terça-feira, 29 de julho de 2008

Bandeira Dois

Sento aqui, em frente a um punhado de cores e sentimentos, pensando no quê pensar. Lápis e papel dão lugar a um cenário ilusório de caracteres, onde, no entanto, as emoções são iguais e as frívolas lembranças, ainda mais reais.

Choro, vagueio por tantas consoantes de incertezas, navego por tons despedaçados de um violão e azuis de TV. O coletivo silêncio perfura gaitas imaginárias. Revejo o que jamais vi, engulo o que jamais cuspi.

Adjetivo tudo e todos ao meu redor, e espero, em vão, por um solo que jamais termina. Os acordes despertam tolices de um passado juvenil. Dedos não dobram por razões quaisquer. Não obstante, vejo sombras de chapéu, vejo que cada versão é um pouco a mais do que temo.

Avistei:
Há vida.
À vida,
Dignidade.

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