quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Para quem ainda não conhece, a última moda da Europa (veio da Alemanha, daí o nome da bebida no título: cerveja com morango em taça de Champagne. Imperdível.
O título vem do original wie spät is es?, que significa algo como "que horas são?" no idioma de Schumacher (o goleiro ou o piloto).
Dica: deixe o morango para o fim. Ele adquire os sabores do lúpulo e da cevada, ganhando corpo e alma incomuns.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Talvez seja irônico ou até impróprio admitir isso aqui, mas sempre tive imensas dificuldades para ler livros.
Sem mais, hoje tentei continuar lendo um, entre os vários que começo e nunca termino. Me chamou a atenção um trecho da obra (que reproduzo abaixo), chamada "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres", de Clarice Lispector, que é lembrada nos últimos tempos pelos 30 anos de sua morte. Confira:
(...) - Lóri, disse Ulisses, e de repente pareceu grave embora falasse tranquilo, Lóri: uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora da minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso. (...)
sábado, 1 de dezembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Sem mais palavras, deixo algumas (poucas) fotos para vocês curtirem. Muito obrigado!
Epílogo: Estavam todos ali, sorrindo. Foi uma noite maravilhosa. Como disse uma amiga minha, muito mais madura em relação aos primeiros livros. Reflexo dos autores? Talvez. O fato é que fiquei, e ainda estou, muito feliz.
domingo, 11 de novembro de 2007
Aguardo vocês lá!
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Mais uma atualização portenha. Desta vez, a partida entre Racing e Boca, justamente no dia em que comemoravam 40 anos do primeiro (e único) título mundial do Racing, la acade, como a torcida grita (a academia). Evento único, valeu muito a pena.
Infelizmente, não devo ter dado muita sorte para a torcida do Racing, já que seu clube perdeu por 3 a 0 (mas eles não pararam de cantar até o último minuto).
Gostaria de produzir um texto mais detalhado sobre o que vi lá, mas do jeito que a agenda anda, só o conseguirei fazê-lo ano que vem. Então, segue o vídeo para vocês apreciarem um pouco do que foi el partido. Lo siento pela falta do texto.
Em breve, mais notícias da terra de Gardel, Fangio e Palermo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Portanto, falar de Buenos Aires não é novidade nem mesmo neste blog (dê um "Buenos Aires" na pesquisa do blog). Mas, estive lá por uma semana, e não posso deixar de registrar alguns dos melhores momentos. Afinal, carne de vaca ou não (desculpe o trocadilho), ainda é outro país, com culturas e costumes interessantes.
Começo pela Cidade Limpa. A primeira vez que estive em Buenos Aires após a Segunda Grande Mudança foi em 2006, no feriado de setembro. Me encantó a beleza. Espaços para anúncios, monumentos bem conservados, ruas sem buracos e um visual encantador.
Pouco mais de um ano após a visita, volto com outros olhos. Nesse interim, a cidade em que vivo, São Paulo, passou por uma transformação. Não estou aqui fazendo apologias políticas, já que esse é um assunto em que não costumo me meter muito. Mas o que sempre me interessou foi a feiura visual de São Paulo, e como combatê-la. Afinal, quem me conhece sabe o quanto eu reclamo dos emaranhados de postes e fios que enfeiam a cidade, por exemplo. Viver em uma cidade bonita nos deixa de bom humor.
Cheguei a Buenos Aires e encontrei uma cidade manchada com dezenas de anúncios, espalhados de qualquer maneira pelas avenidas principais. As estátuas, que tanto marcam a cidade, estavam em sua maioria pichadas com protestos alusivos às eleições presidenciais que aconteceram recentemente por lá. Panfletos, também sobre as eleições, aglutinavam-se nos muros e paredes de prédios.
Os postes, claro, continuam não existindo, ao contrário de São Paulo. Mas, pela primeira vez, volto para minha cidade com um certo orgulho dela. Note bem, um certo. Afinal, ainda podemos melhorar em infinitos aspectos. Mas, pelo menos na poluição visual, tiramos um pouco do atraso de anos-luz em relação ao aceitável.
Em breve, volto com outras - e interessantes - facetas de BsAs.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
O livro chegou hoje. Está bem, saudável e completo. Agora é mais do que oficial, então acho que posso falar sobre ele aqui.
"Os Adoráveis Trapalhões" – Luís Joly e Paulo Franco
Matrix Editora
160 páginas
R$ 28,00
Descrição:
Ô psit, esta obra não é dirigida somente aos fãs do grupo, àqueles que tiveram a oportunidade de assistir ao quarteto em seu auge. Qualquer aficionado do bom humor ou interessado na história da nossa tv deve passar por estas páginas. Os trapalhões significaram quatro décadas na televisão e no cinema, encontrando crianças e adultos, que riram com seu humor genuinamente simples, bem-feito e com a cara do Brasil.
A data de lançamento será 27 de novembro. Quando tiver o convite eletrônico, o postarei aqui.
Sentimento:
Já ouvi uma mãe dizer que a sensação dos filhos que vêm depois nunca é igual a do primeiro. Pois a capa ficou linda. O pessoal aqui da empresa incentivou, deu parabéns, leu, gostou. Meu nome está lá. Mas, de alguma forma, não é igual ao inigualável Chaves: Foi Sem Querer Querendo?, aquele projeto da época em que ainda sonhávamos, como algo distante e absolutamente impensável, em um dia aparecer na lista da Veja ou de outras publicações.
Me lembro muito bem do momento em que o CH1 chegou lá na Jeffrey. A emoção foi tanta que eu não quis olhar para a capa do livro; queria deixar para vê-la junto com o Fernando. A empresa, carinhosamente, parou, todos tocaram, folhearam e analisaram superficialmente a obra. Ainda consegui tirar uma foto de todos segurando o livro – foto que, por muito tempo, ficou no meu álbum do Orkut e que incluo ao lado, uma de minhas favoritas.
Quando finalmente vi o livro pela primeira vez, no estacionamento do Shopping Raposo, as lágrimas, teimosas, caíram. A sensação de ver nosso livro, que 3 anos antes nascia no meio das aulas da faculdade, era indescritível. Literalmente, um sonho realizado. E, como disse o orientador Marcelo Rollemberg no prefácio da obra, às vezes, sim, é possível misturar nossa paixão em um trabalho e, ainda assim, obter um resultado imparcial e justo.
Os Adoráveis Trapalhões marca, de fato, o início de minha vida adulta. Não foi resultado de um sonho. Não teve paixão, não teve o lado lúdico, não teve o entusiasmo que só se tem quando é algo que saiu do zero, do nada. Este livro foi, sim, resultado de muito trabalho. Entrevistas. De suor, de estudo, de pesquisas longas e lutas contra a preguiça. É a prova de que um projeto pode começar apenas em uma conversa, e ganhar forma, conteúdo, papéis, letras e polêmicas.
O prefácio, desta vez, não foi do nosso orientador. Foi do Tom Cavalcante. Celebridades – dizem – já confirmaram presença pro lançamento do livro. Não sei ainda qual será o retorno do público e crítica. Até agora, ninguém leu, além do Paulinho, do dono da editora e de mim. Torço para que gostem. Ficou meio "magrinho", mas tem –curiosamente- o mesmo número de páginas do nosso primeiro livro. Coincidência? Ou foi sem querer querendo? Ô da poltrona, só lendo mesmo.
Nos vemos no dia.
domingo, 21 de outubro de 2007
A visão de um fã sobre as loucuras em um dia de Grande Prêmio
Até o começo da prova, tudo que ouvíamos era a batida tecno – aquele infernal som eletrônico que, para alguns, também é conhecido como música. Para passar o tempo, um locutor dava o tom da festa. Em meio a cervejas, outras bebidas e muita comida, brindes como rádios FM e porta-CDs faziam a festa da multidão. Qual a largura máxima de um carro de Fórmula 1? Em que ano Jarno Trulli estreou na categoria? Quais os modelos de pneu usados pela equipe Toyota? Responda ao quiz e leve seu prêmio.
O melhor quando se está nas arquibancadas de um Grande Prêmio de Fórmula 1 é a atmosfera. Claro, não me refiro ao calor franciscano do domingo, até porque estávamos confortavelmente na sombra, mas ao clima que é criado ali. Pessoas de vários países, gaitas de fole, tango, bandeiras, tatuagens e muitas mulheres – vê-se de tudo no literal circo que atravessou 16 países ao longo do ano e terminou na terra do samba.
Samba-lounge, aliás. Foi este o gênero de tecno escolhido pelo DJ, que nos brindou com horas com o estilo musical. Estilo que, inclusive, nos impediu de escutar a execução do Hino Nacional, por Margareth Menezes, em plena reta dos boxes.
Como se tratava de uma área VIP, não houve necessidade de muitas das ferramentas que eu costumava fazer uso em eventos como esses nos anos anteriores – salgadinhos, pilhas, binóculos, água, capas de chuva e outras bugigangas.
No momento pré-corrida, a tensão para que tudo se inicie por parte do grande público é notória. Enquanto o já citado locutor realiza ensaios para agradecimento ao presidente da patrocinadora do local, vendedores e outros funcionários convidados subiam os degraus com copos de cervejas estrategicamente disponibilizados nas mãos. Quanto mais, melhor. As bebidas vão fazendo efeito conforme as promotoras vão se tornando mais importantes do que a corrida em si. Várias delas eram solicitadas para sairem em fotos com os torcedores. Um luxo.
O desfile dos pilotos, que acontece sempre minutos antes da corrida, foi um show à parte. Os atletas, em um caminhão circulando pelo quente e elogiado asfalto de Interlagos, acenavam a esmo para a platéia que esperava pelos gladiadores. Apesar da clara instrução de não se apoiarem na grade frontal, foi para lá que a imensa maioria foi, tentando assim chegar alguns metros mais próximos das estrelas da festa. Munidos de câmeras e celulares, tentavam de alguma maneira driblar as linhas dos alambrados que os separavam da arena. Em vão, o locutor lutava para promover os pilotos da patrocinadora – como se todos ali não estivessem mesmo querendo ver os três que disputavam o título – além de Massa, claro.
O samba-lounge deu lugar a outros sons. Os acordes de verdade começaram quando os bólidos coloridos saíram às pistas para a formação do grid. Confesso que, nos primeiros anos que freqüentava a corrida, recusava o uso dos protetores auriculares, frente ao romantismo de se ouvir o roncar de máquinas tão cobiçadas de forma, digamos, até virgem. Porém, o tempo passou, minha audição também, e antes que ela não voltasse mais, fiz, humildemente, uso do acessório.
Se de um lado o clima é contagiante, o que mais nos deixa indignado são os comentários ignorantes (ainda que compreensíveis), de pessoas que notadamente estão ali como curiosos convidados e, mesmo assim, fazem-se de especialistas. Afinal, em terra de Ayrton Senna é muito fácil falar mal de Rubens Barrichello sem razão. Quando uma Williams passou reduzindo marchas, o colega ao lado sentenciou: "Esse aí já estourou o motor". De nacionalidades erradas, flertes até palpites mil, tudo se escuta em uma corrida de automóveis.
Quando a corrida teve início, lembrei do pecado mortal que havia cometido: não trouxe radinho. Não sobrou outra opção ao não ser recorrer ao sistema de som da casa. O locutor, prontamente, anunciava as oito primeiras posições, sem muito entusiasmo. Restava ao repórter-torcedor aqui fazer as contas de cabeça para saber quem levava o caneco.
Eis que Hamilton sai da pista. Eis que Hamilton pára. Não,ele não parou, ele diminuiu. Quebrou? Não, voltou. Mas está em último. Que diabos, o que aconteceu com ele? A falta de uma rádio que trouxesse as informações decentemente no alto-falante foi sentida. Assim como o meu velho rádio FM, que àquela altura continuava confortavelmente armazenado no fundo de uma gaveta em meu quarto, local por onde esteve pelos últimos 11 meses.
O comportamento do público chega ao ápice na largada. Na posição em que estávamos (subida dos boxes), não enxergávamos um palmo da reta de largada e do S do Senna. Recorremos ao telão, que nos ajudava. Todos de pé, como em um tribunal, sonhando com uma vitória de Felipe Massa. Quando ele passou na liderança na primeira volta, foi um gol, tamanha a comemoração. Quando passou na segunda volta, alguns ainda gritaram. Na terceira, os maiores gritos eram de "senta!", para os desavisados (como eu) que permaneciam em pé.
Conforme a corrida avança, vai tornando-se mais visível a gradativa falta de interesse que vai pegando os menos ligados ao esporte. Sem informações sobre como estava a prova, e apenas vendo os carros passarem, para muitos valeu mais a pena ficar no andar de baixo, junto com os comes e bebes, do que juntar-se aos demais que ainda assistiam. As mulheres ensaiavam bocejos, os homens procuravam mensagens no celular. Uma criança ao meu lado não resistiu, e tirou os sapatos. "Que horas é jogo do São Paulo mesmo?", indagou ao ar o senhor atrás de mim. Ora, afinal, o que fazíamos ali mesmo?
No momento em que Kimi ganhou a posição de Felipe nos boxes, a maioria (ao meu redor, pelo menos) já não sabia muito bem o que estava acontecendo. Mas souberam o suficiente para se irritarem com o brasileiro. E lá vem comparação com Barrichello. Algo, de forma invertida, com o que houve com o próprio Rubinho, que sempre era nivelado com o antecessor Ayrton Senna.
Quando o locutor anunciou que estava na última volta, foi o sinal para a maioria decretar, por conta própria, o fim da corrida. Como as torcidas que saem do estádio no meio do jogo em dia de goleada do rival, lá iam todos descendo as escadas provisoriamente montadas para o evento, cobertas com tapetes vermelhos.
Ainda era possível ouvir os carros passando em velocidade mais lenta na volta de comemoração – Kimi Räikkonen era o campeão, mas muitos com certeza sequer sabiam disso. Para eles, o importante era voltar a ouvir o tecno samba lounge, que retornou em alto e bom som logo após o término da prova, e combinava muito bem com a cerveja gelada.
Para fãs como eu e muitos outros ali, restou lembrar que a ficha já começara a cair - música para nossos alienados ouvidos novamente, só em 16 de março de 2008, de Melbourne, pela TV.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Desde o fim-de-semana passado me chamou a atenção (com um certo atraso, diga-se) um nobre projeto da cerveja Bohêmia, que acontece pelo segundo ano. Trata-se do BOteco Bohêmia, um roteiro de bares espalhados pelos quatro cantos de Sâo Paulo que disputam o prêmio de "melhor petisco da cidade" (claro, melhor entre os cerca de 30 bares que estão inscritos no concurso). Funciona de maneira simples: Basta pedir o prato concorrente, e votar em uma cédula, que (espero) os garçons levam à urna.
Comecei o circuito com atraso, no bar Galinheiro Grill, na Vila Madalena. O prato lá foi uma linguiça de frango, recheada de tomate seco e ricota (isto mesmo, ricota). Veio com um pão, servida numa chapa. Mas a linguiça é fininha, e meio sem gosto. Nota 4.
Neste fim-de-semana, foi a vez do Botequim, na Pompéia. Prato: rolezinho doido. Uns mini-bifes à rolê, enroladinhos no palito (claro), com pimentão, mussarela de bufala e orégano. Bonzinho. Nota 6 (digo...). O melhor petisco do bar, no entanto, ficou por conta do prato que, segundo Theo Filipe, ficou em segundo lugar no concurso ano passado: linguiça portuguesa fatiada com cebola, pimentão e outras coisas que não me lembro.
Por último, ainda houve tempo no feriado para curtir o Bar do Arnesto, que teve o melhor petisco até o momento. A Canoa do Arnesto, carne desfiada com azeite, hortelã, alho e pimenta no pão. Teria sido melhor se o pão não estivesse um pouco velho.
Galinhada Mas o melhor - ou pior - do feriado foi mesmo o almoço de domingo. Troquei a macarronada com linguiça temperada aqui de casa por um restaurante no meio de vilas paupérrimas, atrás do Estádio do Canindé. A bordo de um C4 Pallas (avaliado em cerca de R$ 80 mil), fomos os quatro (amigos do Porto e eu) rumo ao local. O GPS que usamos não falhou. Assim que chegamos ao local, a voz com pouco sotaque carioca pronunciou: "você chegou ao local de destino". A imagem era, no começo, impressionante.
O restaurante Galinhada do Bahia foi recomendado pelo amigo jornalista que dirigia o C4 (que, vale informar, era apenas o veículo sendo testado). Ele achou o nome na revista Veja, pensando ser algo bom. E não estava errado. Horas depois, conferimos que realmente o Galinhada é um dos restaurantes mais badalados de São Paulo. Ok, ok, talvez ele não seja exatamente "badalado". Mas a hospitalidade supera tudo - e melhor, se você quiser, é possível levar carneiros, abatidos vivos no momento da compra.
Comida nordestina nunca foi a minha favorita. Mas o Bahia atrai a clientela justamente por não exagerar na pimenta, algo característico da região. Você não leu errado. Artigo masculino, o Bahia é como é conhecido o dono do espaço. Reza a lenda que Bahia começou a cozinhar para amigos - ele mora no mesmo terreno. Enquanto uns comiam, o forró rolava solto com a outra turma. Com o tempo, o local tornou-se ponto de encontro de conterrâneos da Bahia pra cima. A popularidade aumentou, e o forró passou para um galpão ao lado. Mas o sucesso também permitiu que o simpático Bahia pudesse viver apenas de seu restaurante. O segredo, impresso nas dezenas de recomendações de revistas que enfei(t)am o local, ele repete para mim: "basta cozinhar com amor".
No fim, o amor nos concedeu duas rapaduras como cortesia (que algum amigo meu acabou pegando) e uma simpática foto com o ilustre Bahia que você vê ao lado. Claro, ela não fará parte da decoração do restaurante, que exibe famosos (ou quase) por todos os cantos.
Talvez não seja o melhor lugar para levar a namorada no primeiro encontro. Nem no segundo. Mas, quem sabe uns 6 meses depois, seja uma boa.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
- Nos anos 1950, as pessoas se divertiam indo a bailes como o "Encanto Submarino" (De Volta para o Futuro)
- Nos anos 1960, a moda era deixar o cabelo crescer, juntar a galera para protestar contra a ditadura e escutar os reis do iê-iê-iê
- Nos anos 1970, as pessoas tiravam rachas, capotavam fuscas e achavam Roberto Carlos um pouco brega, mas ouviam
- Nos anos 1980, o barato era reunir a moçada para jogar War enquanto o K7 tocava Bad, do Michael Jackson, e Indiana Jones era o máximo
- Nos anos 1990, todo mundo foi ao caipiródromo, curtiu o tetra da Seleção e saiu de cara pintada às ruas enquanto Legião ainda era cool e Nintendo era tudo
- Anos 2000: em uma "festa", cada um no seu celular, bluetooth ligado, troca arquivos com trechos de músicas das décadas anteriores. Ao fundo, CPM 22 dá a facada final.
sábado, 6 de outubro de 2007
Cá estou, no aeroporto de Congonhas, São Paulo. Vôo, atrasado como sempre. Ao som de "Right To Be Wrong", de Joss Stone, apinhado de seres ao meu redor, informo aos passageiros que não tenho do quê me queixar - exceto, claro, do atraso e do anterior cancelamento do Coopertax que não chegou a tempo.
Aproveito a canção, que vai chegando ao fim, para metaforizá-la. Afinal, eu tenho o direito de estar errado, e meus erros me tornarão mais forte. Devido a reposicionamento de sentimentos, meu embarque ainda não aconteceu.
Ontem, me falaram da importância das metáforas. E acho que vou começar a usá-las mais. Sabe, a música da Joss Stone já acabou há algum tempo, mas os sensos ainda não mudaram.
A escolha de assento é livre. Ninguém sabe ao certo o que se tornará. Mas a certeza é que o vôo sempre chega depois. Pegamos filas, mesmo sem saber para onde são, nem se queremos o que vão nos dar. Só aceitamos, sem tosse.
Nos encontramos em solo. Temos certeza, porém, que nosso cartão de embarque errante garante a volta? Sempre atentos ao sistema de som, será que queremos ouvir o que a voz estridente tem a nos dizer?
Pela atenção, obrigado.
Pelas dúvidas, vai pro inferno.
Pêlos, por que tê-los?
Medos, por que temos?
Saúde não se diz quando alguém espirra. Mas alguns dizem. E mesmo aqueles com crianças de colo não terão prioridade.
A escolha é livre, e vale a lei da selva. Atenção para a chamada: sejam felizes. ¿Quien habla?
Com sua atenção, com meu tesão, com toda a tensão, o chefe da taba maior comandou. Mas convenceu? Jingles surgem para sua persuasão, pringles para alimentação. Abraços, nem só para compaixão. E o que se tornaria algumas linhas vira uma vida, e uma via.
E sim, eu também escrevo torto por linhas certas. O sujeito aqui, por exemplo, não se aguentou. A paciência dá o tom. Tom em mi, como Missão Impossível no ar.
Impossível mesmo parece ser o embarque.
Possível é amar.
Só falta a quem.
domingo, 30 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
domingo, 23 de setembro de 2007
- Recentemente, pessoas muito importantes pra mim anunciaram que vão casar. E uma outra pessoa, igualmente próxima, me confessou que está grávida. Feliz por eles, claro...Mas surpreso ao ver como é tudo tão dinâmico. Grávida? Casar. Pôxa.
- Sensação de que ganhamos, mesmo quando perdemos. Ou seja, na verdade, não perdemos coisa nenhuma. Relacionamentos humanos, a parte mais difícil
- Olha que frase mais bonita: "não começa a viajar, que esse é um ótimo habitat para frustrações". Profundo, não?
- Como eu gosto de dançar! Como eu gosto de música, de rock'n roll, de solos de guitarra, de viradas de bateria, de baixo, enfim... Há tempos não me divertia tanto.
domingo, 16 de setembro de 2007
Após uma longa (mas não tenebrosa) ausência, de volta ao blog.
Missão comprida, cumprida.
Acima, a versão muito interessante de Elvis para "Happy Day", o clássico das propagandas de margarina. Gravada durante ensaio em 1970.
domingo, 22 de julho de 2007
Sagrada, sagrada chuva. Chuva que nos dá a água, fundamental para vida no planeta. Menos altruísta, a chuva mencionada nesta coluna deu, sem falsos exageros, uma das melhores corridas de Fórmula 1 dos últimos tempos. Chuva que conseguiu transformar um Grande Prêmio da Europa, na verdade, em mais que grande; enorme, gigante. Um enorme prêmio para todos os fãs de automobilismo.
Corridas com pista molhada são sempre um colírio para os olhos de todo fã de Fórmula 1. Afinal, o melhor nesses casos é sempre a imprevisibilidade da coisa. Na chuva, tudo muda, os melhores podem ser apenas bons, e os (aparentemente) medíocres aparecem como abelhas no mel.
Se, para o piloto é um Deus-nos-acuda, para os simples mortais que vêem a prova, é normalmente a melhor corrida da temporada.
Aguaceiro no início da prova, carros batendo no trator, rodadas e saídas de pista. Há quem diga que o circuito editado de Nürburgring, versão modesta da lendária pista de 22km, esteja ultrapassada. Porém, é normalmente lá onde acontecem as melhores corridas do ano. Também é onde os grandes pilotos se destacam.
Fernando Alonso e Felipe Massa protagonizaram a melhor disputa de posição do ano. E Alonso saiu rugindo para todos que Felipe exagerou. Talvez seja o próprio espanhol o exagerado, que até agora, só não criou problemas com Raikkonen entre os 4 maiores do ano. Mas, do jeito que a coisa anda, basta o finlandês atravessar seu caminho para ele soltar os cachorros à imprensa mais uma vez.
A chuva que tirou a vitória de Felipe Massa, a poucas voltas do fim, foi preço barato que nós, brasileiros, pagamos para ver um final de corrida ainda mais emocionante. Massa teve postura de campeão do início ao fim do evento. E isso inclui a forma como tentou, agressivamente, segurar Fernando Alonso nas voltas finais. E também o bate-boca após a corrida, em que vimos claramente Fernando Alonso comemorando, de forma até um pouco falsa, a vitória.
Massa, como bom brasileiro, situou-se no limite da diplomacia – mas, se fosse preciso, para o diabo com ela.
Chuva que ainda deu a oportunidade dos coadjuvantes fazerem boas provas. Deu ao novato Markus Winkelhock, da nanica Spyker, chance de conduzir o pelotão na liderança em sua primeira corrida. Deu à esforçada Red Bull Racing um lugar ao pódio com Mark Webber. Deu a Lewis Hamilton – OK, ele não deveria ser um coadjuvante, mas foi – uma corrida, finalmente, fora do padrão inglês que ele segue.
Após o terrível acidente no treino de sábado, Hamilton ainda voltou para correr no dia seguinte. Deu show em toda a corrida e, no fim, sequer chegou à zona de pontuação, terminando apenas uma posição a frente de seu lugar original no grid. Resultado injusto para quem teve tantos percalços no fim-de-semana, mas excelente para dar ao campeonato novos ares de disputa acirrada.
No pódio, enquanto cumprimentava friamente Fernando Alonso, Michael Schumacher provavelmente devia pensar como ele teria se saído nesta corrida. Acho que todos nós imaginamos como.
Mas, será que isso importa agora?
RETA OPOSTA
Calota na pista
Por pouco a calota solta de uma Renault não faz (mais) estrago na corrida. Massa passou raspando por ela, e a organização demorou muito para retirar o objeto do traçado.
Corridas memoráveis em situação similar
A etapa de hoje nos fez lembrar de outros momentos na história recente da Fórmula 1: Interlagos, 1993, quando uma tromba d’água tirou Alain Prost da prova. Brasil novamente, em 2003, com direito a resultado errado no fim da prova; e Spa, em 1998, a largada conturbada e a última vitória de Damon Hill.
O xerife de Nürburg (ou o Dunga da Fórmula 1)
Que Michael Schumacher nasceu a poucos quilômetros da pista alemã, todos sabem. Que venceu cinco vezes no circuito, tudo bem. Que é dono de praticamente todos os recordes na categoria, OK. Mas precisava usar aquelas estrelas na camisa?!
sábado, 14 de julho de 2007
Desde o início dos tempos, o ser humano sonha com o ideal. Traduzindo a idéia para os dias de hoje, buscamos o(a) companheiro(a) ideal, o carro ideal, a casa e o emprego dos sonhos. No entanto, essa difícil idealização sempre tromba com a realidade que cada um vive em seu dia-a-dia: imperfeições, broncas do chefe, vazamento de água no banheiro e espinhas no dia "daquela" balada.
O sonho de viver uma vida perfeita começou a tomar forma quando a Linden Lab foi criada. O ano: 1999. Naquele momento, Philip Rosedale, um antigo executivo da Real Networks, apostou em um sistema 3D onde ele pudesse criar o seu mundo. Sete anos depois, o mundo já não é mais exclusividade dele, e o Second Life conta com residentes de mais de 100 países ao redor do mundo.
Calma lá Para você, que não entendeu do que estamos falando ainda, vai uma explicação: O Second Life, como diz o nome em inglês, é uma segunda vida. Nessa vida, você cria um personagem, chamado de avatar. Ele terá nome, sobrenome, e…vive! Não, o Second Life não é um jogo, com fases a serem vencidas e missões; é uma vida alternativa.
O dicionário define avatar como processo metamórfico; transformação, mutação. E é mais ou menos isso. O avatar, no SL, costuma ser sempre a versão idealizada de seu criador real. Talvez por isso, quando se passeie por lá, existam tantos homens “bombados” e mulheres saídas de um desfile de modelos – claro, nem tudo são flores, e você precisa suar pra melhorar sua aparência também no SL, como veremos mais abaixo.
A definição do Second Life é simples: um metaverso. Sacou? Não? Pois um metaverso nada mais é que um universo alternativo, ou seja, um mundo paralelo onde você pode ser você mesmo, ou (na maioria das vezes) uma pessoa – teoricamente – mais interessante.
The Sims Ao entrar no Second Life, a comparação com o famoso game The Sims é inevitável – a começar pelos gráficos, relativamente parecidos. Porém as semelhanças acabam aí. “Second Life é melhor pois você interage com pessoas reais, e não com o computador”, ressalta Wendell Raphael de Oliveira, 17, moderador da comunidade Second Life no Orkut, a “oficial” sobre o metaverso. Atualmente, são mais de 20 mil membros na comunidade. Wendell considera-se um “veterano” na vida secundária. O usuário já está lá desde 2004, e modera com orgulho a comunidade. “Já criei um tira-dúvidas com mais de 100 perguntas, mas mesmo assim surgem questões novas todos os dias”, afirma.
Como brasileiro é mesmo chegado a uma novidade tecnológica que envolva relacionamentos – vide a matéria sobre o próprio Orkut na última edição da CRASH – não demorou muito para o assunto começar a chegar por aqui. Foi quando a Kaisen Games, ao lado do IG, decidiu comprar os direitos do site para o Brasil. Com a aquisição, o país foi o primeiro – após os Estados Unidos, logicamente – a ter uma entrada exclusiva ao site. O lançamento, prometido para o fim de 2006, só aconteceu em abril deste ano. Hoje, já é possível fazer até compras em reais.
Compras? Sim. Embora seja possível viver e se divertir gratuitamente no SL, também dá pra gastar – e ganhar – dinheiro. Isso explica, aliás, a entrada de várias empresas no metaverso. Os investidores apostam no sucesso do SL no Brasil. Atualmente, o SL já envolve mais de 200 mil habitantes brasileiros, de um total de 6 milhões de internautas. “O SL está modificando a maneira como as pessoas se relacionam na rede”, diz Emiliano de Castro, diretor de marketing do grupo responsável. Embaixadas virtuais são criadas. Já existe até uma sede do PSDB por lá. Universidades, sites de notícias e revistas têm suas versões no metaverso: onde isso vai parar?
Câmbio Flutuante As entradas de tantas empresas e corporações acabam criando a falsa impressão de que o SL é uma mina de ouro para qualquer pessoa fazer a vida – seja virtual ou real. “Conheço muita gente que gasta mais lá do que cá”, diz Wendell. A versão nacional do SL permite compras em reais, que são convertidos para a moeda “local”, o KC$ (Kaisen Cash), facilitando a vida dos usuários – antes, era necessário comprar Linden Dólares. Até o fechamento da edição, um real comprava 1000 KC$ - mas, com a queda do dólar, tudo pode acontecer.
Piadas à parte, apesar do dinheiro rolar solto, Wendell, como um usuário experiente, alerta para as dificuldades por lá – pelo jeito, a crise não rola só por aqui. “Assim como na vida real, conseguir emprego no SL também é complicado”. As barreiras, inclusive, dão chance para que os crimes também aconteçam no mundo virtual. Já há notícias de drogas virtuais, assalto a carros, golpes e até estupro no SL.
Isso, porém, não tira os brasileiros da tela do computador. Assim como o Orkut e o You Tube, o Second Life parece ser a próxima onda. E alguns chegam ao extremo para trazer o avatar o mais próximo possível do mundo real.
“Aproveito as oportunidades que vão surgindo ao longo de minha vida”, diz Sofia Platthy, um avatar do Second Life. A personagem, desempregada, chama a atenção pela beleza. Loira com o cabelo escorrido, olhos azuis brilhantes, um corpo escultural. Sofia possui um perfil próprio no Orkut, onde exibe suas formas na banheira no seu álbum de fotos. Entre os amigos, somente avatares. Ela também possui MSN, onde se comunica com mais residentes do SL. Sofia, que para se virar no metaverso faz bicos como “acompanhante”, quase nada tem a ver com sua criadora real, que se identificou como Cacau. A “dona” de Sofia fica até 3 horas por dia em frente ao computador. “A vida de Sofia gira em torno daquilo que não é possível na minha”, confessa a internauta.
Esse tipo de comportamento é normal? Para uma especialista em psicologia, que preferiu não se identificar, o problema maior ocorre quando a vida no virtual começa a se tornar mais importante que a real. Claro, tudo pode acabar se tornando uma grande moda, algo habitual no mundo da Internet. Na busca pelo ideal, as pessoas fazem como Sofia, e buscam os que lhe falta do lado de cá da tela. “Imagine quantas beldades no SL não são, na verdade, homens”, alerta Wendell, que jamais tentou um relacionamento sério no SL por conta do receio. Sofia, por exemplo, está atrás de um namorado.
Alguém se candidata?
INVADIMOS O SECOND LIFE
Enquanto o conselho editorial da CRASH avalia se vale a pena criar uma edição da revista no mundo virtual (risos), eu estive pelo Second Life durante alguns dias. A entrada, porém, não foi tão simples como eles alardeiam. Apesar de um computador relativamente bom em casa, tive de recorrer a um MAC de um colega. Minha placa 3D, apesar de moderna, não era compatível com os requisitos mínimos do sistema.
Superada a primeira barreira, entrar no Second Life não é complicado. Basta acessar o site
Para os muquiranas de plantão, é bom lembrar que é possível usufruir do metaverso sem pagar por isso. Apenas pagam quem quiser bens “materiais” por lá, como ilhas, tênis, celulares e carros, entre outros.
Com o nome de Todd Holmer, finalmente comecei a circular pelo SL, e pude saciar um pouco minha curiosidade. O começo é interessante, e há uma lembrança imediata do The Sims, embora o ponto de vista do game seja melhor. O mundo do SL é todo dividido em ilhas. Os mais ricos podem até comprar uma. Não sei bem em que ilha estava quando comecei, mas tive minha primeira decepção com a velocidade do metaverso. Apesar de um belo Mac em mãos, sem uma conexão à internet decente – o que justamente era o caso -, o movimento do personagem é lento e irritante. Na ilha, as pessoas andam de cá para lá. Vê-se de tudo: punks, carecas e góticos. A grande maioria, claro, é de jovens, homens e mulheres, extremamente atraentes (segundo o padrão de beleza em que estamos hoje). Claro, a beleza também é relativa por conta dos gráficos, que deixam um pouco a desejar.
O grande barato quando se está no SL pelos primeiros minutos é clicar no botão “voar”. Isso mesmo, voar. O SL realiza um dos maiores sonhos do homem, e com apenas um clique, você sai voando pelos quatro cantos livremente – claro, só é preciso tomar cuidado para não trombar em ninguém. Mas as maiores surpresas ainda estão em solo.
Como por exemplo, quando vi uma moça vagando “da maneira que veio ao metaverso” (ou seja, nua). Minha curiosidade, digamos, jornalística, foi inevitável, e tive que puxar um papo com ela. A conversa foi breve, já que outros homens lutavam por sua companhia. A razão da nudez era simples: ela procurava roupas novas pra comprar.
Apesar dos problemas, o Second Life é a melhor forma que os humanos encontraram até hoje de tentar idealizar suas vidas. Viver um mundo perfeito, onde tudo é o ideal, a beleza é perfeita, as pessoas não morrem, não sentem sono nem fome.
Na década de 1950, Nelson Rodrigues publicava semanalmente sua coluna no jornal “A Última Hora”. A coluna, chamada de A Vida como ela é, rendeu diversos livros e até hoje é tema em especiais de televisão, teatro e cinema. Nelson, falecido em 1980, infelizmente não teve tempo de ver a bolha da Internet, que gerou fenômenos como o Second Life. No entanto, mesmo meio século atrás, ele conseguia vislumbrar a vida de forma real, em seu cotidiano mais puro e impreciso.
Agora, chegam as notícias de que crime, drogas e desemprego chegam também ao castelo de areia virtual do SL. Pena. O escritor daria boas risadas ao saber disso.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Os manobristas vão recebendo convidados em seus belos carros - muitos deles, da própria Audi. Mas não tão belos quanto as principais estrelas da noite. Os novos modelos TT Coupé estão expostos no grande salão, nas cores preto e prata.
A primeira versão do Audi TT foi lançada em 1998. Em menos de seis meses já era considerado um ícone de esportividade e tornou-se um modelo cult do segmento de cupês esportivos, fato que marcou um novo momento para a montadora alemã.
Por aqui o evento, claro, chamou a atenção. Muita bebida e alguns petiscos. As festas da Audi são sempre famosas, e costumam mesmo atrair algumas celebridades. Pode não ter sido a melhor balada feita pela montadora, mas certamente foi interessante. Entre os famosos, a lista passou por Glória Maria, apresentadora do Fantástico, chegou a Edmundo (o animaaaal) e foi até o irreverente Sérgio Mallandro.
Apesar do lançamento, o maior anúncio da noite chegou somente após algumas horas da madrugada. Sem muito alarde, o Audi TT Roadster foi exibido pela primeira vez publicamente no Brasil.
O Roadster tem como diferença básica para o Coupé o fato de ser conversível. No mais, possui algumas mudanças, como as barras laterais de proteção com acabamento em alumínio, composição de carroceria produzida em alumínio e aço (que proporciona uma sensível redução no peso do veículo) e capota automática. Será comercializado no Brasil a partir de setembro, ainda sem preço sugerido.
Assim como no Audi TT Coupé, o TT Roadster apresenta também motor quatro cilindros 2.0 Turbocharged TSFI, com sistema de injeção direta de gasolina FSI, o que garante ao esportivo uma potência de 200 cv. O carro acelera de 0 a 100 Km em 6,5 segundos e atinge velocidade máxima de 237 km/h.
Na noite da apresentação, o veículo, em vermelho, desceu de uma previsível rampa ao fundo do salão. Mais do que o carro, chamou a atenção as efusivas dançarinas que se esfregavam pelo capô do carro.
A cereja no bolo de descobertas aconteceu na ante-sala do banheiro. Meu celular recebeu materiais publicitários via bluetooth. Papel de parede, protetor de tela, enfim, tudo alusivo à empresa alemã. Teve até um game, em que o Roadster cruza o sul do Brasil pela Rodovia Régis Bittencourt.
domingo, 1 de julho de 2007
Não costumo escrever muito sobre futebol. Na verdade, esta é a primeira vez em que usarei este blog para isso. Mas, sou mais um dos cento e tantos milhões em ação, portanto, deixo aqui uma reflexão sobre o cenário futebolístico atual.
Ver a Copa América é um pouco patético. Há alguns dias, assisti, se não me engano, a Uruguai X Bolívia. Não me lembro quanto foi o jogo. Talvez zero a zero. O que me lembro, certamente, é da falta de futebol apresentado pelos dois times. A deficiência técnica chegou a tal ponto que até os comentaristas na emissora, que normalmente não usam o termo "ruim" para definir a partida durante o intervalo objetivando não espantar o telespectador, não resistiram. Foram todos unânimes em admitir que aquela era uma péssima partida.
Além da deficiência técnica, fica clara - cristalina, eu diria - o contraste entre, por exemplo, a Eurocopa e o nosso torneio. No jogo apresentado na foto acima, por exemplo (crédito UOL), o segundo tempo atrasou. A razão? A rede estava furada. E o juíz simplesmente não sabia como agir. Foi lá um auxiliar, com uma espécie de fio sobressalente, ajudar a fazer uma famosa "gambi", para que o furo fosse remendado. Claro, com o auxílio do goleiro brasileiro, e sob a visão dos demais jogadores. O jeitinho venezuelano.
À parte disso, o momento da seleção brasileira é pífio. Mas, não entrarei nesses méritos, já que a concorrência é grande.
A Copa América é um grande atestado de que, por aqui, só se salva o Brasil e a Argentina mesmo. Mas nós ainda estamos atrás de nossos hermanos: em Buenos Aires não há postes.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Talvez seja efeito das férias, ou do momento vivido, ou ainda devido ao fato de ter sido minha primeira cabine de imprensa. O que importa é que Ratatouille, da Disney Pixar, é um grande filme. Roteiro impecável, do início ao fim. Originalidade e criatividade ao máximo. Quem já imaginou um rato (rato mesmo, do mais comum) que sonha ser um chef de cozinha em Paris? Pois é essa a teia principal que fia toda a trama.
Além dos previsíveis - mas não menos surpreendentes - avanços tecnológicos em um desenho que quase em nada lembra um desenho, fica a marca da Pixar sobre a Disney. Ao contrário do rato (tecnicamente, camundongo) original da marca, criado há mais de meio século, aqui não há tios e sobrinhos apenas. A história é muito bem tecida, envolvendo uma família de ratos e um aprendiz de cozinheiro. Destaque também para os cenários que envolvem a Torre Eiffel (claro que, aqui, a cidade ajuda em qualquer obra).
Particularmente, gostei muito do final (que não vou relevar aqui, logicamente) extremamente plausível e realista. Fosse talvez um filme do Mickey, o final teria sido entediantemente chato. Ratatouille nos dá o prazer da alta gastronomia, e mostra que, como diz um dos personagens do filme, anyone can cook (qualquer um pode cozinhar). E nós acreditamos nisso.
Talvez seja a deixa para eu, finalmente, começar meu curso de culinária - no entanto, acho que será melhor abrir mão de ratos falantes.
domingo, 24 de junho de 2007
Elvis não morreu? Se depender dos discos do artista, certamente não. A Sony BMG, detentora da RCA, lançou, de 16 de agosto de 1977 até hoje, quase 150 discos do cantor. A maioria desses lançamentos, claro, é composta de intermináveis coletâneas ou relançamentos de antigos álbuns em edições especiais. Com o passar dos anos, porém, a companhia e a família de Elvis se incomodaram com o crescente número de bootlegs, ou seja, discos piratas feitos por fãs-clubes espalhados ao redor o mundo. Para combater esse mal, foi criado em 1º de julho de 1999 o selo Follow That Dream, ou simplesmente, FTD.
No catálogo da FTD entram materiais que - segundo a gravadora - só interessam aos fervorosos seguidores do Rei do Rock, como shows, ensaios e alternate takes (Elvis gravava todas suas canções “ao vivo” em estúdio – Can’t Help Falling in Love, por exemplo, teve mais de 20 takes até que o artista ficasse satisfeito). Acontece que muito material lançado pelo selo FTD interessaria, e muito, a qualquer apreciador de boa música. É o caso de An American Trilogy (capa acima), anunciado em maio, que traz Elvis e sua banda no auge musical em uma turnê em Las Vegas no ano de 1972.
Infelizmente, a maioria das lojas por aqui só possui (poucos) discos do cantor distribuídos pela BMG. Quem quiser garimpar entre as raridades da FTD – atualmente, já passam de 60 álbuns pelo selo – pode acessar www.shopelvis.com, onde também é possível fazer pedidos online. Já se foram 30 anos, mas os fãs de The Pelvis continuam sendo mimados.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Ainda quero falar mais sobre este emocionante vídeo. Aguardem.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Em qualquer atividade da vida, a comparação é inevitável. Todo dia, surgem novos Pelés, Ayrton Sennas, Chacrinhas e afins. E o mesmo acontece na música.
Talvez por isso Amy Winehouse tenha dado de ombros quando disseram que seu estilo lembrava o da memorável e cativante Billie Holiday. Tal qual a americana, esta britânica de apenas 24 anos também encanta por sua voz rouca, negra e anasalada.
Pois os tempos mudaram, os costumes também, mas a filosofia continuou a mesma. Sam Philips, o lendário dono da Sun Records, berço do Rock'n Roll e Rythm'n Blues dos anos 1950, disse uma vez: "Se eu encontrar um branco que tenha voz de negro, ganharei 1 milhão de dólares". Ganhou muito mais quando achou Elvis Presley, mas isso é outra história.
Amy Winehouse era apenas um nome que soava bonito até outro dia, não fosse um CD que surgiu por acidente em meu carro, fruto do esquecimento do meu irmão. E Amy ficou lá por vários dias, em uma mídia que não continha nenhuma identificação. Por acaso invadiu o som do carro. E, depois disso, foi paixão nos primeiros acordes.
O disco em questão, Back to Black, é recente, de 2006. Contém apenas 10 canções, número relativamente baixo em uma época onde iPods de 80GB circulam por aí. Mas são 10 belas canções. Amy é conhecida na Inglaterra por seus problemas com bebida. Fruto de marketing ou não, ela transpôe, de forma cínica e provocativa, esses problemas para suas canções.
E faz isso logo na primeira frase da primeira canção, Rehab. O título não é sem querer. Ela fala justamente da insistência da família em interná-la em uma clínica de reabilitação, mas ela se recusa. Recusa sim, mas com muito funk, soul e metais cirurgicamente inseridos na música.
Destaque tbm para a canção 2, I'm No Good, em que ela se auto-declara no good para um possível ex-namorado. Uma farra, com uma batida de bateria muito envolvente.
Amy Winehouse conseguiu me surpreender. Mesmo em um cenário musical cercado de Avrils, Josses, Norahs e Corinnes, Amy corre por fora. Pode não roubar a cena, mas definitivamente tentará levar o champagne.