quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

One Broken Heart for Sale


Outro dia, conversa por email, uma colega distante me disse que não adianta procurar pelo amor. "O amor acontece no momento em que ele deve acontecer, sem influências e sem pressão". Óbvio, mas tão fácil de esquecer.

Hoje achei o texto do dia em que fiz uma operação. Nada sério. Nada grave. Mas muito mais que motivo para mimetizar no meu mundo, em forma de papel, o que pensei naquela longa bucólica noite. E aqui vai:

Que dói mais?
(17/10/2006, 23h56)

Quando nos deparamos com algo
É que vemos toda a razão
Quando perdemos o que queremos
É que nos lançamos à vazão

Quando pensamos no que seria,
No que de fato nunca foi,
O coração amortecido,
Clama por apenas um choro

O garrancho, ao lado,
Como se nunca tivesse se encerrado

Como separar o amor da paixão
E diferenciar passado do sonho
Inevitável comparação
De alguém que, não sabe, suponho
A relação entre "evitou" e "ilusão"?

Eu te proponho*
Viver nas sombras, por lá pensando
Se questionando o que dói mais
Se é a paixão avassaladora
Ou a incerteza duradoura
Ou ainda a solidão, constatação
Em plena manjedoura?

Que dói mais?

A mão ou o coração
Amor ou tumor
Amém ou separação
A morte ou a ilusão

Que medo louco o seu
Em que eu poderia até rir
Se você passasse uma vida inteira
Sem se preocupar em ir
E, repartir dor por dor*
Para, enfim,
Morrer de amor!

Um comentário:

Unknown disse...

Identifiquei-me tremendamente com esse texto e o modo como vc se expressa! Gostei de tudo que li aqui. Adoraria receber um email seu (crismrpereira@hotmail.com).
Bjuss