(Mais) Rabiscos de um
caderno da faculdade
caderno da faculdade
Lembra daquele post? Pois é. Peguei mais do mesmo caderno. As mini-poesias abaixo são diversas. Básicas, complexas, com rimas óbvias e não. Mas todas têm um tema macabro em comum (acho que não estava num dia bom). São de 1999.
Curtam.
Curtas e (não tão) boas
Como em uma brisa, a vida passa
Como em uma folha que voa alto
Como em um relógio que nunca para
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja
#
Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento
#
Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte,
Mais sorte.
A amargura, feiúra,
O divino, a cura.
Milagre, eterno.
É terno.
Eterna idade,
A felicidade...edaduas
#
Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca para,
O televisor que sempre se assiste.
Como uma flecha que sempre voa,
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza em profundezas,
As dúvidas e certezas,
As dúvidas são várias,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma:
Ela sempre vem.
#
Ataca a todos,
Como nunca se viu,
E ainda hoje,
Sinto frio,
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"
Um comentário:
adorei!
o final, pelo menos para mim, que sou bobo e ingênuo (se isso não forem sinônimos) foi totalmente inesperado!
esperado somente a qualidade dos versos da sua caneta mesmo...
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