segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Beyoncée: ela manda muito bem

Um mar de gente: Beyoncée levou a multidão a uma alegria extrema

Conforme falei no último post, escrevo aqui um review do show da Beyoncée (Beyonce? Beyoncé? Beyoncee? Enfim...), sábado passado, no estádio do Morumbi.

Apenas uma semana após o show do Metallica, as comparações em termos de lotação, público, perfil, são inevitáveis. Portanto, posso dizer que a plateia era bem diferente (bem mais bonita). Estádio tomado de pessoas, filas, cambistas, policiais, bombeiros, estava um caos. Barracas com pessoas acampadas, ficou claro que a Beyoncée é um fenômeno e tanto. Se sua passagem pelo Morumbi foi mais chamativa que a do Metallica? Difícil dizer, já que eu fui ao segundo show do grupo, menos lotado que o primeiro, no dia anterior. Mas, a julgar pelo que vi, a estrutura foi bem comparável à do AC/DC e da Madonna. Se isso não dava para comparar, deu pra ver ao menos que o palco da Beyoncée era quase igual ao do Metallica - eles devem ter deixado os tapumes para a Beyoncée usar e desmontar depois...:-)

Fui assistir ao show sem nenhum juízo de valor - da Beyoncée sabia apenas que ela cantava músicas R&B modernas, a maioria delas sem chamar minha atenção. Antes da "diva" entrar, Ivete Sangalo animou a plateia. Escorregou no palco e cantou pouco. Mas segurou bem, até.

Após a baiana terminar, levou um bocado de tempo para que Beyoncée começasse - quase duas horas. Foi cansativo ficar lá meio que sem fazer nada a não ser ver o estádio, que já estava cheio, atingir praticamente a lotação máxima - 60 mil pessoas foram ao evento.

Demorou tanto que, quando, enfim, começou o show da Beyoncée, nem me animei muito. Ela tocou músicas que eu não conhecia - de vez em quando, mandava uma ou outra que eu já tinha ouvido alguma vez. Mas aos poucos a apresentação foi esquentando. Ela falou com a plateia ao término da terceira música, já entregando (ou não) que aquela era provavelmente a maior apresentação que já tinha feito. Verdade? Acredito, acho que ela não inventaria algo assim.

O resumo da ópera foi: Beyoncée canta muito. Fez uma versão solo de Ave Maria que foi de arrepiar. Sua banda é fantástica. A baixista toca trechos de músicas do Michael Jackson. A pianista fez um verdadeiro solo de piano clássico. As backing vocals animaram em um blues bem americano e gostoso. Rolou até um cover de Alanis Morissette com You Oughta Know - diga-se, bem mais legal que a versão da canadense.

Beyoncée também mostra-se uma fã de Michael Jackson. Além dos trechos de músicas que rolaram com a baixista, ela fez questão de cantar uma música em homenagem ao cantor. Pessoalmente, eu acharia mais legal se ela tivesse cantado uma música dele, e não em homenagem a ele. Ficou meio chato.

Tenho, portanto, avaliação curta dos últimos shows que fui no Morumbi:
- Madonna: dançante, o mais agitado. Mas pouca música em sua essência
- AC/DC: Puro rock. Os caras são muito bons! Valeu cada segundo!
- Metallica: extremo, ame ou odeie. Eu, odiei.
- Beyoncée: a mulher sabe cantar, tem carisma, potencial e uma senhora banda.


Na saída, era tanta gente que parecia não ter fim

Em março, volto para dar um review sobre o Cold Play (mas calma que até lá devo postar outras coisas).

4 comentários:

Unknown disse...

Joly, Joly, meu bom Joly. Uma coisa é o gosto musical, a outra é a desinformação. Dizer que o Metallica teve uma passagem menos chamativa do que a Beyoncee é um pouco de apelação. Só o fato de a banda ter feito dois shows no Morumbi, enquanto a Beyoncee fez apenas um, já coloca por terra sua teoria (foram dois porque o primeiro dia esgotou rapidamente). Como já foi falado aqui por outras pessoas que comentaram seu post, o show de sábado chegou a quase 70 mil pessoas. Respeito seu gosto musical, mas não precisa "diminuir" os rapazes do Metallica. Mais de 100 milhões de discos vendidos e a marca de mais de 5 anos do Black Album na parada da Billboard como um dos mais vendidos não é pra qualquer um. Vou tomar a liberdade de te dar uma sugestão: algum dia escute os álbuns Load e Reload, do Metallica. Para os fãs antigos da banda, são os álbuns mais odiados e por isso eles nunca tocam nada desses álbuns ao vivo. Escute e vc vai conhecer uma banda diferente da que vc viu ao vivo. abs.

Luís Joly disse...

Concordo com vc. Farei as alterações.

Ana Raquel disse...

Oi, Joly

É curioso ver a reação que a Beyoncé causa, principalmente porque o fator "wow" é presente tanto para quem conhece, quanto para quem nunca parou pra escutar (até muda o channel do rádio quando começa Single Ladies, a da mãozinha..rs).Ivetinha esquentou com presença, coisa que ela tem de sobra. A mulher é demais!

Eu, particularmente, sou fã de carteirinha e foi superemocionante ver a energia de uma galera que estava lá desde as 15h - molhada, com barro no pé e sede, porque água a R$5 ninguém merece. Enfim, brasileiro é demais e acho que foi isso que a emocionou, pois acho que no Japão periga de ter mais gente (eles são menores, né? cabe mais no estádio) rs. Brincadeira!

É isso.. Beyoncé é do Brasil.

Bjo

Ana

ps. também parte da "Família Kodak". ;)

Vitor disse...

O camarote pareceu melhor localizado do que o da Madonna, pelo menos hahahahahah

E a última frase eu juro que li (e concordei): "Beyoncée, tem uma senhora bunda"