O fim da era Senna – ou um novo começo?
Há muitos anos eu pensei em um texto.
O tema central seria "o fim da era Senna". Eu falaria sobre o momento em que não houvesse mais ninguém nas pistas da F-1 que correu ao lado de Senna. E a coisa foi indo bem. Ao longo dos anos 90 e início do novo século, fui observando os pilotos se aposentarem...Mika Hakkinen, Damon Hill, Gerhard Berger, Michael Schumacher, Jean Alesi...Um a um, eles chegavam ao inevitável dia de pendurar as sapatilhas.
Faltava Rubens Barrichello. O brasileiro, que ingressou na categoria em 1993 - portanto um ano antes da morte de Senna -, permanecia nas pistas. Em 2008, conforme sua saída ia se desenhando, este meu texto imaginário começou a ganhar formato, ainda imaginário. Uma introdução, um desfecho, tudo já se encaminhava para lembrar o saudoso momento, em um desfecho cheio de nostalgia e memórias ultrapassadas.
Eis que o destino, então, prega a maior das peças. De forma quase teatral, a era Senna chega ao fim...sem chegar.
É incrível a ligação da família Senna com Rubens Barrichello.
O ex-piloto da Honda foi guiado pela sombra do sobrenome famoso. Foi um pupilo e protegido do tri-campeão Ayrton, sofreu com sua morte, e assumiu um papel de herói sem querer, querendo. Um papel que não conseguiu desempenhar à altura e acabou por prejudicar uma promissora carreira.
O martírio de Barrichello só começou a diminuir quando foi ofuscado por Felipe Massa, que de forma igualmente cruel, assumiu justamente o cockpit que era de Rubens e mostrou um novo espírito de guiar e falar. Sem comparações com ídolos passados, sem referências ou bajulação, Massa mostrou personalidade e hoje tem seu espaço muito maior do que Barrichello tinha – na Ferrari ou na torcida brasileira.
Em 2009, o grid que irá alinhar para o Grande Prêmio da Austrália não terá mais nenhum piloto que correu ao lado de Ayrton. Não mesmo? Pense bem. Bruno Senna foi, talvez, quem mais conheceu Ayrton, nos momentos em que corriam de kart ou tiravam rachas em jet-skis nas águas de Angra dos Reis.
Pois é. E com isso, a temática do meu texto foi pelo ralo. Ele mudou. E a era Senna não acabou. Ironicamente, a maior vítima dela, Barrichello, apenas ajudou a dar continuidade ao sobrenome mais famoso da categoria.
E agora, resta a Bruno mostrar a que veio.
O tema central seria "o fim da era Senna". Eu falaria sobre o momento em que não houvesse mais ninguém nas pistas da F-1 que correu ao lado de Senna. E a coisa foi indo bem. Ao longo dos anos 90 e início do novo século, fui observando os pilotos se aposentarem...Mika Hakkinen, Damon Hill, Gerhard Berger, Michael Schumacher, Jean Alesi...Um a um, eles chegavam ao inevitável dia de pendurar as sapatilhas.
Faltava Rubens Barrichello. O brasileiro, que ingressou na categoria em 1993 - portanto um ano antes da morte de Senna -, permanecia nas pistas. Em 2008, conforme sua saída ia se desenhando, este meu texto imaginário começou a ganhar formato, ainda imaginário. Uma introdução, um desfecho, tudo já se encaminhava para lembrar o saudoso momento, em um desfecho cheio de nostalgia e memórias ultrapassadas.
Eis que o destino, então, prega a maior das peças. De forma quase teatral, a era Senna chega ao fim...sem chegar.
É incrível a ligação da família Senna com Rubens Barrichello.
O ex-piloto da Honda foi guiado pela sombra do sobrenome famoso. Foi um pupilo e protegido do tri-campeão Ayrton, sofreu com sua morte, e assumiu um papel de herói sem querer, querendo. Um papel que não conseguiu desempenhar à altura e acabou por prejudicar uma promissora carreira.
O martírio de Barrichello só começou a diminuir quando foi ofuscado por Felipe Massa, que de forma igualmente cruel, assumiu justamente o cockpit que era de Rubens e mostrou um novo espírito de guiar e falar. Sem comparações com ídolos passados, sem referências ou bajulação, Massa mostrou personalidade e hoje tem seu espaço muito maior do que Barrichello tinha – na Ferrari ou na torcida brasileira.
Em 2009, o grid que irá alinhar para o Grande Prêmio da Austrália não terá mais nenhum piloto que correu ao lado de Ayrton. Não mesmo? Pense bem. Bruno Senna foi, talvez, quem mais conheceu Ayrton, nos momentos em que corriam de kart ou tiravam rachas em jet-skis nas águas de Angra dos Reis.
Pois é. E com isso, a temática do meu texto foi pelo ralo. Ele mudou. E a era Senna não acabou. Ironicamente, a maior vítima dela, Barrichello, apenas ajudou a dar continuidade ao sobrenome mais famoso da categoria.
E agora, resta a Bruno mostrar a que veio.
2 comentários:
Belo texto, Lulito, ainda que não seja aquele que tinha imaginado.
Interessante, mas............ quem diria que este seu texto deveria ser alterado em menos de 1 mês depois de postado, já que Bruno Senna ficou para trás, vendo Barrichello fechar contrato com a Brawn Racing, antiga Honda !
Realmente esta vida nos mostra que quando pensamos que tudo está certo......vixxxxxx...... mudam-se as peças do jogo. Parabéns pelo texto
Postar um comentário