segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sobre a palestra e o humor dos nossos tempos

E a palestra foi um sucesso. Achei que ficaria nervoso, que as palavras iam travar...que nada! Falei demais, o pessoal gostou muito (agradeceram pessoalmente no fim) e vendi até livros! E não foi pouco não...Quase 20 livros vendidos, entre Chaves, Chapolin e Trapalhões (teve gente que comprou os três).

Aproveito o post, no entanto, para debater um pouco um dos temas levantados durante a sessão de P&R.

A questão é: o que mudou no humor que existia nos tempos de Chaves e Trapalhões até os dias de hoje? Afinal, por que, no intuito de fazer rir, as pessoas devem ser invasivas, intrometidas, agressivas e, muitas vezes, ultrapassar o limite do bom senso?

Luis Antonio Giron, jornalista, escreveu em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo no dia em que Mussum morreu (30/07/1994): "Os Trapalhões foram os últimos palhaços da TV". Não poderia estar mais certo. Não há mais espaço para o humor ingênuo na TV brasileira e mundial?

Você concorda? Acha que o humor de hoje, com CQC e Pânico na TV, é o mais apropriado para nosso tempos de Internet, em que somos imediatistas e o trivial já não nos completa?

Opine!

3 comentários:

Vitor disse...

Acho que ainda há espaço para o humor ingênuo de outrora...mas acho que o momento é de um outro tipo de humor, mais áspero, mais sarcástico...não sei se é melhor ou pior, mas entendo que é o momento dele...talvez, daqui a alguns anos as coisas mudem e o humor volte a ser como antes...até lá, restam-nos pessoas como você que resgatam o passado e o tornam atemporal...

queria ter ido na palestra ;)

Douglas Funny disse...

Sou um grande apreciador de Chaves, Chapolin e Trapalhões. Na minha opinião, nada irá superar esses três no quesito humor.

Mas o CQC, por exemplo, é algo que eu gosto de assistir. Claro que eu prefiro os caras no palco, stand up comedy, porém ainda assim é legal.

Também acredito, como o cidadão acima, que é questão de momento. Não sei se o humor de outrora voltará, os tempos mudam, mas garanto que ele não morrerá.

Ah... e se o mesmo cidadão acima tivesse me informado a respeito de sua palestra, ou se eu tivesse lido seu blog antes, eu teria ido.

Abraço querido.

"O verso se repete 44 vezes... volta o cão arrep..."

Panqueique disse...

Não concordo. Sei que adoro falar umas piadas meio "picantes", mas é só para chocar. Ainda adoro a brincadeirinha de dizer que "não tô tintindo nada, nem minhas perninhas, nem meus bracinhos,...". Quem conhece entenderá. Acho que na verdade as pessoas não querem perder tempo com nada e a brincadeira tem que ser muito punk para quererem ouvir.