sábado, 20 de junho de 2009

(Mais) Rabiscos de um
caderno da faculdade


Lembra daquele post? Pois é. Peguei mais do mesmo caderno. As mini-poesias abaixo são diversas. Básicas, complexas, com rimas óbvias e não. Mas todas têm um tema macabro em comum (acho que não estava num dia bom). São de 1999.

Curtam.


Curtas e (não tão) boas

Como em uma brisa, a vida passa
Como em uma folha que voa alto
Como em um relógio que nunca para
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja

#

Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento

#

Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte,
Mais sorte.
A amargura, feiúra,
O divino, a cura.
Milagre, eterno.
É terno.
Eterna idade,
A felicidade...edaduas

#

Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca para,
O televisor que sempre se assiste.
Como uma flecha que sempre voa,
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza em profundezas,
As dúvidas e certezas,
As dúvidas são várias,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma:
Ela sempre vem.

#

Ataca a todos,
Como nunca se viu,
E ainda hoje,
Sinto frio,
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"

Um comentário:

Vitor disse...

adorei!

o final, pelo menos para mim, que sou bobo e ingênuo (se isso não forem sinônimos) foi totalmente inesperado!

esperado somente a qualidade dos versos da sua caneta mesmo...