cinco anos de vida, o blog apresenta novo visual e funcionalidades. "A cor laranja, que já era predominante, ganhou ainda mais destaque", revela Joly, adicionando que o endereço atualmente recebe cerca de 500 visitantes mensais. O número, aliás, só foi descoberto graças a instalação de complementos que monitoram diariamente o número e a origem dos visitantes. "Sabemos que muitos preferem nos visitar sem deixar comentários. Assim, temos ao menos uma idéia melhor da audiência", explica.

O Teremos... também se esforça para manter-se conhecido por meio de websites especializados em blogs. Recentemente, o criador da página cadastrou o endereço no Facebook e no Technorati, maior portal com cadastro de blogs no país.

Madrinha | A criação do Teremos... possui uma madrinha, conforme revela o dono do portal. Caru Fogaça Ponte, que em 2003, incentivou Joly a criar o endereço. "Caru já era uma blogueira há alguns anos, e me convenceu a desenvolver algo", confessa ele. De lá para cá, no entanto, muita coisa mudou, mesmo com o objetivo final sendo o mesmo, conforme diz o autor. "Este blog, no início, era muito mais pessoal, no sentido de dizer coisas muito cotidianas. Com o passar dos anos, passou a revelar somente o que realmente valia a pena, dando a chance de outras pessoas, quem sabe, usufruírem de experiência parecidas", diz.

E as novidades? | Entre as principais mudanças do blog, está o novo layout, que mantém o visual anterior, com sutis mudanças. "Colocamos novas fotos e alteramos levemente as cores do blog", explica Marcos Carvalho, coordenador de design do endereço e atual diretor de arte da multinacional de RP The Jeffrey Group. De acordo com Carvalho (que irá se casar em novembro), o trabalho ainda está em progresso. "Não fiquei totalmente satisfeito e ainda pretendo mexer em algumas coisas nas próximas semanas", revela o perfeccionista e designer.

Além do visual, o Teremos... traz um pedido antigo de internautas: um link com os posts mais populares. Joly exemplifica com uma história sobre cabides: "há algum tempo, revelei no blog como havia ficado feliz com a disposição de cabides iguais em meu armário. O post foi um sucesso, mas muitos visitantes novos acabam encontrando dificuldade para encontrar esse ou outro post de suas preferências".

Cabides? Enfim, o que interessa é que agora o moderador pode incluir na barra lateral links com os mais marcantes posts da história do blog - por mais estapafúrdios que sejam.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sobre a palestra e o humor dos nossos tempos

E a palestra foi um sucesso. Achei que ficaria nervoso, que as palavras iam travar...que nada! Falei demais, o pessoal gostou muito (agradeceram pessoalmente no fim) e vendi até livros! E não foi pouco não...Quase 20 livros vendidos, entre Chaves, Chapolin e Trapalhões (teve gente que comprou os três).

Aproveito o post, no entanto, para debater um pouco um dos temas levantados durante a sessão de P&R.

A questão é: o que mudou no humor que existia nos tempos de Chaves e Trapalhões até os dias de hoje? Afinal, por que, no intuito de fazer rir, as pessoas devem ser invasivas, intrometidas, agressivas e, muitas vezes, ultrapassar o limite do bom senso?

Luis Antonio Giron, jornalista, escreveu em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo no dia em que Mussum morreu (30/07/1994): "Os Trapalhões foram os últimos palhaços da TV". Não poderia estar mais certo. Não há mais espaço para o humor ingênuo na TV brasileira e mundial?

Você concorda? Acha que o humor de hoje, com CQC e Pânico na TV, é o mais apropriado para nosso tempos de Internet, em que somos imediatistas e o trivial já não nos completa?

Opine!

sábado, 11 de outubro de 2008

Palestra sobre Trapalhões no Doutores da Alegria


Caros, darei uma palestra na próxima segunda-feira, dia 13 de outubro, às 20h, na ONG Doutores da Alegria. Irei contar um pouco a história dos Trapalhões e do Chaves, temas dos meus livros.

A entrada é gratuita. Quem quiser aparecer, me avise ou vá lá direto mesmo. Anote aí:

O que: Palestra sobre a história do grupo Os Trapalhões

Quando: Segunda-feira, 13 de outubro de 2008, às 20h (duração aproximada de 1 hora)


Onde: Doutores da Alegria - R. Alves Guimarães, 73 (uma travessa da Av. Rebouças).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O dilema de Rubens Barrichello


Com 264 grandes prêmios nas costas, Rubens Barrichello já passou por tudo que alguém pode passar na Fórmula 1, com exceção do título: ultrapassou, foi ultrapassado, humilhou, foi humilhado, chorou por alegria e tristeza; viu lendas nascerem e morrerem ao seu lado. Empolgou e desiludiu um país. Foi uma esperança e motivo de risos. Teve oportunidades de ser campeão, protagonizou e passou por mero coadjuvante. Tudo várias vezes.

Agora, após quase 16 anos de janela, o brasileiro se vê em uma nova posição: a da possível aposentadoria. Sua equipe, a Honda, ainda não se manifestou sobre o interesse no brasileiro para a temporada de 2009. Sem contrato assinado, ele pode ficar sem carro, o que inevitavelmente significaria o fim de sua passagem pelo mais importante mundo do automobilismo.

Barrichello é o único elo de ligação nas pistas entre a Fórmula 1 que temos hoje, quase 2.0 e orientalizada, e a outra categoria, que um dia foi chamada de tecnológica, do tempo que iniciou. Em 1993, ano de seu debute, os maiores nomes na categoria eram Ayrton Senna e Alain Prost. A equipe a ser seguida era a Williams, hoje em frangalhos. Nigel Mansell e Nelson Piquet (o pai) eram lembranças recentes e constantes rumores de possíveis retornos. Schumacher? Em 93, o alemão ainda era uma estrela em ascenção, com apenas 1 vitória no currículo e na - extinta - Benneton.

Foi-se a caravana. Entre todos os nomes presentes naquele Grande Prêmio da África do Sul de 1993, quando Barrichello começou, ele é o único que ainda está no grid. Até Schumacher já parou. E, agora, frente a uma ameaça de aposentadoria forçada, o brasileiro confessa que não está preparado para abandonar o circo.

Imagino o que se passa pela cabeça do piloto. Como acontece com a maioria dos profissionais, a hora de parar é sempre difícil e evitada ao máximo. Mas ela chega, inevitavelmente. Faltam apenas três corridas para o término da atual temporada. Longe dos holofotes, Rubinho aguarda por uma, apenas uma vaga que o credencie para mais um ano. Até lá, seu discurso e sua gana seguirão os mesmos.

Mas o resto? Quanta diferença...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

Playa Bonita, Panamá

Resort fantástico e quente: umidade relativa do ar chega a 90%

Voltando do Panamá. Cansativo d
emais, mas valeu a pena conhecer um local que (provavelmente) jamais pagaria para ver (nada contra o Panamá, mas a Europa está sempre aí).

Fiquei no resort Playa Bonita. Meio afastado da cidade, mas vale a pena. Lá tem tudo que você precisa, incluindo bares nas (várias) piscinas, uma praia particular, bebida, spa com massagem e muito, muito calor. Ao contrário do calor que estamos acostumados, vindo apenas do sol, lá o complicado é a umidade, que chega a 90% - bem pior do que Manaus, que fui na semana anterior. Isso ficava claro cada vez que saía do quarto do hotel, devidamente refrigerado. O "bafo" era tanto que as lentes dos óculos escuros embaçavam em questão de segundos.

Fui a trabalho, mas recomendo o local para casais. É absolutamente impossível não descansar. Redes espalhadas por todo lugar, camas instaladas na frente da praia, tudo voltado para o completo e total ócio. O preço parece convidativo (cerca de USD 170 por dia). Ah sim, a moeda local é o dólar. Todo mundo fala espanhol e inglês. A população não é lá muito bonita, mas há um ou outro que se salve. Longe do hotel, percebe-se que o Panamá ainda tem muito o que crescer. A maior parte da cidade é pobre e o boom imobiliário vivido lá, com dezenas de prédios em construção, mostra que pelo menos eles estão andando pra frente.

Passamos pelo Canal do Panamá também. Confesso que não conseguir ficar impressionado, pois a obra é tão, mas tão grande (o canal inteiro tem cerca de 80 quilômetros) que você simplesmente não consegue absorver bem a dimensão toda da coisa. Dá apenas para ver trechos do canal, como algumas eclusas. O que chamou a atenção mesmo foi o "trânsito". Na praia em que ficamos no hotel, era possível observar uma longa fila de embarcações, todas esperando sua vez de atravessar pelo canal. Vale a pena? Se vale. Se decidirem dar a volta, por toda a América do Sul, levam três meses, no mínimo. Pelo canal, são apenas 15 dias.

Abaixo, o vídeo que mostra a "fila" de navios no canal (espere algo amador, ok?).