quinta-feira, 1 de abril de 2010

Na piscina

Buzz, brainstorm, corporativismo. A tendência é que, com o passar dos anos, a gente se esqueça da infância. Deixe escondido, ou se livre mesmo, do que era importante antes. As pessoas deixam de sorrir de fato; deixam de revelar seus sentimentos. E tudo se torna um grande teatro social (também conhecido como "crescer").

Nesse palco em que vivemos, tudo tem que ocorrer como quer a sociedade; a felicidade é efêmera, é fraca e fugaz. Sorrimos, mas sem a autenticidade de outrora.

Outro dia estava na piscina do clube. Sozinho. Nadando, em uma área onde várias crianças brincavam. Três ou quatro delas estavam com uma bola. Um era o goleiro, usando dois chafarizes como traves. Os outros arremessavam para que ele fizesse as famosas "pontes", caindo em seguida, são e salvo, na água.

Fiquei com inveja. Queria brincar com eles. Fiquei com saudades de quando era criança. De uma época boa demais, em que tudo parecia enormemente mais simples - e era mesmo. Sim, as pressões já existiam. E muitas delas eu não faço questão de sentí-las de novo. Nem tudo da infância a gente quer de novo.

Mas, pelo menos naquele domingo ensolarado, eu queria ser o goleiro.

Um comentário:

Vitor disse...

Nooooooossa, eu adorava dar pontes na piscina! Aqui na do prédio, como éramos (quase) únicos donos dela, nos dávamos o prazer de levar mais de uma bola, nos posicionarmos do outro lado nas bordas e efetivamente chutar para o goleiro da vez voar. Fazíamos isso até a bola ir parar na casa vizinha =)

Fiquei com saudades tbm =/