segunda-feira, 2 de junho de 2008

De Zero a Cem

Acredito ainda, ando ansioso, achando amigos, amando anomalias
Busco belezas, batalho bocas batidas
Com certeza, canto corações, colorindo cada canto com cores combalidas
Dulcíssimas, doutrinam dós, desejam dedos delicados
Esperando e evitando, em êxtase e entretidas,
Fogem, ficando feio, famintos favelados.
Guardei gestos, geri ganâncias, ganhando guetos.
Há horas,
Indo indiscreto, incerto
Jogando juventude, jornalismo jovial
Louvei luvas lesadas, lesei louças lânguidas
Me manejo, minutos me matam, moças me marcam
Na natureza neutra, na noite, no Natal
Organizei o ouro, o obtive ornando olhares
Peguei pneumonia, passei por pestes. Pisei pensando: “pouco, posso postergar”
Queria querer, quis quorum
Rezei rituais, reagi ríspido, remendando rusgas retomadas
Sofri. Sinto, só saberia subir sendo sincero, silenciosamente sincero.
Tive turvas testemunhas, tive tanto tropeço... Tolo; também tive toda ternura
Uni universos. Um único unicórnio, uníssono, untei
Venci. Vitorioso, venerei valores vitais: vida, vazão, virtudes, vertentes. Virei e

...Zás, zarpei.

4 comentários:

Anônimo disse...

só posso dizer uma coisa: amei......

Anônimo disse...

Demonstrou domínio do idioma, brincou com as palavras e expressou o seu momento.

Anônimo disse...

adorei o 'zaz' do fim... hahaha

Vitor disse...

ô loko!

achei sensacional...de verdade, sem ironias agora.

me lembrou um post de uma amiga minha, que também desfila confortável por entre a língua portuguesa...

http://ochavida.blogspot.com/2007/05/ao-belo-ciclo.html