De volta à infância, em 1991*
O GP da Alemanha foi bom? Foi. Mas achei um tema mais interessante para a minha coluna desta vez. Queria falar da recente experiência que tive com um jogo de computador.
Sendo um apreciador de corridas e também de tecnologia desde criança, foi cedo que adquiri interesse por jogos de velocidade. No começo, eram aqueles games de PC clássicos, como o Indy 500. Mas, em 1993, minha vida mudou com o World Circuit, ou como era mais conhecido, GP1, criado por Geoff Crammond. Aquele simulador de corrida trazia a temporada de 1991, com os feras da época, e todas as pistas do calendário, para jogar a qualquer momento. Eu passava horas na tela do computador. Gráficos toscos, mas a jogabilidade compensava tudo.
Claro, o tempo passou e o GP1 foi superado. Não, eu não parei de jogar. Apenas fui evoluindo com os nomes – logo surgiu o GP2, GP3 até o último da série, GP4 (parece que Crammond desistiu de continuar a série). Joguei todos, fiz vários campeonatos e me estressei demais com rodadas e erros, até que as obrigações da vida adulta chegaram e me afastei da tela do computador – só para jogar. O GP4 manteve-se instalado, mas era raramente acessado.
Até que, um dia, navegando pelo YouTube, encontrei vídeos de um GP4 que não conhecia.
Os gráficos eram parecidos, mas os carros, não. Sim, era um GP4 alterado, com carros e pista antigos. Mais precisamente, de 1991. Vibrei quando vi aquilo, me encantei com a precisão dos detalhes, desde patrocinadores até ângulos das câmeras. Foi uma volta no tempo.
Não demorou para que eu fosse atrás de como transformar o meu GP4, parado e original (a temporada lançada nele era a enfadonha 2001), naquele túnel do tempo. Mas demorou para conseguir. Descobri que era necessário instalar muita coisa. Adaptar o jogo inteiro. Basicamente, fazer coisas de hackers. Mexer em arquivos que eu nunca soube que existiam.
Mas eu consegui.
Cerca de dois meses após ver o vídeo, o “GP4-1991” estava em minha própria máquina. Foi paixão antes mesmo da primeira volta. Ainda na abertura, já está tudo modificado. Imagens do campeonato de 1991 aparecem na tela, e quando o menu principal finalmente desponta, você está sedento para correr.
Mas tem mais. A música executada durante o menu, as fotos dos pilotos, tudo foi feito com requintes detalhistas ao máximo. É possível, inclusive, ouvir o lendário Murray Walker, espécie de Galvão Bueno da Inglaterra, narrando as corridas mais famosas daquele ano.
Correr, claro, é o melhor de tudo. Na minha “estreia”, escolhi Roberto Moreno, na Benetton. A pista foi Interlagos, claro. Foi emocionante ver o cenário. Patrocinadores da época misturam-se com os bólidos coloridos fieis aos originais. O som também encanta. Pulei a classificação e fui logo para a largada, saindo de último. Poucas voltas depois, rodei. Mas durante elas consegui lembrar como é bom ser criança. Aquele meu GP4 nada mais era do que o mesmo GP1, que eu jogava em 93, com gráficos melhores.
Como disse Ayrton Senna uma vez: “a diferença entre as crianças e o adultos são apenas os brinquedos”.
RETA OPOSTA
E da corrida?
Sim, o GP da Alemanha foi interessante. Rubinho ficou em segundo de novo. Agora, ele é o segundo piloto que mais demorou para vencer uma corrida na F-1.
E da política?
Acho que falo por todos quando digo que não quero mais saber de política na F-1. Estamos todos, claro, torcendo apenas para que Mosley dê o seu lugar.
E do Rubinho?
Ele disse que acha “um saco” isso tudo acontecendo. Falar o quê? Enquanto isso, Massa fez uma de suas melhores corridas este ano. O cara está maduro mesmo.
Ah, se você tem GP4, saiba mais sobre o projeto 1991 aqui.
Sendo um apreciador de corridas e também de tecnologia desde criança, foi cedo que adquiri interesse por jogos de velocidade. No começo, eram aqueles games de PC clássicos, como o Indy 500. Mas, em 1993, minha vida mudou com o World Circuit, ou como era mais conhecido, GP1, criado por Geoff Crammond. Aquele simulador de corrida trazia a temporada de 1991, com os feras da época, e todas as pistas do calendário, para jogar a qualquer momento. Eu passava horas na tela do computador. Gráficos toscos, mas a jogabilidade compensava tudo.
Claro, o tempo passou e o GP1 foi superado. Não, eu não parei de jogar. Apenas fui evoluindo com os nomes – logo surgiu o GP2, GP3 até o último da série, GP4 (parece que Crammond desistiu de continuar a série). Joguei todos, fiz vários campeonatos e me estressei demais com rodadas e erros, até que as obrigações da vida adulta chegaram e me afastei da tela do computador – só para jogar. O GP4 manteve-se instalado, mas era raramente acessado.
Até que, um dia, navegando pelo YouTube, encontrei vídeos de um GP4 que não conhecia.
Os gráficos eram parecidos, mas os carros, não. Sim, era um GP4 alterado, com carros e pista antigos. Mais precisamente, de 1991. Vibrei quando vi aquilo, me encantei com a precisão dos detalhes, desde patrocinadores até ângulos das câmeras. Foi uma volta no tempo.
Não demorou para que eu fosse atrás de como transformar o meu GP4, parado e original (a temporada lançada nele era a enfadonha 2001), naquele túnel do tempo. Mas demorou para conseguir. Descobri que era necessário instalar muita coisa. Adaptar o jogo inteiro. Basicamente, fazer coisas de hackers. Mexer em arquivos que eu nunca soube que existiam.
Mas eu consegui.
Cerca de dois meses após ver o vídeo, o “GP4-1991” estava em minha própria máquina. Foi paixão antes mesmo da primeira volta. Ainda na abertura, já está tudo modificado. Imagens do campeonato de 1991 aparecem na tela, e quando o menu principal finalmente desponta, você está sedento para correr.
Mas tem mais. A música executada durante o menu, as fotos dos pilotos, tudo foi feito com requintes detalhistas ao máximo. É possível, inclusive, ouvir o lendário Murray Walker, espécie de Galvão Bueno da Inglaterra, narrando as corridas mais famosas daquele ano.
Correr, claro, é o melhor de tudo. Na minha “estreia”, escolhi Roberto Moreno, na Benetton. A pista foi Interlagos, claro. Foi emocionante ver o cenário. Patrocinadores da época misturam-se com os bólidos coloridos fieis aos originais. O som também encanta. Pulei a classificação e fui logo para a largada, saindo de último. Poucas voltas depois, rodei. Mas durante elas consegui lembrar como é bom ser criança. Aquele meu GP4 nada mais era do que o mesmo GP1, que eu jogava em 93, com gráficos melhores.
Como disse Ayrton Senna uma vez: “a diferença entre as crianças e o adultos são apenas os brinquedos”.
RETA OPOSTA
E da corrida?
Sim, o GP da Alemanha foi interessante. Rubinho ficou em segundo de novo. Agora, ele é o segundo piloto que mais demorou para vencer uma corrida na F-1.
E da política?
Acho que falo por todos quando digo que não quero mais saber de política na F-1. Estamos todos, claro, torcendo apenas para que Mosley dê o seu lugar.
E do Rubinho?
Ele disse que acha “um saco” isso tudo acontecendo. Falar o quê? Enquanto isso, Massa fez uma de suas melhores corridas este ano. O cara está maduro mesmo.
Ah, se você tem GP4, saiba mais sobre o projeto 1991 aqui.
*coluna publicada em dia de corrida no site UOL Interpress Motor. Para ver as anteriores, clique aqui.
2 comentários:
eu jogava aquele Nigel Mansel para Super Nintendo e adorava o fato de que eu não precisava usar o breque do carro pq as batidas não influenciavam em nada na minha velocidade hahaahhaha
Nigel Mansell era o máximo. Joguei muito também.
O melhor era o final do jogo, quando aparecia ele de perfil, acelerando, e o carro tremendo todo!
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