sexta-feira, 9 de março de 2007


Somente com o passar do tempo
Só sabendo se suamos ou subimos
Sabendo disso, sentimos certeza.

Só com sangue, soluço e saltos
Suplício, cegueira e sonrisal
Temos cerveja, sol e sapucaí

Sou super, sou assim, sou normal
Sei silenciar o celeste solitário
E sei que só isso, sem salário

Caiu a ficha, sacou o cinto
Sambou na pista, salgou o anísio
Saiu de cena, sentiu-se só

Se em cada sino, soar em sí
Que o certo é sofrer assim
Saio correndo, pois já sofri

E agora, super, sou só sorriso
Pois sei que sendo super normal
Sou eu mais certo, sou só legal

E como quem quebra o copo com mãos de fel
Sigo, rumando solto ao sabor do céu

3 comentários:

Elis Monteiro e Guilherme disse...

Adorei a sonoridade, Jolie, apesar do ligeiro tom de revolta :-)
Bonito poema. Como todos.
;-))))

Caru disse...

Revolta? Esse menino é um protesto em ebulição!!!

Minha cabeça ainda está assoviando por causa do poema! hehe...

Te amo mesmo assim, tá Lulito?

Elis Monteiro e Guilherme disse...

Caru, eu tb fiquei com o som do "S" aqui na cabeça hahahahahhahaha.
É que carioca tem problema com "S", por isso a gente transforma tudo em "X". Quer dizer, eu não sou carioca, mas convivo com a raça há tanto tempo que absorvi algumas coisas deles...

Disse pro Jolie: eu adoro poemas sonoros. Papai fez um lindo com D que vou mandar procês. É bonito mesmo.

Jolie, até revoltado, é inspirado ;-)