terça-feira, 27 de maio de 2008

Gustavo: Chama a Denise!

E aqui está o vídeo que muitos esperavam: Anão, o Thiago Zampa, sem voz, tentando impedir o Saci (Gustavo) de limpar o quarto. Algumas observações, no entanto, fazem-se necessárias:

- Quem diabos é a Denise clamada??
- Qual a razão do último "Gustavo" dito pelo Anão ter saído com sotaque italiano?
- A cara do protagonista no segundo final do vídeo é a melhor!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

No coração da Vila Madalena

Alguém sabe me dizer o que diabos significa falar que algo está no "coração"? Sim, talvez isso significasse algo no passado, em que retratava-se o ápice, o cume, o centro, o sistema nervoso, a raíz ou o núcleo de algo durante uma frase.

Só que a indústria publicitária (e principalmente no ramo imobiliário) resolveu usar a expressão a torto e a direito (ok, essa é velha, eu sei).

"A apenas cinco minutos do Rodoanel, no coração da Granja Viana"

"Ao lado do sacolão, no coração da Vila Sônia"

"Em Brasília, coração do nosso executivo, legislativo e judiciário"

Algumas expressões ou palavras tornam-se tão usadas por uma geração ou por um curto período que ganham um status de abomináveis. Globalização, segura o tchan, tá tudo dominado e sustentabilidade são algumas. "No coração" ainda é bonito. Faço aqui um apelo para que as pessoas usem menos, visando preservar a expressão.

Quem fizer isso, estará no meu... ah, vocês sabem.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Confissão marcada

Quero ver filmes sem chorar em todo final
Quero parar de imaginar sorrisos
Quero sentir o frio na barriga
Quero abraçar com entusiasmo imoral
Quero voltar a ter uma amiga
Quero amor sem final

Quero tanto me apaixonar

Quero dividir meus momentos
Quero parar de procurar
Quero saber de seus problemas
Quero esquecer os meus dilemas
Quero sorrir de tanto amar

Quero receber um olhar
Quero ter o melhor medo do mundo
Quero um destino vagabundo
Unido ao meu sonhar
Quero dividir e somar
Quero tudo, quero inteiro
Quero sonho, quero cheiro
Quero multiplicar

Quero a vida, quero família
Quero sonhos sem perdão
Quero a falta de inibição
Quero criar mais uma trilha
Quero ouvir o seu sorriso
Escutar o seu olhar
Quero um beijo demorado
Quero lento e sem aviso
Quero ser um namorado

Quero tanto me apaixonar
Quero ser uma criança
Sorrir e bajular
Quero jogo, quero dança
Quero um pouco de esperança
Quero mais que uma aposta
Quero apenas a lembrança
Quero apenas a resposta

De quem tanto quer amar

domingo, 11 de maio de 2008

Cruzando a Ponte Estaiada pela primeira vez

Gravação do momento em que passamos a nova ponte pela primeira vez, na madrugada de estréia, voltando da balada, na agradável companhia de Iza e Alê (aliás, este momento foi melhor que toda a balada).


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Placas Interessantes III

Outro dia vi um post muito interessante no blog Rancorizando (aliás, vale a visita) sobre placas engraçadas. Aproveito o gancho e adiciono uma que vi na Argentina, indo na mesma linha das placas citadas pelo Rancor.

No blog citado, havia legendas curiosas para as imagens. Alguém tem uma legenda interessante para esta placa? Eu até tenho, mas não quero influenciá-los...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O fim apropriado na cobertura do caso "da menina Isabella"


Ontem a Rede Globo encerrou (espero) com chave de “ouro” o irritante, exaustivo e repetitivo caso Isabella. Durante a transmissão da partida entre São Paulo e Atlético Nacional pela Copa Santander Libertadores, a emissora decidiu interromper completamente a transmissão do jogo para exibir imagens dos pais da menina sendo levados para a delegacia. Imagens de um camburão, no escuro, com centenas de desocupados na rua, em uma noite fria, bradando os previsíveis gritos de “assassino” e outros insultos.

Como uma deliciosa ironia, saiu um gol do São Paulo justamente durante a transmissão interrompida. Sendo assim, para quem não possui o canal pago SporTV, a única opção foi escutar o gol do São Paulo pelo rádio, já que nem isso sensibilizou a emissora carioca a, pelo menos, exibir a tela dividia em duas. Não, o caso “da menina Isabella” recebeu atenção total, com menosprezo aos telespectadores que deixaram de comprar ingressos para o Morumbi, buscando assistir à partida no conforto de seu lar (acredito que é natural para todos que não estou comparando a importância de uma partida de futebol com um assassinato, ok? A questão aqui é outra).

Torço para que o acontecimento de ontem - como mencionei na primeira linha - tenha sido ao menos o primeiro passo rumo ao fim dessa gananciosa e mesquinha denominada “cobertura jornalística”. Todas as emissoras usaram e abusaram de um caso trágico. O que era no início, sim, prestação de serviços, tornou-se um martírio diário nas TVs, revistas e jornais. Ao ponto da própria Globo, com seu famoso “padrão de qualidade” (sic), dedicar uma manhã inteira ao caso, sem intervalos comerciais, algo que ela nunca havia feito.

Para encerrar o assunto, creio que a atitude da Globo ontem foi apenas o complemento disso tudo. Afinal, um acontecimento que é levado ao extremo desde o início só poderia se encerrar de forma errônea e exacerbada mais uma vez: com desrespeito ao telespectador, com exagero, inutilidade e exploração barata.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Amando Buenos Aires e São Paulo

Quem é usuário regular ou antigo deste blog, sabe que eu já falei muito das minhas viagens regulares a Buenos Aires. A quinta vez (quarta em três anos), que se encerrou no último fim-de-semana, não foi diferente: cidade encantadora, hospitalidade, caminhadas, calçadas largas e algumas compras. A única mudança foi em relação ao frio, deliciosamente mais marcante que das outras vezes (mas ainda assim, muito agradável).

Em todas as vezes que estive lá, sempre aconteceu o mesmo processo, algo que eu chamo de “efeito revolta Buenos Aires” (não encontrei nome melhor). Revolta, sempre devido ao mesmo motivo: por que as coisas funcionam por lá, um país também em desenvolvimento e com problemas até mais sérios do que o Brasil? Quando me refiro a “coisas”, falo mais da cultura das pessoas, em especial.

Andar em Buenos Aires é saborear um pouco da história da Argentina. Monumentos enormes ou pequenos, estão sempre lá para registrar e eternizar os nomes e momentos que mais marcaram as conquistas portenhas. Mesmo os mais distraídos ou desinteressados trombam com praças como “Homenagem À Comunidade Croata” ou coisas do tipo. Avenidas largas, planejadas, ruas que não precisam mudar de nome a cada quatro quadras em tributo às pessoas (vide a Av. Cidade Jardim, que é Tajurás, São Valério, Augusta, Colômbia, etc). Lá, as pessoas recebem estátuas e praças. Aqui, recebem nomes de rua.

“Se fosse em São Paulo, essa praça estaria cheia de mendigos”. “Se fosse no centro de São Paulo, já teríamos sido assaltados”. “Em São Paulo teriam pichado tudo isso”. Essas eram frases comuns durante toda a viagem entre meus amigos e eu. Naturais, saíam até em tom jocoso. A comparação, infelizmente, era lamentável e quase sempre vitoriosa pra eles, denegrindo ou diminuindo nossa própria cidade. São Paulo cresceu e se tornou a maior cidade do país de forma desordenada e caótica. Hoje, imagino que 90% do que é gasto por aqui é emergencial, urgente e, na melhor das hipóteses, necessário há muitos anos.

Mas, como nem tudo é eterno, regressei. E, no caminho pra casa, esse "efeito revolta" começa aos poucos a se dissipar em nosso ar poluído. Já era madrugada e, sem trânsito e no escuro, a cidade aparecia diante dos meus olhos muito mais bela do que realmente é. Foi possível vislumbrar a beleza dos jardins com paisagismos próximos às marginais, dos enormes viadutos e passarelas que preenchem quarteirões paulistanos, do asfalto renovado e prédios colossais em construção. Os olhos miram e a mente se encanta com o que é nosso. Também temos a nossa beleza, é verdade.

Mas as horas passaram, o dia clareou e trouxe com ele as pichações, o trânsito e a desorganização tão nossa. De volta a São Paulo, hoje já estou imerso no frenético dia-a-dia da nossa capital como se daqui nunca tivesse saído. A viagem parece uma lembrança distante e o que preenche meus pensamentos são afazeres do trabalho e músicas que ouvi no caminho. Inebriado no genioso ar paulistano, começo a fazer as contas para a próxima visita a Buenos Aires

A paixão não necessita explicações.