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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Estación Sur

Não é Buenos Aires, mas quebra o galho
Faz tempo que não escrevo sobre experiência gastronômicas aqui no blog. Então, provavelmente inspirado pelo belo blog Comidas já Comidas, da amiga Luciana Ferraz, resolvi reativar a seção - mas sem o menor propósito de concorrência ou periodicidade, afinal, este blog segue sendo um diário, mal atualizado, mal acessado e sem pretensões algumas de ser mais do que é (essa pretensão até já existiu no passado, mas isso é outra história).

Dada a explicação, hoje fui com amigos ao Estación Sur, um restaurante argentino no bairro do Morumbi. Ele é novo, abriu há menos de seis meses no bairro, mas que já tem, há mais de dez anos, uma unidade no elegante bairro dos Jardins. Apesar de localizado no Morumbi, não se engane. A região não é das melhores. Ele fica em uma rua semi-residencial, com oficinas mecânicas ao lado, uma praça mal conservada na frente e uma via de alto movimento. É daqueles que você olha e pensa "'não vai pegar". Talvez por isso, resolvemos ir logo, antes que feche (maldade).

A chegada já não foi convidativa. Há poucos espaços para estacionar e o manobrista cobra a bagatela de 15 reais para deixar o carro. Lógico, fomos atrás de uma vaga em uma rua próxima. Resolvido o primeiro dilema, fomos ao próximo: havia um vegetariano entre nós. Checamos se serviam ali pratos sem carne. Sim, servem.

Aconchegante, o Estación Sur contrasta com o restante da rua, como citado. Com cara de novo, bem arrumado, pintado e projetado pelo arquiteto Delfor Brion, capricha no interior, que inclui salas com ambientação portenha e itens trazidos de Buenos Aires. Mas, divide o quarteirão com mecânicos e prédios descompromissados. É difícil passar na rua e não estranhar algo tão bonito perto de imóveis velhos. Ao entrar, vê-se que o trabalho de decoração foi bem montado. Há um espaço externo, para fumantes (cadê a fiscalização?), um interno sem ar condicionado e um terceiro salão, climatizado, com uma TV. Em todas as paredes, como era de se esperar, menções à terra de Maradona. Além do próprio, fotos de outras personalidades do país.

Quadro ressaltando a tradicional humidade argentina - foto de Rubia Pria

Escolhemos o salão climatizado. Cardápio à mão, eu já tinha sido avisado: o local não é barato. E não é mesmo. Os pratos individuais saem na faixa de 60, 70 reais. Juro. Felizmente, durante a semana existe a opção de saborear um prato executivo, que varia entre carnes como baby beef, frango e chorizo, além de massas como ravióli e gnocchi. Esses pratos executivos acompanham salada, batata frita (com exceção das massas) e uma sobremesa, e o preço deles gira em torno de 35 reais.

Começando pela salada: fraca. Bem fraca. Alface, tomate e cebola apenas, todos jogados em um pote, sem tempero. Nem comi inteira. Só para cortar a salada, foi um martírio. Para tempero, havia apenas azeite, vinagre e sal. Uma decepção. Eu faria algo (bem) melhor em casa com os mesmos ingredientes.


O prato principal demorou a chegar. Meus amigos pediram truta e gnocchi. Eu, em um restaurante argentino, não poderia pedir algo que não fosse carne. E fui de baby beef. Interessante: quando pedi ao garçom a carne mal passada, ele me mostrou fotos de vários tipos de ponto de carne, para que eu entendesse bem como era a mal passada. Nunca tinha visto isso.

O prato chegou e eu gostei. No que diz respeito ao principal, a carne, estava muito boa, mal passada, tenra, suculenta e com pouca gordura. A batata frita estava boa, mas não era nada demais - me lembrou, na verdade, as batatas fritas congeladas de pacote. Infelizmente, a fome foi tamanha que esqueci de tirar a foto na hora que o prato chegou. Mas antes tarde do que mais tarde. No caso de você estar perguntando o que está na parte de baixo do prato, é meia truta que eu dividi com uma "truta" minha (nossa, essa foi péssima).

Por fim, a sobremesa. Ah, a sobremesa. Como não lembrar das inúmeras viagens a Buenos Aires e dos passeios com helados pelo Puerto Madero? Ou da época de infância, quando, a duras penas, conseguíamos um raro alfajor da Havana? Nossa, como aqueles alfajores eram deliciosos, únicos, raros. Quem mais aqui achou que eles simplesmente perderam a graça com a chegada ao Brasil? De qualquer forma, pedi mesmo um doce de leite na panqueca, que estava bom, muito bom. Não comi o doce de leite todo. Uma pessoa na mesa jura que era o Salamandra, que é um bom doce de leite. Eu não consegui dizer se é ou não, mas certamente não era brasileiro. Valeu a pena.

A brincadeira toda, junto com uma água com gás, saiu 42 reais por pessoa. Caro? Sim. Mas, em uma cidade onde tudo é caro e já estamos achando normal pagar valores absurdos, até que vá lá. Só que, se você for no fim de semana, prepare o bolso, pois os almoços executivos não serão oferecidos. Ah, aceita VR.

Abaixo, mais algumas fotos do restaurante que, certamente, não é o melhor argentino da cidade, mas também não é o pior. E, pra quem gosta de lugares afastados da bagunça, esse é ideal. Adelante (sério, Luís, esse foi seu final de post? Horrível)!

Estación Sur











sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ráris 7 Cereais


Recebi da assessoria de imprensa da Mars, há algumas semanas, uma embalagem do arroz Ráris 7 cereais. Arroz? Bem, o que você menos vai encontrar por ali é o que conhece como arroz. A Mars juntou o arroz integral, o arroz selvagem, centeio, aveia integral, trigo integral, triticale e cevada (o mesmo da cerveja) nesse bem bolado da saúde.

E o resultado? Não tenho fotos aqui, mas o sabor é bem interessante. A embalagem diz que em 45 minutos está pronto (em uma nova versão, 30), mas a verdade é que demoramos bem mais para ficar bom lá em casa - na verdade, quase 1 hora. A demora se justifica. O Ráris possui uma consistência bastante diferente do arroz - inclusive, do arroz integral. Ele é mais duro, e você sente que está comendo algo parecido com grãos. Firme mesmo.

Adicionalmente, a firmeza também se confunde com o sabor. Ráris é um arroz tão saboroso que pode ser consumido puro, e preparado sem necessidade de temperos mil, como se faz comumente com o arroz branco.

A embalagem de 500g custa R$ 6,99. Rende aproximadamente 11 porções.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mato Grosso do Sul na Vila Mariana

Já fui neste belo restaurante três vezes, mas ainda não comentei aqui. Trata-se do Sobaria, uma casa sul-matogrossense no coração da Vila Mariana. Bom atendimento, comida típica e, o melhor, nunca está cheio.

Da última vez que fui, pedi a linguiça de maracajú, um clássico da região. Mas já comi costeletas de pacu, uma costela bovina incrivelmente macia e outras iguarias. Destaque para carnes e peixes. A maioria dos pratos vêm com mandioca cozida. Deliciosa, não deixe de colocar molho shoyu (sim, eles fazem assim daqueles lados).

Para acompanhar, peça um bom refrigerante de tereré (o chimarrão deles, gelado) e, de sobremesa, sorvetes do cerrado. Tem tanto sabo que você vai levar meia hora pra escolher. Eu fui de sorvete assado (sim, isso mesmo), mas não achei tão bom assim. Prefira o sorvete puro mesmo.


O prato: linguiça de maracajú, acompanhado de arroz, farofa, vinagrete e a mandioca cozida

Serviço

Sobraria
R. Áurea, 343 - Vila Mariana
11 5084-8014
www.sobaria.com.br

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Altoid`s Dark Chocolate


Você também adora Altoid's? Pois é, eu sempre gostei. Na verdade, gosto tanto que tenho um bom número de latinhas na minha gaveta:



Mas, loucuras à parte, procure pela edição limitada Altoid's Dark Chocolate. Ela vem em diferentes sabores, como canela e menta. Estou aqui com a de menta (reparou ela no cantinho esquerdo da gaveta?)

A edição achocolatada de Altoid's tem como principal diferença a cobertura em chocolate. No caso da bala de menta, a combinação foi interessante. Por fora, as balas lembram M&Ms irregulares. Por ficarem maiores do que as balas comuns, parecem vir em menor quantidade do que uma Altoid's tradicional.

Na boca, o sabor também lembra um M&M (até porque a Altoid's é feita pela mesma empresa da M&M, a MARS), mas só por alguns segundos. O chocolate derrete rapidamente e a Altoid's volta a se tornar aquela costumeira bala de menta que já conhecemos. Por unir o doce com a menta, oa bala também lembra aqueles pequenos chocolatinhos de menta que comemos após o café (after eight, se não me engano).


Já que é uma edição limitada, não espere achar o Altoid's Dark Chocolate em qualquer esquina - sem mencionar que essas balinhas são importadas, o que também deixa o preço alto. Empórios e mercados mais sofisticados podem tê-la. Sai por volta de 15 reais.

Caro? Caríssimo. Mas cada louco com a(s) sua(s) (várias) mania(s).

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Churros do Tatuapé - um clássico

A filosofia do churro levada a sério: conheça a Casa do Churro

Você também pensa ou vê churros e lembra da infância? No meu caso, a lembrança é do São Paulo F.C. Tinha um velhinho que fazia os churros em um carrinho lá. Lembro bem do sabor dos churros, e também de como o preço aumentava sempre - fruto da inflação do período anterior ao Real.

Bem, abra os olhos e lembre-se de infância com classe. Vá até a Casa do Churro, no Tatuapé, e saiba onde toda essa história começou. Lá, a casa simples e cheia de cartazes entrega a você praticamente qualquer churro que você quiser - salgado, grande, pequeno ou imenso.

A idéia de comer churros com alguns amigos meus veio, na verdade, baseada nos famosos churros da Mooca, que só funciona de madrugada. Porém, já fui duas vezes no horário de funcionamento e peguei o local fechado. Dizem alguns que o velhinho que faz o churro aposentou (se alguém tiver mais informações, poste aqui).

Mas, de volta ao Tatuapé, tive a sorte de encontrar o dono do local, conhecido como Seu Antônio. Espanhol, ele diz que é o inventor do churro recheado. Não só dele, mas também da não menos famosa maçã do amor. Em poucos minutos de conversa, ele contou detalhes de como nasceram as duas criações.

Seu Antônio não inventou o churro. Essa fica para os espanhóis, que faziam os churros de roda. Imensos, salgados, eles mediam vários e vários metros. O que o senhor da Zona Leste criou foi o churro recheado. Nunca pediu patente, mas diz que irá receber uma em breve. Porém, não pretende ganhar nada com isso, além do reconhecimento. "Agora já virou domínio público", diz.

A casa é pequena, mas a quantidade de cartazes com as ofertas de churros chega a ser uma poluição visual. Faixas que elogiam a "filosofia" do churro de roda misturam-se às dezenas de ofertas. Dezenas? Talvez centenas. Lembram-se daquela clássica cena de "Forrest Gump", quando Bubba, o amigo de Forrest, fica descrevendo todos os tipos de camarão que a família dele sabia fazer? Pois o Seu Antônio é o Bubba do churro:

  • churros salgados
  • churros doces
  • churros pequenos
  • churros grandes
  • churros recheados
  • churros comuns
  • churros completos
  • churros de roda (o tradicional, com açúcar e canela ou 4 sabores a sua escolha)
  • churros lights
  • churros diets
  • churros gelados (cobertos em chocolate)
  • churros quentes
  • churros bom bom
Os preços são salgados - desculpe o trocadilho. O churro comum, daquele igual ao que todo mundo já comeu, sai por R$ 3,50. Mas esse é o mais barato. Churros gelados, maiores, mais gordinhos, todos saem acima de R$ 5 a unidade. Vale a visita. Imagens abaixo (clique para ampliar).



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Conhecendo o Santo Paulo

No Santo Paulo, você tem a sensação de como é dar um cartão amarelo (ou vermelho) pra alguém

O almoço de hoje foi em um local onde já deveríamos ter ido há muito tempo: o Santo Paulo. Para quem não conhece, o Santo Paulo é o bar temático instalado dentro do Estádio do Morumbi. Como o local do meu trabalho é relativamente perto, resolvemos dar uma passada lá e, enfim, conhecer (levamos juntos um palmeirense e um corinthiano).

As imagens no fim do post descrevem bem como é o local, mas farei ainda uma descrição breve. A comida é muito boa, assim como o atendimento. O movimento estava bom - nada lotado, mas também não estava vazio. Claro, todo o local é decorado com temas do São Paulo. Símbolos, jogadores famosos, camisas, placares históricos, qualquer motivo é suficiente para estar ali.

A casa é especializada em sanduíches, mas também tem saladas e pratos maiores. Algo bem legal: eles fazem os sanduíches famosos que sempre são vendidos justamente ao redor do estádio - por exemplo, o famoso pernil com cebola e pimentão. Criativos: para chamar o garçom, levante um cartão amarelo que está na mesa. Já para pedir a conta, use o cartão vermelho.

Eu pedi um Burger italian (R$ 23,00), que vem com molho de tomate, lascas de parmesão e rúcula em um sanduíche pequeno na aparência, mas saboroso e surpreendente no sabor. O hambúrguer de 210g dá conta do recado. As batatas fritas são bem feitas e recheadas (a porção sai por R$ 11,00). Para happy hours, o chopp Sol vale R$ 4,00.

Ao lado do bar, ainda há uma megaloja da Reebok com materiais do São Paulo e da própria marca. E, mais ao fundo, meio isolada, uma livraria. Diz o São Paulo que a idéia é tornar o Morumbi um pequeno shopping. Acho que começaram bem.

Dica final 1: em dias de jogos, eles também funcionam. Mas o esquema é diferente: por R$ 150, você pode comer e beber à vontade (bebidas alcóolicas não inclusas), podendo chegar duas horas antes e sair até duas horas depois do término da partida.

Dica final 2: leve uma blusa, mesmo que te digam o contrário. O vento que vem do estádio é muito frio. No bar há uma proteção de plástico, mas não é suficiente.

Serviço
Santo Paulo Bar - 3742-4432
www.santopaulobar.com.br

Eis algumas fotos.


Na entrada, é possível jogar um pebolim; TVs espalhadas sempre mostram esporte


O bar interno: símbolo do São Paulo estilizado


A vista, claro, é o estádio, que parece ainda maior quando vazio


Nas escadas, placares de vitórias famosas do tricolor paulista

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Encantado pela sereia do Starbucks - Parte I


O café do ponto de vista de quem não gosta de café

Esse é um post que já estava em minha mente há muito tempo e só agora conseguiu ser digitalizado. Nunca fui de visitar lugares "da moda" assim que surgem. Normalmente, costumo esperar muito, muito mesmo, até que aquilo já se estabeleça. Os exemplos são vários, mas o Starbucks é o mais interessante. E o motivo é simples.

Não bebo café. Nunca gostei, nunca vi graça, não acho o sabor interessante e ainda odeio o hálito que ele deixa, sem falar no gosto amargo na boca que implora por uma bala de menta. Café me lembra trabalho. Me lembra patéticas reuniões da minha antiga empresa que levavam horas e raramente eram produtivas. Me remete àquelas pequenas xícaras embebidas com um líquido que ora parecia preto demais, ora aguado demais. Ver minha antiga chefe tomando café era sempre lamentável. Sua boca fazia um bico que só não me incomodava mais que o pequeno barulho de quem está sugando um líquido. Enquanto a reunão seguia, posteriormente, era possível notar as marcas de batom misturadas ao provável gelado resto de bebida. Em suma, imagens e lembranças que sempre foram motivos que me repeliam a um cafezinho e me fazem até hoje ser o único a declarar "só água, por favor" no começo de reuniões (hoje, ao menos, as reuniões são úteis).

Na infância, o interesse também era pouco. Nas raras vezes em que era autorizado a sorver o líquido, o fazia com tanto açúcar que um especialista em café certamente teria um ataque caso visse aquilo. Nunca entendi a razão dessa bebida fazer sucesso por aqui. Em um país tropical, as pessoas deviam tomar água de côco, chá gelado, suco, etc. Não algo quente e que pede açúcar ou adoçante.

A primeira vez que fui a uma loja da Starbucks praticamente não conta. Foi em Miami, em 2006, época em que eu ainda não sabia absolutamente nada sobre a loja ou sobre a histórica bebida energizante. Entrei no local apenas para dizer que entrei, sabe como é isso? Olhei os cardápios, me entreti por alguns segundos e saí de lá apenas com memória suficiente para dizer no Brasil "estive em uma loja da Starbucks".

Foi somente dois anos depois, em 2008, que tudo isso começou a mudar. À época, ganhei de cortesia do meu editor um livro que contava a história da loja. O objetivo do presente era me inspirar para escrever uma nova obra. A minha idéia nunca (ou ainda não) chegou ao papel de fato, mas pelo menos aproveitei para ler o livro - aliás, chamado "A Febre Starbucks", da Matrix Editora (escrito por um gringo, muito legal e bem traduzido).

Conforme avancei nas páginas da obra, comecei a entender um pouco mais sobre o café. O livro traz uma interessante e breve história do grão, desde os tempos antigos, quando o café foi inventado quase sem querer, até chegar, enfim, aos tempos modernos. E, claro, começa a falar dos apreciadores da bebida que moravam em Seattle (terra natal da Starbucks, do Nirvana e do Google), de como eles estavam fartos de beber um café ruim e mal feito e começaram a fazer seus próprios cafés.

Mais: o livro nos apresenta o interessante conceito do terceiro lugar. A idéia de que um café pode ser um terceiro ponto de encontro, além da casa e do trabalho. A Starbucks não foi o primeira nem a criadora da teoria, mas foi quem a popularizou de forma global (a idéia veio mesmo da Itália).

Hoje, os cafés no Brasil ficam cada vez mais populares como já são em diversos países. Um local onde pode-se "jogar conversa fora" e comer algo rápido sem o trabalho de se deslocar até sua residência ou a pressão de um ambiente corporativo. Quer o maior exemplo da popularidade do terceiro lugar? Assista Friends e note como os inseparáveis amigos estão sempre no "Central Perk", um café com clara alusão ao Starbucks.

A globalização na rua de baixo | Ainda não terminei o livro, já que sou meio lento para ler textos longos. Mas, há algum tempo, fui informado de que uma unidade da Starbucks estava se instalando a poucas quadras de casa. Confesso que fiquei perplexo. Justamente naquele momento, em que estava mergulhado na cultura do café de Seattle, uma filial daquela mesma loja do livro estava chegando ali, a poucos metros de meu lar.

Sim, a rede Starbucks tem a tradição histórica de se espalhar como vírus (em Nova Iorque, eles chegam ao ponto de terem duas lojas na mesma esquina, uma de cada lado da rua). Mas tão perto de casa? Não era possível. Tinha de ver isso de perto. E botar à prova tudo que estava lendo no livro sobre como eram criadas as unidades da Starbucks e todos os estudos girando em torno de suas caras bebidas.

E eu fui. Mas isso fica pra outro post (não ficou claro ainda que odeio textos muito grandes?)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um pouco de Buenos Aires em São Paulo


Antes do último post sobre Cuba, uma mudança (leve) de ares: saio da terra de Fidel, mas ainda não volto ao Brasil totalmente.

Nunca foi a Buenos Aires? Já foi, quer ir de novo mas a crise global não permite? Seja qual for a sua opção, se tiver interesse em conhecer (ou relembrar) um pouco o ambiente portenho sem sair de São Paulo, vá ao Che Bárbaro. Localizado no "coração" da Vila Madalena (lembram desse post?), na R. Harmonia, o local abriu há menos de 1 mês e preza por duas características fortes: o excelente atendimento e os detalhes fiéis à capital do Tango.

Não tive a oportunidade de jantar no local, portanto não avaliei os pratos. Mas fiz questão de pedir uma empanada de carne (R$ 3,50), que estava incrivelmente semelhante a uma argentina. O dono do local, Alberto, recebe os convidados na porta. Não se deixe enganar pela primeira impressão. O Che (aliás, nome sugestivo para este blog em meio a tantas menções de Cuba, diga-se) é grande em profundidade e possui uma área no fundo temática da famosa "boca" argentina: paredes pintadas com as mesmas cores e falsas sacadas dão um ar nostálgico a quem já conheceu essa famosa - e turística - parte de Buenos Aires.

Se for, não deixe de pedir um vinho argentino ou - o que foi meu caso - uma legítima Quilmes, com direito a garrafa de 1,5 litro (R$ 14,00), como é normal por lá.

Serviço
Restobar Che Bárbaro
11 | 2691-7628
R. Harmonia, 277 - Vila Madalena

sábado, 16 de agosto de 2008

Dois anos de Comes e Bebes

Mais um evento gastronômico para postar aqui. Desta vez, foi a celebração de dois anos do blog de Marcelo Katsuki na Folha Online, o Comes e Bebes. Para comemorar o ocasião, rolou um jantar no excelente espaço Viver Casa & Gourmet, que trouxe a temática do arroz, típico na culinária japonesa, em diversas frentes.

Engana-se quem pensa que o cardápio trouxe apenas comida do Japão. Embora a maioria fosse criação dos lados de lá, também havia espaço
para suculentos bolinhos de arroz, e iguarias preciosas, como um arroz negro com aratu, um caranguejo típico do Pantanal, acolhido em um saboroso avocado (veja foto abaixo).

A bebida também não deixou a desejar. Os diversos tipos de saquê, as caipirinhas e demais drinques alcóolicos me deixaram rrependido por não ter ido ao local de táxi. Destaque para um ótimo drinque, que trazia saquê, romã, abacaxi, laranja e água com gás.

Fica aqui também a dica para conhecer o local. O Viver Casa & Gourmet oferece cursos dos mais variados temas, indo de culinária a maquiagem, tudo no mesmo local - e o melhor, de grátis. Mais informações aqui.

domingo, 3 de agosto de 2008

Paellas Pepe, comida espanhola no quintal

Cozinha em família: a panelinha acima era só o que restou, no fim do almoço

Nem pense em chegar de repente ao restaurante Paellas Pepe. Lá, só com reserva confirmada. Assim, a família pode se planejar sobre quanto de paella deve ser feito. Família? Sim, esse restaurante espanhol é mais um daqueles que começaram como pequenos almoço para os amigos, cresceram e passaram a contar com gente "de fora" (normalmente, são os melhores).

A paella, especialidade da casa que me foi indicada por Rodrigo Padron (e é "paelha" mesmo, e não "paeja", como dizemos na América Latina), é feita na versão valenciana - calma, não sei todos os tipos, mas sei que essa não leva carne de porco. A receita era do pai, espanho legítimo, que passou pros filhos, e já está com os netos. Aliás, a família toda trabalha no local, que aceita até 100 pessoas e faz eventos fora da casa também.

O camarão e o lagustin servem como "tampa" pro arroz ferver

Sineta | A paella só é servida a partir das 14h, mas vale chegar antes. Ao meio-dia, a mãe e um dos filhos começam a preparar o prato - ali mesmo, do lado das mesas, em duas enormes panelas (enormes mesmo, cada uma comporta 30 kg, que servem 45 pessoas ). A preparação é lenta, mas o tempo voa. Dois músicos muito bons cuidam do som ambiente - com direito a músicas espanholas, entre outras - enquanto os clientes vão bebendo sangria e enganando a fome com alguns tapas.

Quando dá 14h, enfim, os cozinheiros tocam uma sineta: é hora de atacar! Mas ninguém ali pega a comida por conta própria: os próprios cozinheiros servem, para selecionar um pouco de tudo que vai no prato: além do arroz, frango, camarões enormes, mexilhão, marisco, mexilhão, polvo, lula, legumes, o açafrão tradicional e, por cima, gigantescos lagustins - que precisam de prática para serem comidos, conforme este blogueiro (olha, sou blogueiro?) constatou.


Quase na hora ser servir: "alguns comem até cinco pratos", diz um dos cozinheiros


La dolorosa |O preço é mais um atrativo: a paella é à vontade, ou coma-o-quanto-puder por 35 reais (se você passar de dois pratos, já me assustaria). A sangria (1 litro e meio) sai por 18 reais. Ou seja, beeeeem menos do que qualquer restaurante espanhol mais conhecido. No domingo, a música ao vivo é contemporânea (o que não os impediu de tocar La Barca, que meus pais, o Raphael, meu irmão e eu acompanhamos efusivamente), mas nos jantares, costumam rolar shows de flamenco, a dança típica da Espanha.

Serviço | Paellas Pepe (http://www.paellaspepe.com.br/)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Wiespät Ises


Para quem ainda não conhece, a última moda da Europa (veio da Alemanha, daí o nome da bebida no título: cerveja com morango em taça de Champagne. Imperdível.

O título vem do original wie spät is es?, que significa algo como "que horas são?" no idioma de Schumacher (o goleiro ou o piloto).

Dica: deixe o morango para o fim. Ele adquire os sabores do lúpulo e da cevada, ganhando corpo e alma incomuns.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Roteiro gastronômico no feriado

Que São Paulo é palco da cultura gastronômica mundial, isso todo mundo já sabe. Que eu nunca participei dele devidamente, isso ninguém deveria saber.

Desde o fim-de-semana passado me chamou a atenção (com um certo atraso, diga-se) um nobre projeto da cerveja Bohêmia, que acontece pelo segundo ano. Trata-se do BOteco Bohêmia, um roteiro de bares espalhados pelos quatro cantos de Sâo Paulo que disputam o prêmio de "melhor petisco da cidade" (claro, melhor entre os cerca de 30 bares que estão inscritos no concurso). Funciona de maneira simples: Basta pedir o prato concorrente, e votar em uma cédula, que (espero) os garçons levam à urna.

Comecei o circuito com atraso, no bar Galinheiro Grill, na Vila Madalena. O prato lá foi uma linguiça de frango, recheada de tomate seco e ricota (isto mesmo, ricota). Veio com um pão, servida numa chapa. Mas a linguiça é fininha, e meio sem gosto. Nota 4.

Neste fim-de-semana, foi a vez do Botequim, na Pompéia. Prato: rolezinho doido. Uns mini-bifes à rolê, enroladinhos no palito (claro), com pimentão, mussarela de bufala e orégano. Bonzinho. Nota 6 (digo...). O melhor petisco do bar, no entanto, ficou por conta do prato que, segundo Theo Filipe, ficou em segundo lugar no concurso ano passado: linguiça portuguesa fatiada com cebola, pimentão e outras coisas que não me lembro.

Por último, ainda houve tempo no feriado para curtir o Bar do Arnesto, que teve o melhor petisco até o momento. A Canoa do Arnesto, carne desfiada com azeite, hortelã, alho e pimenta no pão. Teria sido melhor se o pão não estivesse um pouco velho.

Galinhada Mas o melhor - ou pior - do feriado foi mesmo o almoço de domingo. Troquei a macarronada com linguiça temperada aqui de casa por um restaurante no meio de vilas paupérrimas, atrás do Estádio do Canindé. A bordo de um C4 Pallas (avaliado em cerca de R$ 80 mil), fomos os quatro (amigos do Porto e eu) rumo ao local. O GPS que usamos não falhou. Assim que chegamos ao local, a voz com pouco sotaque carioca pronunciou: "você chegou ao local de destino". A imagem era, no começo, impressionante.

O restaurante Galinhada do Bahia foi recomendado pelo amigo jornalista que dirigia o C4 (que, vale informar, era apenas o veículo sendo testado). Ele achou o nome na revista Veja, pensando ser algo bom. E não estava errado. Horas depois, conferimos que realmente o Galinhada é um dos restaurantes mais badalados de São Paulo. Ok, ok, talvez ele não seja exatamente "badalado". Mas a hospitalidade supera tudo - e melhor, se você quiser, é possível levar carneiros, abatidos vivos no momento da compra.

O restaurante é especializado em comida típica nordestina. Mas típica mesmo. Estou falando de pirão de galinha, buchada, jerimum com carne seca, maxixi, baião de dois e por aí vai. De cara, advirto-os de que a primeira impressão talvez seja não muito positiva. Porém, ela passa. Inicialmente, pelo preço convidativo (R$ 20 o rodízio). Posteriormente, pelo excelente atendimento, que supera a má impressão ao ver as lonas que servem de telhado e o banheiro quase romano.

Comida nordestina nunca foi a minha favorita. Mas o Bahia atrai a clientela justamente por não exagerar na pimenta, algo característico da região. Você não leu errado. Artigo masculino, o Bahia é como é conhecido o dono do espaço. Reza a lenda que Bahia começou a cozinhar para amigos - ele mora no mesmo terreno. Enquanto uns comiam, o forró rolava solto com a outra turma. Com o tempo, o local tornou-se ponto de encontro de conterrâneos da Bahia pra cima. A popularidade aumentou, e o forró passou para um galpão ao lado. Mas o sucesso também permitiu que o simpático Bahia pudesse viver apenas de seu restaurante. O segredo, impresso nas dezenas de recomendações de revistas que enfei(t)am o local, ele repete para mim: "basta cozinhar com amor".

No fim, o amor nos concedeu duas rapaduras como cortesia (que algum amigo meu acabou pegando) e uma simpática foto com o ilustre Bahia que você vê ao lado. Claro, ela não fará parte da decoração do restaurante, que exibe famosos (ou quase) por todos os cantos.

Talvez não seja o melhor lugar para levar a namorada no primeiro encontro. Nem no segundo. Mas, quem sabe uns 6 meses depois, seja uma boa.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Ontem fomos a um restaurante português, ALFAMA DOS MARINHEIROS.

Uma beleza.

Estava vazio. Ficamos no andar de cima, que tinha música ao vivo.

Música portuguesa, aliás. De primeiríssima classe.

Comida, maravilhosa. Frutos do mar variados. Polvo, lula, mexilhão, marisco, vôngole (ou gorgulhão, como diria o Carlos Dias) e risoto.

Ah, e claro, uma boa garrafa de vinho para comemorar o aniversário da minha mãe.

Valeu muito. Por alguns momentos, esquecemos até que estávamos no Brasil. O ambiente é extremamento agradável.

quinta-feira, 29 de maio de 2003

Atenção, pessoal. Não arrisquem o Mc Austrália. É horrível.
Até agora, o melhor mesmo é o Mc Brasil (clássicos nunca morrem) e o Mc Argentina...

Usem a camisinha do Palmeiras:
afinal, só com ela a segunda é garantida...