quarta-feira, 13 de maio de 2009

Where Do I Go From Here?

Ele olhou pro lado com amargor. Sabia que por perto ninguém podia ajudá-lo. Vozes soavam salgadas em seus ouvidos. Tentou correr dali, tentou encontrar um quê de razão em tanta loucura. Ludibirado, viu que estava perdido. Sonolento, tinha poucas forças para erguer a mão. Quando, enfim, conseguiu, sua garganta seca há muito impedia a passagem do ar. Implorava por um pouco de água.

A sua frente, não via muito. Deixara pra trás ingratidão em meio à poeira. Não teve muito o que pensar a não ser lamentar o que estava por vir. Lágrimas de incerteza e confiança mesclavam-se mentalmente. Um pequeno choro, silencioso, parecia vir de longe. Não descobriu de onde vinha. Mas assustou-se com o que viu.

A essa altura, não tinha mais como desistir. Já fazia muito sucesso. Já fazia muito tempo que poucos faziam ideia do que fazia sua cabeça. Fez a mala, fez as pazes com quem devia, fazendo o que é certo dentro dele. Mas fazia parte de um sonho, apenas. Fazendo de conta que não fitou aquilo, fez um rápido lanche e fez o que todos fazem amanhã, em uma manhã frígida e fajuta.

E aquilo lhe matava por dentro.

2 comentários:

Vitor disse...

E o quanto inspira, hein? Dos versos mais nobres que conheço e admiro.

Anônimo disse...

Nossa, muito bonito.
Mas, um pouco amargo e triste.
Não é voce.