segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O fenômeno Madonna
(e a lei de Gerson chata)



Terminada a etapa final do show da Madonna, a cantora americana se vai, com um pouco mais de dinheiro no bolso, enquanto os problemas brasileiros ficam. Nada contra a artista, diga-se, que fez o que qualquer outro faz. Mas muito contra, sim, nossa própria cultura.

Moro a poucas quadras do Morumbi. Ou seja, já estou habituado a conviver com finais de campeonato, eventos religiosos ou megaconcertos (incluindo o da própria Madonna, em 1993). Longe dos problemas brasileiros, ela não tem culpa alguma do nosso próprio comportamento. Nas ruas, lixo e mais lixo. Na frente do estádio e arredores, assaltos; a polícia que diz que "não é possível fazer nada". Confusão e caos. Nas ruas, "guardadores" de carro cobrando até R$ 200 (sim, isso mesmo) para estacionar na rua.

Em momentos como esse, é fácil sentir vergonha do nosso país. Uma população que vive sob a eterna "lei de Gerson", sempre querendo, de alguma forma, levar vantagem. Longe de mim ignorar os problemas vividos por outras culturas. Longe de mim perder o ainda existente orgulho de ter nascido aqui. Também não sou santo e nem sempre exemplo.

Mas que, de vez em quando é complicado, é.

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