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sábado, 9 de abril de 2011

Sabores

Paixão, tem dias que me pergunto
Por que você sempre vem ao meu assunto?
Pessoas passam por nossas vidas
Mas não sabemos quem são as preferidas

Amor, qual a verdade sobre a razão?
O que vale mais entre tanta emoção?
Tantas manias que já temos, são sabidas
Mas mesmo assim, vivo só no meu mundo

Olho brilhando, barriga fria
Era assim mesmo, eu já sabia
Mas tanto fiz que isso veio oriundo
Soturno, em meio às minhas agonias

Ah, aquela eterna sensação
Que dura pouco, que dura uma vida
Ah, aquele sorriso de criança
Aquela certeza de quem já sabia

Paixão de um dia, amor de fins de semana
Alegria plena, certeza terrena
Ah, leviana imaginação
Que gira um tudo em um segundo

O toque, tão necessário
O tato, tão invadido
Olfato, eterno corsário
Olhar, o grande bandido

Amor, certeza que temos
A fé, que nos empurra
O sonho, bobagem burra
Realidade, santo sudário

terça-feira, 22 de março de 2011

Ex fera

Consciência, com certeza cansei. Sei que somos simples, mas cada segundo certo de que somos sãos soam surrupiados. Sento e ensejo uma canseira de sabores. Sim, se cada sentimento se convertesse em solidão, seria um cântigo de certezas e sinais de sensação. Ah, sinestésica, sofrida, mas sempre sabendo que corri sozinho. Sofri silencioso. Cismei e, se saiu suspeita, certo que só causou cicatrizes. Saco. Solo um sol menor. Sol cinza. Sal corroído. Chega.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A mando

Olho para o vazio do futuro
Cheio e inseguro
Olho para tudo ao meu redor
Vejo sonhos, sentimentos, bem melhor
Meço meus medos e fujo do mesmo
Mas sempre esbarro no medo

Torço por um mundo sem postes
Vivo um dilema de fortes
Crio ilusões em volta de mim
E, sei que no mais acaba tudo
Como sempre foi, sempre sujo
Em volta de um mesmo fim

Sofro por paixões que não vieram
Sinto pena de quem vive-as em um sonho
Sonho com tristezas de um inverno
Vivo sem certeza, sem ser terno
Rimo quem não soma silhuetas
E pesco um infantil amor interno

Faço figas por um pouco de sal
Acendo velas que não derretem o mal
Crio percepções e as ilumino com sol
Agarrado à vida, só a corda e só cal

Permaneço sisudo apaixonado
Enlouquecido, endiabrado
Animado e deprimido
Sigo sem talento, sigo aquele alento
Sem ritmo, sem prova, sem prosa
Com rosa, com tosa e pergaminho

Sigo histórico e imortal
Em cada palavra, registro o mal
A mando, amando, avanço
Pioneiro conservador
Visto a virtude que me vela
Vejo pelo vão de minh'alma
Uma vela que se acende
Um vazio que me anima
E uma vida que me espera

sábado, 20 de junho de 2009

(Mais) Rabiscos de um
caderno da faculdade


Lembra daquele post? Pois é. Peguei mais do mesmo caderno. As mini-poesias abaixo são diversas. Básicas, complexas, com rimas óbvias e não. Mas todas têm um tema macabro em comum (acho que não estava num dia bom). São de 1999.

Curtam.


Curtas e (não tão) boas

Como em uma brisa, a vida passa
Como em uma folha que voa alto
Como em um relógio que nunca para
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja

#

Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento

#

Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte,
Mais sorte.
A amargura, feiúra,
O divino, a cura.
Milagre, eterno.
É terno.
Eterna idade,
A felicidade...edaduas

#

Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca para,
O televisor que sempre se assiste.
Como uma flecha que sempre voa,
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza em profundezas,
As dúvidas e certezas,
As dúvidas são várias,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma:
Ela sempre vem.

#

Ataca a todos,
Como nunca se viu,
E ainda hoje,
Sinto frio,
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Rabiscos de um caderno da faculdade


Alguns dizem que recordar é sofrer. Outros, que é viver. Talvez seja ambos. Na falta de criatividade, resolvi recorrer ao que já foi produzido. E parei no enorme caderno da faculdade, que como todos os outros usados por mim, serviam de base para diversos textos e poesias em suas últimas páginas.

Resolvi colocar aqui uma dessas páginas.

Textos curtos, sem título, sem começo, meio ou fim. Sem nexo, cercados por desenhos, repletos de garranchos, falta de espaço e uma criatividade crua. Segue:

Como uma brisa, a vida passa
Como uma folha que volta alto
Como um relógio que nunca pára
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja

#

Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento

#

Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte, mais sorte
A amargura, a feiúra.
O divino, a cura.

#

Milagre, eterno,
É terno.
Eterna idade, a felicidade. Edaduas...saudade.

#

Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca pára,
O televisor que sempre se assiste
Como uma flecha que sempre vôa
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza, em profundezas,
As dúvidas e as certezas,
São várias as dúvidas,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma
E ela sempre vem

#

Ataca a todos
Como nunca se viu
E até hoje
Sinto frio
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mi, sol. Dó


Sonho com uma música. Ela não tem fim, mas seu começo também é nebuloso. Ela empolga, mas só depois de um tempo. Ela não tem tempo definido, nem tem dó. Sonho com uma música que rege minha alma, mas ao mesmo tempo desafina meu tom de clamor. Sonho com essa canção; sonho com um uníssono que consiga unir mente e pensamento. Sonho com o tom em si, sonho com sustenidos de certeza.

Sonho com uma música perfeita, que seja irremediavelmente irreconhecível. Sonho com uma nota apenas, que com centenas de ostinatos, alcancem o diapasão de meu outrora. Sonho com virtudes e acordes. Sonho que um dia não acorde. Sonho com um verso interminável. Com um quê de fuga, com um grave de sol. Sonho com um refrão de esperança, com interlúdios, sorriso de criança.

Sonho que minha canção terá rima e será pobre; terá erros e será pentatônica. Sonho que misture drama com a explosão de um olhar; que vibre lá, mas jamais deixe ré cética. Sua ligadura terá sinfonia. Ainda assim, será possível chorar ao cantar. Sua melodia, harmoniosa, tenebrosa, ouvidos de quem afina.

Não será preciso metrónomo. De fato, nem mesmo o ritmo de valsas será capaz de acompanhá-la. Sua suave batida encantará aos mais exigentes. Seus timbres profundos e agudos penetrarão por dermes, epidermes, endodermes. Uma modulação de sorrisos como o que você viu quando se apaixonou. Seu clímax lhe lembrará o primeiro toque. Soará como uma serenata que jamais ouviu; na altura em que entrar uma oitava acima, você estará no sétimo céu.

Por fim, terminará como jamais começou. A música que eu tanto sonho silenciará, sublime, sensível, certa de que seu sustenido soou a mais bela sonata aos bons ouvidos e bigornas que foram sussurados pela indecente música dos apaixonados.

*A foto foi feita em Cuba, em um velho restaurante de Havana

domingo, 18 de janeiro de 2009

Mundo Moderno

Já escrevi aqui muitos textos que brincam com as letras, fazem um jogo de palavras (procure na tag poesias). Pois aqui está minha inspiração. Jamais achei que veria esse depoimento de novo. Incrível, bem feito, melhor interpretado. Um show que merece ser aplaudido de pé. Vejam e apreciem.




terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Desconstruindo


Ando balbuciando certezas de emoções. Falhei, gesticulei humanizando indícios juvenis, logo mais nada outrora permaneceu. Quero ruborizar santos, ter um vestígio, zumbido amoroso. Bebi cedo, desejando estrelas fajutas, gostosa harmonização injusta. Justo, lépido matuto nunca omitiu pelejos. Quis registrar saudade, triste ultimato. Vencido, zarpei.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Trecho de um livro que não existe

Ele a beijou como se fosse aquela a primeira vez. Nos lábios, um sabor já conhecido, porém com sensação de inédito. No sentimento, apenas a certeza de que saudades haviam sido superadas. Sabiam que não seriam certeiros como sempre, mas tinham a sorrateira suspeita de que duraria mais que uma estação. Somente pela forma como sorriam, era fácil somar suas semânticas, subtraindo a solidão de outrora. Suavam em suas almas, mas seus semblantes não deixavam de transparecer tamanha salvação, sumamente superada. Agora, soltavam ao mundo um serelepe senão. Afinal, se não fosse pelo surpreendente beijo, de que mais sofreriam, se não por amor?

Sorte? Talvez apenas sonho, que de tão sorrateiro um dia subiu pelas sombras de um romântico por suas vistas, e ele, de tão inocente, nem sequer suspeitou.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O último post do ano...

Termino o blog em 2008 com uma breve nota do mês. Dezembro, que já costuma ser um mês intenso pelas festividades, caprichou este ano. Foi talvez o mês mais longo que já tive. Quem viveu o mês comigo vai se identificar. Feliz ano novo!

Viajei
Com a vista
Me encantei
Briguei
Beijei
Fui socialista
Me apaixonei
Me frustrei
Trabalhei
Ganhei
Perdi
Ri
Sumi
Disse não
Me posicionei
Reencontrei
Lutei
Me iludi
Sofri pelo que não vivi
E ainda assim, amei o quanto sofri
Adoeci
Curei
E recaí
Me reaproximei
Fui ao camarote
Acudi
E bebi
Cantei
Toquei
Ensaiei
Desafinei
Mandei em si
Quando era em ré
E mesmo assim
Fui aplaudido de pé
Descansei
Entrei em uma conga
Fui criança
Chorei e pensei
No quanto gosto de vocês
Mais uma vez
Obrigado pelo mês
Obrigado pela vida
Este poema tem um fim
Mas vocês, parte de mim
Continuam ao meu lado
Na próxima manhã adormecida

P.S.: Enquanto escrevo, aproveito para escutar algumas músicas inéditas do Elvis (sim, ainda não ouvi todas) que estão em um CD dinamarquês que chegou hoje aqui em casa...:-)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Seis pras Dez

Não quero o sorriso mais belo
Quero o sorriso mais belo pra mim
Não quero o concreto, nem o certo
Quero o questionável que exale
No que vale de verdade
Neste vale de ilusões

Não quero arebatadoras as paixões
Quero versos quebrados de emoção
Feitos no improviso e sem razão
Feitos sem a mínima destreza
Com cor de quem muito mais almeja
Ir além da sobremesa
Quero um olhar de longa declaração

Não busco a beleza incandescente
Busco apenas mais uma ausente
A pena pra um austero
Mais que estreita, mas que seja assim
Sem culpa, apenas e tão somente
Sem desfeita, sem matriz
Só sentidos, imperfeita
Como eu há muito sempre quis

Não quero alguém com notas dez
Quero alguém da minha laia
Quero asteca, inca e mais
Mais, saiba crescer com orgulho da tez
Quero maia, quero cultura
Mas não quero biblioteca
Quero bar e soneca. Lareira, pão e lar
Salada, sorriso, luau e violão de madeira
Amizade sem agrura, união sem sepultura

Seco surrado, quero úmido
Quero vívido e volátil
Quero Paul Gerárdy
Pra viver o que não vivi
Saber de searas sem senões
Apenas espelhos d'alma e canções
Uma esperança mais retrátil
Um retrato três por quatro
Um punhado de salgadas, fato:
São as lágrimas de quem sorri.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Final de livro

Nada como viagens literárias de vez em quando. Enquanto não sai tempo e disposição pra um livro, por que não imaginar como seria o final de um?

Ela saiu tão rápido como chegou. Seus olhos, brilhavam de tristeza ao constatar que aquela era a melhor alternativa diante de tanta felicidade. Escrevendo em sua mente, os capítulos daquele romance pareciam não ter um desfecho significante; ao mesmo tempo, lágrimas de incertezas salgavam-lhe o corroído julgamento.

Ela chegou da mesma maneira que se foi. Sofrida, suada, sentida. Saiu sentindo sede, somente sustos cercavam seu semblante. Sabendo sorrir, se fingiu de feliz. Sórdida, dissimulada. Se saiu bem sucedida, cega perante ao que se passava no Sertão.

E ela amou como poderia amar.

E ela correu de quem pôde, mas seus próprios pensamentos de perto não saíam.
Ela pensou em tudo. Mas não pensou em nada que estivesse dentro do tudo que já não era nada pra ela. Teve o mundo em suas mãos, ficou com muito mais.

Valente, escondeu com toda força suas feições. O quanto pôde, ao menos. Sabia que sairia chorando, mas não se sabe o que fez. Por dentro, cicatrizes também sentiam o poder de sua decisão. Amarga, a paixão era tão vergonhosa quanto aquele lindo sorriso que, teimosamente, de sua face não corria.

Ele, morreu como poderia. Sem tragédia, sem tramóia, sem trajeto. Por dentro, custavam caro suas decisões. Por fora, barganhava seu sorriso por pouco, muito pouco. Acabou que saiu de graça, algo que de graça não teve nada.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Confusão mental


Imagino as vertentes de um caminho
Sonho com semblantes que imagino
Tenho fé, vislumbro o desconhecido
E já é sabido.

Procuro novas possibilidades
Não sinto arrependimento nem vaidade
Vexames já passados não mais valem
Não sei mais disso.

Batalho castelos de paixão
Destruo batalhas de emoção
Emulo situações reais, de perigo e te(n)são
E choro em vão.

Pra mim, foi só mais um aviso
Pra nós, foi mais, foi um presságio
Pra gente, foi a quebra de um mito
E tenho dito.

sábado, 23 de agosto de 2008

Sonho

Como em um sonho, tudo acabou. Com hora marcada, com sorriso fechado, tudo encerrou. Fim de sonho, fim de riso, fim de aviso de algo diferenciado. Ali, nobre gestual, tudo volta ao normal. Como um sonho, como esponho, sempre casual. Ali, acabou.

Sonho bom, sincero, puro. Sonho curto. Intenso, alegre, vívido. Sonho limpo. Cheio, gigante, apaixonante. Sonho eterno.

Sonho.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bandeira Dois

Sento aqui, em frente a um punhado de cores e sentimentos, pensando no quê pensar. Lápis e papel dão lugar a um cenário ilusório de caracteres, onde, no entanto, as emoções são iguais e as frívolas lembranças, ainda mais reais.

Choro, vagueio por tantas consoantes de incertezas, navego por tons despedaçados de um violão e azuis de TV. O coletivo silêncio perfura gaitas imaginárias. Revejo o que jamais vi, engulo o que jamais cuspi.

Adjetivo tudo e todos ao meu redor, e espero, em vão, por um solo que jamais termina. Os acordes despertam tolices de um passado juvenil. Dedos não dobram por razões quaisquer. Não obstante, vejo sombras de chapéu, vejo que cada versão é um pouco a mais do que temo.

Avistei:
Há vida.
À vida,
Dignidade.

sábado, 26 de julho de 2008

Bandeira Um


Passeando de táxi
Me ache, me encontre
Vagando velozmente
Por situações e vertentes

Passando pelos carros
São fatos, são fantasias
Traumatizando sentimentos
Também tenho meus momentos

As cores se misturam ao cinza da cidade. O pálido da pele reflete na empoeirada janela. Já não chove há tempos. A sujeira some sempre que sinto saudades. Mas hoje ainda é cedo para ter lágrimas. Os olhares passam rápidos, lânguidos e secos demais. Não há sorrisos na suturada e saturada São Paulo. Não hoje.

Trechos em curva, trejeitos de caos
No táxi, tudo passa incerto
Toda dúvida é ferida
Toda ferida é doída

Visitando vários pontos, vejo um viés que me comove. Um semáforo revela mais que visões voluptuosas. Somente parado vislumbro tanta vergonha aliada à esperança. São pessoas marcadas com vísceras de vazio, músicas que não os preenchem, venenos que vagam pelas vias mal tratadas, recapeadas e sortidas.

Precisamos de chuva.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

De Zero a Cem

Acredito ainda, ando ansioso, achando amigos, amando anomalias
Busco belezas, batalho bocas batidas
Com certeza, canto corações, colorindo cada canto com cores combalidas
Dulcíssimas, doutrinam dós, desejam dedos delicados
Esperando e evitando, em êxtase e entretidas,
Fogem, ficando feio, famintos favelados.
Guardei gestos, geri ganâncias, ganhando guetos.
Há horas,
Indo indiscreto, incerto
Jogando juventude, jornalismo jovial
Louvei luvas lesadas, lesei louças lânguidas
Me manejo, minutos me matam, moças me marcam
Na natureza neutra, na noite, no Natal
Organizei o ouro, o obtive ornando olhares
Peguei pneumonia, passei por pestes. Pisei pensando: “pouco, posso postergar”
Queria querer, quis quorum
Rezei rituais, reagi ríspido, remendando rusgas retomadas
Sofri. Sinto, só saberia subir sendo sincero, silenciosamente sincero.
Tive turvas testemunhas, tive tanto tropeço... Tolo; também tive toda ternura
Uni universos. Um único unicórnio, uníssono, untei
Venci. Vitorioso, venerei valores vitais: vida, vazão, virtudes, vertentes. Virei e

...Zás, zarpei.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Confissão marcada

Quero ver filmes sem chorar em todo final
Quero parar de imaginar sorrisos
Quero sentir o frio na barriga
Quero abraçar com entusiasmo imoral
Quero voltar a ter uma amiga
Quero amor sem final

Quero tanto me apaixonar

Quero dividir meus momentos
Quero parar de procurar
Quero saber de seus problemas
Quero esquecer os meus dilemas
Quero sorrir de tanto amar

Quero receber um olhar
Quero ter o melhor medo do mundo
Quero um destino vagabundo
Unido ao meu sonhar
Quero dividir e somar
Quero tudo, quero inteiro
Quero sonho, quero cheiro
Quero multiplicar

Quero a vida, quero família
Quero sonhos sem perdão
Quero a falta de inibição
Quero criar mais uma trilha
Quero ouvir o seu sorriso
Escutar o seu olhar
Quero um beijo demorado
Quero lento e sem aviso
Quero ser um namorado

Quero tanto me apaixonar
Quero ser uma criança
Sorrir e bajular
Quero jogo, quero dança
Quero um pouco de esperança
Quero mais que uma aposta
Quero apenas a lembrança
Quero apenas a resposta

De quem tanto quer amar

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Da série "poesias antigas"

Quando falta o tempo para postar coisas "novas", nada como recorrer ao consideravelmente grande acervo de minha memória virtual. Este poema aqui vale mais pelo contexto do que pela qualidade em si. Ele foi escrito em dezembro de 2000, no meu primeiro dia de trabalho. A empresa, multinacional, eu de gravata, recém-chegado aos 20 anos.

Para mim, um mundo totalmente novo se abriu naqueles vastos corredores onde pessoas passavam apressadas e quase não me notavam. Enquanto o responsável pelo início do meu treinamento não chegava, abri o Word e comecei a escrever o que pensava naquele momento, fim da manhã. As linhas, na íntegra (incluindo os erros, que peço para relevarem), vocês conferem aqui. E nossa história não estará, pelo avesso assim, sem final feliz.

Afinal, quem não se lembra do seu primeiro dia de trabalho?

Obs.: A árvore abaixo também faz parte do texto. Enquanto as palavras não vinham, mexi nos cliparts disponíveis e esse acabou ficando pra história. Enjoy!












"Estou simplesmente afim de digitar por isso resolvi começar,. Bem, esse teclado é um tanto quanto diferente do meu, por isso vou levar um tempo até quer me costume as diferetes teclas que ele possui, como por exemplo, a letra “ç” (, sim, com cedilha) ela pssoui um tscrla só pra erla, assim como o botão do acento, e ah, o botão to tiu tbm mudou de lugar! Vou escrever umas palavra com tiu só pra testra... se bem que eu já escrevi uma agora oouco e esqueci o tiu... mas rudo bem, eu vou lembrar: amanhã... o tiu agora é no lugar do acente antigo, e o acente é do lado do \p... acho que não tinha tecla lá entes... o dois pontos foi pra baixo, está do lado da interrogação, que coisa , não????

Até que este texto está fcando legal;... fico sem tyer o que fazetr por um bom tempo,mse mtreinamento, sem trabalho, sem cursos, e sem \(muita) ajuda.... as pessoas aqui até que tentam me ajudar, mas elas tbm tem mais o que fazer (trabalhar) e não podem ficar a manhainteira comigo....pwelo menos agora eu tenho o computador pra ficar brincando, o aprwendendo algumas coisas... nmas tbm naio posso entrar na net pq na estou “logado”...
Ah! Faz tempo que não faço uma poesia por isso vou fazeruma agora.... nem me lembro se alguma vez já fiz algum pelo computador diretamente mas vou tentar... lá vai:


Começo da vida

Terno,
Gravata,
Atraso
Sujeira
Dinheiro.
Acorda,
Desperta,
Se molha
Se mata
Comida
inteiro.
Caos,
Maus,
Atraso
Total
Horário
Correndo
O dia nascendo...
Barulho,
Teclado
Letras
Contato
Chefe
No ato
Voz
Sós...
Envio
Recebo
e-mail..
saída
lotada
tomada
manobra
espera
derrapa
escorrega
embora
avenida
farol
sol
sem ar
sonhar...
casa
comida
amigo
garota
comida
garota
sossego
espera
outro dia
na torcida...
o começo
da vida....
LBA 05/12/2000 11:51"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

One Broken Heart for Sale


Outro dia, conversa por email, uma colega distante me disse que não adianta procurar pelo amor. "O amor acontece no momento em que ele deve acontecer, sem influências e sem pressão". Óbvio, mas tão fácil de esquecer.

Hoje achei o texto do dia em que fiz uma operação. Nada sério. Nada grave. Mas muito mais que motivo para mimetizar no meu mundo, em forma de papel, o que pensei naquela longa bucólica noite. E aqui vai:

Que dói mais?
(17/10/2006, 23h56)

Quando nos deparamos com algo
É que vemos toda a razão
Quando perdemos o que queremos
É que nos lançamos à vazão

Quando pensamos no que seria,
No que de fato nunca foi,
O coração amortecido,
Clama por apenas um choro

O garrancho, ao lado,
Como se nunca tivesse se encerrado

Como separar o amor da paixão
E diferenciar passado do sonho
Inevitável comparação
De alguém que, não sabe, suponho
A relação entre "evitou" e "ilusão"?

Eu te proponho*
Viver nas sombras, por lá pensando
Se questionando o que dói mais
Se é a paixão avassaladora
Ou a incerteza duradoura
Ou ainda a solidão, constatação
Em plena manjedoura?

Que dói mais?

A mão ou o coração
Amor ou tumor
Amém ou separação
A morte ou a ilusão

Que medo louco o seu
Em que eu poderia até rir
Se você passasse uma vida inteira
Sem se preocupar em ir
E, repartir dor por dor*
Para, enfim,
Morrer de amor!