Em 2000, conheci uma pessoa na FIAM que mudou muitas coisas em minha vida. Só nos tornamos amigos em 2001 ou 2002. Hoje, trabalhamos juntos. Como mencionei, trocamos influências de todos os tipos, de forma que hoje somos parecidos em diversas searas da vida. Mas aqui, vou falar da frente musical, que também sempre foi forte.
Entre o que ele me passou, e eu assimilei com mais força, está a banda de New Jersey do Bon Jovi. Até então, o grupo era para mim apenas aquele que havia gravado “Livin’ On a Prayer” e insistia em músicas comerciais na linha de “It’s My Life”. Algumas coisas boas, mas nada demais.
Com a amizade, passei a dar, automaticamente, um pouco mais de atenção e respeito ao Bon Jovi. Acho que o ápice só chegou agora, com o lançamento do último disco deles, Lost Highway – talvez essa demora não tenha sido à toa, já que (particularmente) de 2000 pra cá, são poucas as canções deles que se salvam.
Quando Lost Highway saiu na mídia, já fiquei sabendo rapidamente pelo meu amigo - ele é daqueles que acompanham os fóruns e primeiros boatos sobre a banda. “É um disco mais country”, chegou a me comentar. Fui atrás de materiais na Internet. Ouvi o disco e gostei. E, meses depois, recebi no último Natal um DVD de presente da Nokia: Lost Highway: The Concert. Fiquei surpreso com a qualidade do DVD e das músicas, agora analisadas uma a uma, com mais calma.
Parece que, após infrutíferas tentativas de hits comerciais baseados em nomes cujo tema é a rebeldia - inexistente - de hoje (“Have a Nice Day”, “It’s My Life”, “One Wild Night”, “Everyday”, “Misunderstood”, e a lista segue), o Bon Jovi deixou pra trás isso e lançou-se em um disco sem um hit tão forte (o mais próximo do estilo é “We Got It Goin’ On”).
Lost Highway é um disco agradável de ser ouvido. Está longe de ser algo marcante, mas é definitivamente melhor que os últimos discos do Bon Jovi. Lá estão baladas como “Whole Lot of Leaving” e “Seat Next to You”, ou rock com trajes mais clássicos do tipo “I Love This Town” e "Any Other Day".
O momento maior do álbum é “’Til We Ain’t Strangers Anymore”, uma balada em que o vocalista canta ao lado de LeAnn Rimes, uma cantora de Nashville com uma voz que lembra até Patsy Cline de tão country. O DVD com o show traz todas as canções do álbum em versões ao vivo, além de alguns bônus, como a eterna "Wanted Dead or Alive" - Richie Sambora, um mestre na guitarra e backing vocal.
Lost Highway representa um pouco do que enfrentamos no decorrer de nossas vidas. Colocando em panos locais, a minha amizade com esta pessoa citada no começo do texto, que segue uma longa estrada, sem rumo, com muitos desafios, barreiras e mudanças - mas, também, cheia de boa música, muita risada e alguns livros.
2 comentários:
Muito bom e emocionante ler e saber que influenciei positivamente uma pessoa tão importante para mim. Lost Highway é isso mesmo. Músicas que conseguem contar um pouco da vida não só de Jon e Richie, mas de todos que têm como prioridade na vida o amor, amizade e o rock and roll. Keep on rocking, irmão!
Adorei o post, tanto pela "amizade" quanto pelo Bon Jovi.
E concordo com você!Não que eu não goste das baladinhas comerciais do Bon Jovi, mas com certeza a atenção que eu dou à banda dobrou depois de ouvir Lost Highway. É realmente um ótimo cd que ando ouvindo incessantemente.
Aliás, devo acrescentar que as versões lentinhas que estão no dvd também muito me agradaram!
Mas enfim, que perdure a amizade e seu gosto por Bon Jovi!Rsrs
Beijos
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