quarta-feira, 1 de julho de 2009

Em busca do "o"

Agora pouco estava falando com uma amiga muito querida. E o assunto, que foi por várias searas da vida, caiu, inevitavelmente, em relacionamentos.

E ela me falou do "amor da minha vida". Que ainda não tinha encontrado o amor da sua vida. E então nos perguntamos: em uma vida tão curta, mas tão complexa, tão breve, mas tão eterna, tão fugaz mas tão distante, tão efêmera e tão profunda, por que, de maneira quase infantil e ilógica, achamos piamente que há apenas um "o" entre tantos amores?

Sim, eu acho que podemos ter vários amores de nossas vidas. E devemos agradecer a isso. Seria um desperdício de vida ter apenas "o" amor. A melhor forma de viver a vida é saboreando o que ela tem de melhor a oferecer; é conhecendo as pessoas que podem te acrescentar algo.

E não, eu não sou polígamo.

3 comentários:

Vitor disse...

Cara, apesar de você ser sempre um espelho para mim, sou obrigado a discordar de você.

Talvez a vida tenha me feito amargo, é verdade. Mas compartilho da idéia de Sartre de que, na vida, só nos apaixonamos e amamos uma vez. As outras, são tentativas de se esquecer a primeira.


(e a ressalva final do post foi importante. Pelo menos para mim, que já estava sendo levado a crer no contrário)

Luís Joly disse...

Esquecer a primeira?

E se você não sabe exatamente qual foi a primeira?
Estou falando de amor. E isso não tem necessariamente ligação com homem-mulher (não, não sou gay).

Estou falando de um melhor amigo. Estou falando da sua família. De uma pessoa querida. São todos amores.

Com todo respeito ao Sartre, mas eu ainda vou de Linus, o amigo do Charlie Brown: "é melhor ter amado e perdido, do que nunca ter amado".

Ok, a frase não tem nada a ver com o assunto, mas eu também queria citar um filósofo moderno.

Vitor disse...

é, valeu a citação por ser uma citação né...porque para o contexto ela ficou deslocada, coitada.

Mas enfim, acho que a este amor que tem como parente próximo a paixão, só se experimenta, de verdade, uma vez.