Começo agora uma sequência de textos e fotos sobre minha experiência de 10 dias na Venezuela.
A primeira questão que entra em cena aqui é o destino de uma forma geral. Muitas pessoas me perguntaram o que tinha de bom para fazer na Venezuela, e por que eu escolhi justamente aquele local. Para essas pessoas, eu digo: não sei muito bem. É a brochante verdade: escolhi a Venezuela pelo pacote incluir três destinos em um, e pelo preço relativamente bom. Além do mais, eu tinha milhas para ir até lá sem pagar nada. Gostaria de dizer que havia um quê político e cultural na escolha, mas não. Até havia, mas bem pouco. Eu queria era descansar mesmo.
Minha viagem foi dividida em três trechos, sendo o primeira deles, Los Roques (veja o quão insignificante é Los Roques
neste mapa). Logicamente, não há um vôo direto SP - Los Roques, ou seja, você deve chegar a Caracas primeiro (fomos usando milhagens da TAM. Com 20 mil voc~e chega lá).
Los Roques, em poucas palavras, é um paraíso na Terra. Um paraíso com um calor dos infernos. As fotos mostram o lado paraíso melhor que os textos. Já o calor, eu não desejo pra ninguém que não esteja em uma piscina ou em uma bela praia.
Los Roques é um parque ecológico. Um arquipélago isolado no meio do mar do Caribe. Sem barulho, sem festas, sem bagunça, baladas, noites caribenhas ou muita gente. Apenas o estonteante mar, com diversos tons de azul e verde, a límpida e brilhante areia, e o sol - muito sol.
Apenas a ilha central de Los Roques é habitada. Lá, além das pousadas e casebres, há uma pista - no caso, o aeroporto.
Ao chegar em Los Roques, você provavelmente irá se decepcionar. A água próxima à pista exala um cheiro não muito agradável, e você começa a se pensar se valeu a pena ir até tão longe. Você não vê uma praia incrível logo de cara, e a coisa piora quando você decide dar uma volta pela ilha. As praias são todas usadas para ancorar lanchas, e neste momento você se pergunta "mas onde está a praia?"
Não estão ali. A ilha principal de Los Roques - e a maior - serve apenas para morar. Diversas casas, no estilo cabanas. Moradores locais misturam-se com turistas - muitos da Europa - o tempo todo. A região é segura. Não há eletricidade por cabos. Toda a luz da ilha vem por meio de gerador a díesel. De forma que é bastante comum o local ficar sem luz constantemente.
No chuveiro, não existe a torneira para água quente. Apenas fria. Um problema? Não, uma dádiva. Com pouca fonte de eletricidade, quase não existem casas com ar condicionado. E o calor é forte - mas bota forte nisso. No meu quarto, um ventilador de teto não era suficiente para acalmar os ânimos. Ou seja, entrar no chuveiro frio era a melhor maneira de ter um alívio rápido e fácil.
Ficamos na pousada
Macondo, um aconchegante local com cerca de 4 cômodos. Administrado por um casal de italianos que chegaram à ilha há 5 anos, a hospitalidade é tamanha que você se sente rapidamente um parente distante dos dois. Café da manhã, almoço e jantar inclusos - e uma comida muito boa (acho que a esposa deve ter sido chef na Itália).
No pacote que compramos para Los Roques, havia "passeios". E são eles que valem o local fazer a pena. Na manhã do dia seguinte, nos levaram ao cais, cercados por pelicanos, lanchas e turistas. Uma das lanchas te espera. Embarquei nela, onde passeamos pelo meio do oceano até nos deixarem em uma ilhota, daquelas de tirinhas de jornal, bem pequena mesmo. Linda. Muito linda. Água transparente, peixes aos seus pés. Sol. Muito sol. O piloto desembarca, monta um guarda-sol, cadeiras e um enorme dispositivo térmico. Isso umas 10h. Vão embora, prometendo te buscar umas 17h.
Aí, o trabalho é acostumar-se com uma visão encantadora da ilha e do mar. De novo, os convido a ver as fotos no fim do post. Certamente as praias mais bonitas que já vi. Na embalagem térmica? Cervejas, almoço, lanches e água. O suficiente para você curtir o dia. Claro, com muito protetor solar.
No segundo dia, o passeio foi ainda melhor, pois fizemos mergulho. Infelizmente, minha câmera não podia ser usada embaixo d'água, então fica apenas na memória o verdadeiro show que vi no oceano. No momento em que caí na água, já usando a máscara, me surpreendi com toda a vida que estava abaixo de meus pés. Me senti em um documentário aquático. Foi sem dúvida a experiência mais rica de toda a viagem e altamente recomendável.
Detalhe: soubemos depois que o passeio para as ilhas mais longes não estão inclusos. Ou seja, tivemos de pagar para ir até a ilha dos mergulhos. Além de pagar o aluguel do equipamento de mergulho. Ainda assim, abra o bolso: vale a pena e nosso dinheiro vale mais (
falaremos do dinheiro venezuelano mais pra frente).
A essa altura, vocês se perguntam duas coisas: a) estava tão quente assim? e b) com quem você foi? Pois digo que estava quente sim. Usamos protetor direto, reaplicando o tempo todo, e ao fim do segundo dia estávamos vermelhos como todo turista norte-americano bobo. Tivemos de cancelar o passeio do terceiro dia para não arruinar as férias.
E, sobre a segunda questão, estive em Los Roques com um velho amigo de viagens - o mesmo que foi comigo para Cuba e me conhece desde criança. Apesar disso, Los Roques é bem mais recomendado para casais. Ou até para uma Lua de Mel. O cenário é incrível. Em todas as ilhotas, há uma pequena loja, onde pode-se comprar bebidas a mais - não são caras - ou um petisquinho. No mais, é curtir o sol e a água transparente cercada de peixes.
Em breve volto para falar de Isla Margarita, onde o esquema mudaria - baladas, festa, resort all inclusive e comida farta, tudo isso somado aos velhos companheiros, o sol, a praia, o mar.
Abaixo incluí uma seleção das melhores fotos. Como sabem, cliquem para ampliar. Quer ver as outras? Clique
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