Seis pras Dez
Não quero o sorriso mais belo
Quero o sorriso mais belo pra mim
Não quero o concreto, nem o certo
Quero o questionável que exale
No que vale de verdade
Neste vale de ilusões
Não quero arebatadoras as paixões
Quero versos quebrados de emoção
Feitos no improviso e sem razão
Feitos sem a mínima destreza
Com cor de quem muito mais almeja
Ir além da sobremesa
Quero um olhar de longa declaração
Não busco a beleza incandescente
Busco apenas mais uma ausente
A pena pra um austero
Mais que estreita, mas que seja assim
Sem culpa, apenas e tão somente
Sem desfeita, sem matriz
Só sentidos, imperfeita
Como eu há muito sempre quis
Não quero alguém com notas dez
Quero alguém da minha laia
Quero asteca, inca e mais
Mais, saiba crescer com orgulho da tez
Quero maia, quero cultura
Mas não quero biblioteca
Quero bar e soneca. Lareira, pão e lar
Salada, sorriso, luau e violão de madeira
Amizade sem agrura, união sem sepultura
Seco surrado, quero úmido
Quero vívido e volátil
Quero Paul Gerárdy
Pra viver o que não vivi
Saber de searas sem senões
Apenas espelhos d'alma e canções
Uma esperança mais retrátil
Um retrato três por quatro
Um punhado de salgadas, fato:
São as lágrimas de quem sorri.
6 comentários:
querer é poder, caríssimo!
acho que nós sempre temos que mirar os sentimentos mais nobres, de fato...
Quero não somente ler
Quero ler e aprender
Quero poder falar e sentir
Todas as lagrimas e sorrisos
De quem já leu e aprendeu
Parabens poeta.
Obrigado!
Quem é o (a) poeta misterioso(a)?
Uau! Cheguei a ficar arrepiada, querido. Lindo! Lindo! Lindo!
Obrigado, Lisa!
Achei que não conseguia mais fazer poesias... Fazia tanto tempo já. Mas ainda tenho algumas coisas p dizer por aí! :-)
Luís,
A poesia nasce da alma...
Não importa quanto tempo passamos longe da inspiração...
Ela sempre estará dentro de quem um dia se abriu para a beleza lírica!
Nunca duvide daquilo que te norteia!
Você escreve muito bem e nisso não basta querer, deve haver um certo "quê" de nato, um certo toque de alma...
E que venham mais!
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