Chaos and Creation in The Backyard
Existem casos em que a gente é surpreendido positivamente. E isso vale em tudo, claro. Só que aqui, especificamente, vou falar do novo (já não tão novo assim) álbum do ex-beatle Paul McCartney. Gostaria muito de escrever uma crítica sobre o álbum em alguma revista ou site musical. Como não tenho essa facilidade (ainda), meu blog será a sede dessa auto-gratificação.
Paul mostra em seu último trabalho que ainda existe o Beatle que o mundo viu e tanto se acostumou. O disco Chaos and Creation in the Backyard, assim como o seu primeiro pós-Beatles, McCartney's, foi quase inteiramente gravado pelo artista. Gravado mesmo, em cada instrumento, desde bateria, baixos e violão, até instrumentos menos ortodoxos, com flautas indianas e harmônicas.
A diferença para seu primeiro álbum solo, claro, está no singelo fato de que, à época, ele divulgou o disco na mesma época de Let It Be, o derradeiro álbum do quarteto - tamanha era sua revelia ao grupo.
Quase quarenta anos depois, Paul ainda tem disposição para escrever e gravar boas músicas. Embora o CD não tenha sido um estouro de vendas - chegou à 10ª posição nas paradas inglesas -, agrada tanto a jovens como aos tiozinhos (em idade ou na cabeça mesmo).
English Tea, de um arranjo belíssimo, remete aos primórdios Londrinos do chá com limão da tarde. Já Fine Line, que traz o título do disco em sua letra, é de uma simplicidade entusiástica. Sir Paul mostra que não é necessário inventar e quebrar a cabeça em experimentações como nos tempos de Pet Sounds ou Sgt Peppers... Ainda há espaço para trabalhos simples e de boa qualidade. Ok, talvez espaço até o 10º lugar, mas há.
P.S: Agora, como não cantarolar mentalmente os primeiros versos de Ob-La-Di, ObLa-Da quando ouvimos o início de Friends To Go...
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