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domingo, 2 de maio de 2010

Alice e o IMAX - Maravilha mesmo foi quando o filme acabou

O filme que vou retratar a seguir não foi minha primeira experiência com cinema 3D - claro, nessa fase moderna. No início dos anos 1990, cheguei a ver A Hora do Pesadelo com aqueles óculos de plásticos verdes e vermelhos). Mas foi minha primeira experiência ruim - nem sempre teremos apenas coisas bonitas pra contar...

O primeiro filme 3D que vi foi há cerca de 1 mês, o tal de Como Caçar Dragões (ou algo assim). Muito divertido. Adorei a experiência com os óculos e fiquei fã do formato de cinema.

Naquela mesma sessão, me chamou a atenção o trailer de Alice no País das Maravilhas. Na verdade, fiquei tão encantado com as imagens do filme que decidi assistí-lo, e melhor: na sala iMax (seria da Apple?), a suposta melhor sala de São Paulo (já tinha tentado ver o Avatar lá, mas nunca tinha ingresso disponível).

O ingresso foi comprado com quase três semanas de antecedência para uma sessão de sábado à noite.

Sobre o filme: Alice vale a pena pela fotografia. Belíssimo, com cenários psicodélicos, viagens mentais e proporções que você só consegue ver lá. Mas, infelizmente, ainda não é esse o fator mais importante em uma obra gravada em vídeo. Mesmo em um filme cercado por toda a tecnologia ou em um MPEG caseiro, o que importa mesmo é a história. E a história de Alice é tão chata que eu quase dormi.

Os primeiros 15 minutos do filme, após Alice entrar na terra maluca, são de descobertas. Afinal, vale explorar ao máximo a tecnologia 3D no mundo tão bem criado por Tim Burton e seu time. Mas, passado esse encantamento com os personagens e cenários curiosos, acaba a graça. A trama é parada, pastel, sem andamento. Os diálogos são lentos e arrastados. Me parece que a Disney pediu um filme a Tim Burton apenas para explorar o 3D. "A história? Crie qualquer coisa". Em suma: chato, muito chato. Só o 3D e a imaginação de Tim Burton não foram suficientes.

Sobre a sala: minha péssima avaliação do filme teve uma séria contribuição: o conforto não oferecido pela sala iMax (ou IMAX) do Bourbon. Estava no melhor (teoricamente) lugar do cinema: última fileira, bem no meio. Uma tela gigante mostra-se a sua frente. E a vinheta do iMAX mostra que o som e a imagem são realmente de primeira. Mas, assim como a Disney esqueceu do básico (a trama), o Bourbon esqueceu do que mais interessa - o conforto.

As cadeiras são apertadas, grudadas. Mal há espaço para dobrar as pernas corretamente sem que seu joelho já encoste na poltrona da frente. Em determinado momento, movido pelo cansaço do filme, tive algo próximo a uma sensação de claustrofobia. E, naquele cenário curioso, de vez em quando eu tirava os óculos 3D para olhar a plateia. Todos usando o acessório, pareciam seres hipnotizados.

Resumindo, é isso: se for ver o filme, o faça com ressalvas. E, se for à sala IMAX...não vá. Há salas 3D excelentes em São Paulo por preços menores e mais conforto.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Atividade Paranormal - "Profecia" ficou no chinelo

Sempre gostei de filmes de terror - especialmente terror com um q de realismo - nada de zumbis ou lobisomens. Gosto de coisas que mexem com espíritos, religião e afins.

Fui assistir "Atividade Paranormal", já há algum tempo, sem pretensões. Na falta de outro filme, acabei pegando esse. Pois bem, sei que o post é velho, mas quem puder, veja. Alugue ou procure se ainda estiver no cinema. É o filme de terror mais assustador que já vi. Pior que "Profecia", "Exorcista" ou "O Exorcismo de Emily Rose". É simplesmente terrivelmente assustador. Um terros psicológico, já que não mostra nada.

O trailer explica o filme melhor que eu. Divirtam-se.


segunda-feira, 30 de março de 2009

Gran(díssimo) Torino

É melhor não incomodar esse tipo de vizinho

Para as gerações mais novas (e eu me incluo aqui, de certa forma), falar em Clint Eastwood é lembrar de filmes western que ninguém hoje em dia vê ou, pensando nos dias atuais, filmes de ação com um tom "cabeça", diferentes de filmes de ação comuns feitos para arrecadar dinheiro - a maioria deles, com o ator atrás das câmeras.

Muita gente não viu, portanto, o veterano ator em filmes a la Clint Eastwood. E esse termo não tem explicação. Só assistindo para entender o que é ver Eastwood como ator em seus filmes de ação. Eu não peguei Clint no auge, mas já assisti alguns de seus clássicos, como Por uns Dólares a Mais ou Fuga de Alcatraz. Pois bem, voltei do cinema ontem e acabo de incluir Gran Torino entre eles.

Depois de um hiato de quatro anos, o veterano volta a atuar em frente às câmeras. E aí, no português, claro, o esquema é outro: o cara é foda! Clint dá um show de interpretação atuando do jeito que mais gosta. Durão mas fiel a sua idade, armado sempre que pode, com frases de impacto que soam perfeitas na voz rouca dele. Clint está armado e perigoso. O ator dá um show no papel de um velho ranzinza e norte-americano demais em meio a uma perigosa vizinhança de Michigan.

Em momentos como esse fica clara, claríssima, a diferença entre atores desse nível e charlatões menores, que se passam por atores de ação, mas são verdadeiros anjos pertos da interpretação de Clint. E o cara tem quase 80 anos!

Confesso que dois motivos me levaram a ver este filme no cinema: primeiramente, circula uma notícia de que este foi o último filme de Clint como ator. Então era bom correr antes que fosse tarde demais. O segundo, ligado diretamente ao primeiro: eu nunca havia visto um filme do ator na poltrona de uma sala de cinema. E algumas coisas a gente tem que fazer antes que nos arrependamos (outro exemplo? Ir a um show do Roberto Carlos, o que já fiz e registrei no blog no distante 2006). Achei que era interessante contar aos netos que já assisti Clint Eastwood no telão. Algo que meu avô fez, meu pai fez e eu também queria fazer.

Fica aqui, portanto, a dica: não perca Gran Torino. Clint Eastwood, aos 79 anos, digno de Oscar, mais durão do que nunca.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cinema no matadouro

O belíssimo prédio da Cinemateca: antes, era o matadouro municipal

Como já falei por aqui, o melhor de viver em São Paulo é sempre descobrir algo novo. Pode ser velho, pode ser clássico, pode já ter sido visto por meio mundo, mas você ainda não viu. Uma cidade de possibilidade infinitas - para o bem ou para o mal.

Ontem conheci a Cinemateca Brasileira, uma iniciativa muito legal e um local que jamais havia visitado. Trata-se de um local que cuida de preservar o patrimônio audiovisual brasileiro. E, claro, eles também exibem filmes e documentários, sempre a preços módicos - R$ 4,00 o ingresso.

A arquitetura chama a atenção: todo em tijolos, o prédio foi restaurado em 1992. quando a prefeitura cedeu o local. Detalhe: lá funcionava o matadouro municipal.

Serviço

Cinbemateca brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino

Tel.: 11 3512-6111
www.cinemateca.com.br

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Incrível (e repetitivo) Hulk

Edwart Norton como o novo Hulk: deja-vu?


Na indústria de Hollywood, não há melhor forma de mostrar que um projeto foi um fracasso do que este. Menos de cinco anos após a estréia de Hulk, a Marvel apresenta o filme The Incredible Hulk. Uma continuação? Não, na verdade. Um novo filme, que conta mais ou menos a mesma história. Porém, elenco totalmente reformulado, com Edwart Norton (acima) e Liv Tyler nos papéis principais. A imagem acima foi divulgada hoje.

Pessoalmente, não posso reclamar. Afinal, é bom rever Liv Tyler nas telonas.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

O Novo (e limpo) rato da Disney


Talvez seja efeito das férias, ou do momento vivido, ou ainda devido ao fato de ter sido minha primeira cabine de imprensa. O que importa é que Ratatouille, da Disney Pixar, é um grande filme. Roteiro impecável, do início ao fim. Originalidade e criatividade ao máximo. Quem já imaginou um rato (rato mesmo, do mais comum) que sonha ser um chef de cozinha em Paris? Pois é essa a teia principal que fia toda a trama.

Além dos previsíveis - mas não menos surpreendentes - avanços tecnológicos em um desenho que quase em nada lembra um desenho, fica a marca da Pixar sobre a Disney. Ao contrário do rato (tecnicamente, camundongo) original da marca, criado há mais de meio século, aqui não há tios e sobrinhos apenas. A história é muito bem tecida, envolvendo uma família de ratos e um aprendiz de cozinheiro. Destaque também para os cenários que envolvem a Torre Eiffel (claro que, aqui, a cidade ajuda em qualquer obra).

Particularmente, gostei muito do final (que não vou relevar aqui, logicamente) extremamente plausível e realista. Fosse talvez um filme do Mickey, o final teria sido entediantemente chato. Ratatouille nos dá o prazer da alta gastronomia, e mostra que, como diz um dos personagens do filme, anyone can cook (qualquer um pode cozinhar). E nós acreditamos nisso.

Talvez seja a deixa para eu, finalmente, começar meu curso de culinária - no entanto, acho que será melhor abrir mão de ratos falantes.