domingo, 3 de agosto de 2008

Paellas Pepe, comida espanhola no quintal

Cozinha em família: a panelinha acima era só o que restou, no fim do almoço

Nem pense em chegar de repente ao restaurante Paellas Pepe. Lá, só com reserva confirmada. Assim, a família pode se planejar sobre quanto de paella deve ser feito. Família? Sim, esse restaurante espanhol é mais um daqueles que começaram como pequenos almoço para os amigos, cresceram e passaram a contar com gente "de fora" (normalmente, são os melhores).

A paella, especialidade da casa que me foi indicada por Rodrigo Padron (e é "paelha" mesmo, e não "paeja", como dizemos na América Latina), é feita na versão valenciana - calma, não sei todos os tipos, mas sei que essa não leva carne de porco. A receita era do pai, espanho legítimo, que passou pros filhos, e já está com os netos. Aliás, a família toda trabalha no local, que aceita até 100 pessoas e faz eventos fora da casa também.

O camarão e o lagustin servem como "tampa" pro arroz ferver

Sineta | A paella só é servida a partir das 14h, mas vale chegar antes. Ao meio-dia, a mãe e um dos filhos começam a preparar o prato - ali mesmo, do lado das mesas, em duas enormes panelas (enormes mesmo, cada uma comporta 30 kg, que servem 45 pessoas ). A preparação é lenta, mas o tempo voa. Dois músicos muito bons cuidam do som ambiente - com direito a músicas espanholas, entre outras - enquanto os clientes vão bebendo sangria e enganando a fome com alguns tapas.

Quando dá 14h, enfim, os cozinheiros tocam uma sineta: é hora de atacar! Mas ninguém ali pega a comida por conta própria: os próprios cozinheiros servem, para selecionar um pouco de tudo que vai no prato: além do arroz, frango, camarões enormes, mexilhão, marisco, mexilhão, polvo, lula, legumes, o açafrão tradicional e, por cima, gigantescos lagustins - que precisam de prática para serem comidos, conforme este blogueiro (olha, sou blogueiro?) constatou.


Quase na hora ser servir: "alguns comem até cinco pratos", diz um dos cozinheiros


La dolorosa |O preço é mais um atrativo: a paella é à vontade, ou coma-o-quanto-puder por 35 reais (se você passar de dois pratos, já me assustaria). A sangria (1 litro e meio) sai por 18 reais. Ou seja, beeeeem menos do que qualquer restaurante espanhol mais conhecido. No domingo, a música ao vivo é contemporânea (o que não os impediu de tocar La Barca, que meus pais, o Raphael, meu irmão e eu acompanhamos efusivamente), mas nos jantares, costumam rolar shows de flamenco, a dança típica da Espanha.

Serviço | Paellas Pepe (http://www.paellaspepe.com.br/)

5 comentários:

Anônimo disse...

Que de-lí-cia!

Anônimo disse...

Que bom que tenha apreciado. Eu recomendo aparecer por lá em uma sexta-feira com show de flamenco internacional. É fantástico, capaz de emocionar espanhóis ou filho de espanhóis, como eu. É o ponto alto da casa.

A paella é sim muito boa, mas não impressiona quem está acostumado com o prato.

Caru disse...

Opa, obrigada por convidar seus afilhados pra esse tipo de programa!!! rs...

Queremos ir, com vc!

bj

Unknown disse...

Vale a pena .
O ambiente é simples e agradável.
Para o meu gosto, a sangria estava um pouco doce demais.Então, preferi um vinho que tambem tem um preço honesto.Acho que uns R$ 28,00.Santa Helena Reservado.A paella é ótima.

Anônimo disse...

Luis,

Realmente, a qualidade da Paella é espetacula!
Os músicos dos domingos são o Fernando Bá (Violão e Voz) e o Tony Blue (guitarra). Vocal encanta e cativa! A dupla tem um excelente repertório e entrosamento.
Super boa dica para quem aprecia boa música e boa comida em Sampa

Lucilene